Capítulo 3 do livro Israel, Um Povo Singular em Busca da paz
sobrevivência de Israel logo após a ONU
(Organização das Nações Unidas) ter determinado a partilha da Palestina em dois
estados – Israel e Jordânia – é um verdadeiro milagre. Assim que os britânicos
deixaram a região, eclodiu a guerra no dia 14 de maio de 1948. O pequeno
exército de Israel resistiu uma colisão de inimigos composta por uma multidão de soldados superiores em material bélico.
Meyer Levin, citado por Abraão de
Almeida conta como os judeus sobreviveram:
“Os comandantes
árabes já escolhiam as casas de Tel Aviv que pretendiam ocupar. Às tropas,
foram prometidos os despojos da guerra: mulheres e produto do sangue.”
“Nada disso
aconteceu. Logo tornou-se evidente que na realidade os kibutzim (fazendas
coletivas) estavam muito bem colocados, pois formavam uma cadeia de fortins na
periferia de Israel. Os acampamentos da fronteira dividiram-se para uma ação
final. As crianças foram enviadas ao interior do país. Os colonos cavaram
redutos subterrâneos. Uma história clássica de defesa é a de Negba, no caminho
egípcio, no Neguev. O novo Kibutz não passava de uma fieira de cabanas à volta
de uma torre para água feita de concreto armado, em pleno deserto. Foi
construída uma completa fortaleza subterrânea, com cozinha, casamatas e um
hospital assessorado por um médico e quatro enfermeiras. Totalmente cercado
pelo inimigo, abastecido apenas pelos “Piper Cubs”, todos os edifícios da
superfície arrasados, os defensores de Negba, resistiram durante meses e saíram
vitoriosos.”
“Seis mil bombas
caíram sobre Negba em um único dia, antes do ataque, na madrugada de 2 de
junho, quando apareceram sete tanques egípcios, seguidos por sete carros
blindados e dois mil homens. Um par de ‘Spitfires’ tripulados por árabes
roncavam sobre suas cabeças; um deles foi abatido a tiros de fuzil.”
“Esperando que os
tanques chegassem à uma distância de 200 jardas, os colonos acionaram sua única
bazuca. O primeiro tiro pôs um tanque fora de combate. Dois tiros se perderam.
Os dois tiros restantes atingiram um tanque cada. Um outro tanque, a cinco
jardas dos defensores, atingido por granadas de mão explodiu. Dois outros
bateram em minas. O último fugiu. Chegou então a infantaria e a batalha durou
cinco horas.”
“As perdas foram
pesadas, mas Negba aguentou firme. Os colonos saíram à noite arrastando-se para
regar suas mudas. Sua resistência ultrapassou os limites da bravura. Isto foi
explicado na frase de guerra de Israel ‘ein brayra’ que significa ‘não há
escolha’. Os judeus não tinham para onde bater em retirada” (ALMEIDA, Abraão,
1978, p.61-62).
Como está registrado na história, Israel obteve vitórias sobre os Estados árabes
nas quatro guerras:
·
1948 - Guerra da
Independência
·
1956 - Guerra do
Sinai
·
1967 - Guerra dos
Seis Dias
·
1973 - Guera do
Yom Kippur
Já vimos que apesar da superioridade numérica dos
exércitos árabes, Israel defendeu-se cada vez e ganhou. Depois de cada vitória
do exército israelense, retirou-se da maioria das áreas que capturou. Esta
atitude singular na história do mundo mostra a disposição de Israel de obter a
paz em meio ao perigo iminente de lutar por sua sobrevivência.
1 - Israel assinou tratados de
paz independentes com o Egito (1979) e a
Jordânia (1994) e, nas duas ocasiões, abriu mão de terras, petróleo, colônias
ou vantagens estratégicas em prol de um acordo pacífico.
2 - Israel forneceu terras, dinheiro, armas, treinamentos e serviços de
inteligência à Autoridade Palestina, na esperança de que aquela organização
demonstrasse reciprocidade e acabasse com os atos terroristas e o incentivo à
violência.
3 - A própria fórmula “Terra em Troca da Paz” indica que cada um dos
lados entra em acordo com o outro em troca daquilo que mais deseja: no caso dos
árabes, terras; no caso de Israel, paz.
4 - Em 1917, 1937, 1947, 1956, 1979 e 1993, os líderes israelenses
seguiram o mesmo padrão de ceder terras em troca da paz com seus vizinhos
árabes (Notícias de Israel – Setembro de 2004 , p. 12-13).
A guerra de 1973 (YOM KIPUR) custou a Israel um ano de seu Produto
Interno Bruto (PIB). Mas, no ano seguinte, a economia recuperou as forças.
“Enquanto existir o terrorismo, não pode haver paz no Oriente Médio”.
(Ariel Sharon, no cargo de Ministro da Habitação de Israel em 1992).
No final de uma entrevista dada ao correspondente Zwi Lidar, Ariel Sharon, no posto de Ministro da Habitação de Israel em
1992, deixou uma mensagem para os amigos da Beth-Shalom, que fazem parte dos
maiores amigos de israel em todo o mundo:
“Israel é um pais muito
pequeno. Apesar dos noticiários falarem continuamente de Israel, o país
continua muito pequeno. O povo judeu é um povo pequeno. Entretanto, ele é muito
velho. A terra de Israel é a terra do povo judeu. Trata-se de um país em que
não se precisa de guia. O melhor guia é a Bíblia. O Monte Sião continua sendo o
Monte Sião, o Monte Carmelo continua o mesmo monte de que fala a Bíblia. O
Jordão continua o Jordão! Ou penso em Jerusalém e Belém – usamos os mesms nomes
há quase 4000 anos anos – e em Hebrom, Siquém e Tiberíades.”
“Em cada lugar que
tocamos, onde escavamos, tudo está estreitamente ligado com a história do povo
judeu e com a história do surgimento do cristianismo. E é esse nosso elo de
ligação: ele tanto nos une como nos dá responsabilidades. Pois, quem crê na
Bíblia e a ama – e eu sei que os amigos da Beth-Shalom creem na Bíblia e a
conhecem muito bem, eles não precisam de guia na terra de Israel – tem que
entender os esforços do povo judeu, que luta pela sua terra, e tem que ajudar. Pois
quem ajuda ao povo judeu, ajuda a si mesmo, pois crê no povo judeu” (Notícias de Israel, janeiro de 1992,
p.11).
Num artigo publicado no jornal Mensageiro da Paz, de dezembro de 2014,
p. 25, Sara Alice Cavalcante, professora de Língua e Literatura Hebraicas,
escreve sobre o Ano 5775, Shabat Shemitah: terra do Eterno. A autora
relacionando o Shabat Shemitah aos últimos acontecimentos ocorridos em Israel,
revela a guerra silenciosa, especialmente na cidade de Jerusalém:
“...Shabat Shemitah
não parece ser o pano de fundo mais apropriado aos últimos acontecimentos em
Israel, que vive uma guerra silenciosa, especialmentena cidade de Jerusalém,
onde mais de 3500 incidentes de apedrejamento foram registrados somente este
ano contra judeus, contra as forças de defesa de Israel e contra a polícia de
Israel. Somente em setembro foram 384 apedrejamentos. Um jovem árabe da região
de Samaria lançou o carro que dirigia contra pessoas em uma estação de trem,
ferindo mortalmente um bebê de três meses, além de deixar duas pessoas
gravemente feridas e outras com ferimentos leves. O jovem foi baleado e levado
para um hospital israelense, de onde sairá para a prisão. Cerca de 700 pessoas
foram presas desde julho somente em Jerusalém. A violência é uma reação à
decisão do governo de Israel de antecipar o planejamento de mais de 1000 casas
na Cidade Santa, sendo 400 em Har Homa e 600 em Ramar Shlomo, dois bairros
judaicos. A realização efetiva do projeto imobiliário inclui a mudança de 25
famílias para a Cidade de Davi onde, a partir de agora, a maioria dos moradores
é de judeus. A região é o local da cidade conquistado pelo Rei Davi e início da
construção da capital do Reino Unido de Israel, há 3000 mil anos...” Após Maja
Kocijancic, porta-voz do serviço diplomático da União Europeia, exigir que as
ações de Israel, em avançar com a expansão das colônias em Jerusalém Oriental e
na Cisjordânia sejão revertidas; e o porta-voz do Departamento de Estado
americano declará que Washington está profundamente preocupado com o assunto, a
italiana Federica Mogherini, a mais “Alta Representante da Comissão Europeia
para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança”, cargo antes ocupado
pela inglesa Catherine Ashton, marcou sua primeira visita oficial a Israel para
o dia 7 de novembro. Mogherini é uma das vozes que defendem para a pátria
judaica a liberdadedas decisões – trata-se, afinal, de um estado soberano que
tem guardado uma política de não envolvimento nas decisões de outros países e
povos, ao qual não convém depender de autorização alheia na realização de seus
objetivos.”
Quando Frederico, o
Grande, pediu uma prova da existência de Deus ao seu capelão, este respondeu
prontamente:
- O povo judeu, majestade!
Israel é a própria personificação da continuidade judaica. É a única nação do mundo que habita na mesma
terra que leva o mesmo nome, fala a mesma língua, e adora o mesmo Deus como
eles o fazem há 3000 anos. Você cava o solo e encontra cerâmica desde os tempos
davídicos, moedas de Bar Kokhba, e manuscritos de 2.000 anos de idade, escritos
em um hebraico muito parecido com aquele que hoje anuncia sorvete na loja de
doces da esquina. – Charles
Krauthammer – The Weekly Standard, 11 de maio de 1998.
No Anuário Estatístico de Israel publicado em 1992, é visível o desejo
do povo judeu de estender a mão a todos os estados vizinhos e a seus povos numa
oferta de paz. Podemos confirmar esta verdade:
Na sua “Declaração de
Estabelecimento do Estado” (1948), Israel afirmava estender “a mão a todos os
estados vizinhos e a seus povos numa oferta de paz.” Desde então, Israel vem se
mantendo fiel ao velho preceito do judaísmo: “procura a paz, e empenha-te por alcançá-la” (Salmos 34.15).
O Tratado de Paz com
o Egito em 1979 constituiu o primeiro passo em direção à resolução do conflito
entre Israel e seus vizinhos árabes, que desde 1948 vêm manifestando sua recusa
em aceitar a existência de Israel através de terror, boicote econômico,
isolamento diplomático e guerra. Outro passo em direção à paz foi dado na
Conferência de Paz para o Oriente Médio em Madrid (30 de outubro – 1º de novembro
de 1991), onde se encontraram as delegações israelenses, síria, libanesa e
jordano-palestina, sob os auspícios dos Estados Unidos e da União Soviética, e
onde se delinearam os contornos para subsequentes negociações bilaterais entre
as partes, assim como para conversações multilaterais a respeito de assuntos de
interesse regional.
“Através do processo
da paz, Israel procura a realização da profecia de Isaías “não levantará espada
nação contra nação, nem aprenderão mais a guerrear”. Os imensos recursos empregados
na defesa nacional poderão então ser investidos construtivamente no
desenvolvimento local e em empreendimentos conjuntos em benefício de toda a
região. (A.E.I. , 1992, p.18 ).
A Obra Missionária Chamada da Meia-Noite, faz menção em um dos seus periódicos, ao
artigo publicado por Eric Hoffer, jornalista norte-americano no “Los Angeles
Times”, em decorrência da enorme campanha empreendida pelos aliados dos países
árabes, logo após a derrota destes em 1967, com o propósito de fazerem os
judeus recuarem em suas fronteiras de segurança; a seguir, transcrevo o artigo
na íntegra:
Quem diria?!
O artigo seguinte foi publicado no Los
Angeles Times em 26 de maio de 1968, um ano depois da Guerra dos Seis Dias.
O tempo passa, mas algumas situações não mudam.
Eric Hoffer, filósofo social americano, não-judeu, nasceu em 1902 e
faleceu em 1983. Autor de nove livros, foi condecorado com a Medalha Presidencial
da Liberdade dos EUA. Seu primeiro livro, The
True Beliver (O Verdadeiro Crente), publicado em 1951, é considerado um
clássico.
Os judeus são um povo
peculiar: coisas permitidas a outras nações são proibidas aos judeus. Outras
nações expulsaram milhares ou até milhõesde pessoas, e não há problemas de
refugiados. A Rússia fez isso, a Polônia e a Tchecoslováquia também o fizeram;
a Turquia expulsou um milhão de gregos, e a Argélia, um milhão de franceses. A
Indonésia expulsou de seu território incontáveis chineses – e ninguém diz uma
palavra a respeito dos refugiados.
Mas, no caso de
Israel, os árabes desalojados se tornaram eternos refugiados. Todos insistem
que Israel deve reabsorver todos eles.
Arnold Toynbee afirma
que a remoção dos árabes foi uma atrocidade maior que qualquer ato cometido
pelos nazistas. Outras nações, quando vitoriosas no campo de batalha, impõem os
termos do acordo de paz. Mas quando Israel vence, precisa solicitar a paz. Todo
mundo espera que os judeus sejam os únicos cristãos verdadeiros deste mundo.
Outras nações, quando
derrotas, sobrevivem e se recuperam; mas, se Israel fosse derrotado, seria
destruído. Se [o presidente egípcio, Gamal Abdel] Nasser tivesse vencido em
junho passado, ele teria varrido Israel do mapa, ninguém teria levantado um
dedo para salvar os os judeus. Nenhum compromisso assumido com os judeus por
qualquer nação, inclusive os EUA, vale o papel em que foi escrito.
Ouve-se um clamor de
revolta no mundo inteiro quando pessoas morrem no Vietnã ou são executadas na
Rodésia [atuais Zâmbia e Zimbábue]. Mas quando Hitler massacrou judeus, ninguém
protestou. Os suecos, que estão prestes a romper relações diplomáticas com os
Estados Unidos por causa do que estes estão fazendo no Vietnã, não se
manifestaram quando Hitler estava assassinando judeus. Eles enviaram para
Hitler minério de ferro selecionado e rolamentos de aço, e forneceram às suas
tropas trens para chegar à Noruega.
Os judeus estão
sozinhos no mundo. Se Israel sobreviver, será exclusivamente por causa do esforço
e dos recursos dos próprios judeus. No entanto, neste momento, Israel é o nosso
único aliado confiável e incondicional. Podemos confiar mais em Israel do que
Israel em nós. E basta imaginar o que teria acontecido no último verão, se os
árabes e os russos que lhes dão apoio tivessem vencido a guerra, para perceber
como a sobrevivência de Israel é vital para os EUA e para o Ocidente, de um
modo geral.
Tenho uma premonição
que não quer me largar: o que acontecer com Israel, vai acontecer conosco. Se
Israel, perecer o holocausto virá sobre nós.
(Notícias de Israel, Janeiro
de 2006, p.15)
Robert Congdon ao escrever sobre “o anti-semitismo do Novo Milênio”,
explica que por trás destas pesquisas que rotulam Israel como a maior ameaça para a paz mundial,
há um híbrido anti-semitismo – mistura de política internacional com
anti-semitismo tradicional:
“Ao contrário da
década de 1930, quando o anti-semitismo tinha por alvo o povo judeu e sua
religião, o anti-semitismo dos dias de hoje é mais político, estimulado pelo
conflito palestino-israelense.”
“Uma pesquisa de
opinião na Europa entrevistou 7.500 pessoas em 15 países da UE e revelou que
60% dos europeus consideraram Israel
como a maior ameça para a paz mundial, até mesmo do que o Irã, a Coréia do
Norte e os Estados Unidos. Entretanto, o ex-dissidente soviético e ex-ministro
do Gabinete israelense, Natan Sharansky, definiu esse suposto ‘criticismo
político’ de ‘puro anti-semitismo’. “
“Na condição de
americanos que vivem na Grã-Bretanha, tem visto esse híbrido fundir-se com o
sentimento anti-americano posterior aos acontecimentos que culminaram, bem como
os que se passaram, na Guerra do Iraque. Essa fusão não é nenhuma surpresa, já
que a mídia deturpa as notícias sobre Israel, bem como as notícias sobre os
Estados Unidos, para agradar os 17 milhões de muçulmanos da UE, considerados um
valioso ‘mercado consumidor a ser satisfeito’.”
“A histórica e famosa
BBC, outrora conhecida por seu jornalismo imparcial baseado em fatos, agora se
destaca por demonstrar um ‘impiedoso preconceito contra Israel’.”
“A imprensa inglesa
raramente notícia os ataques palestinos contra Israel, mas faz ampla cobertura
da retaliação israelense contra os palestinos. Lamentavelmente, ressaltou
Sharansky, ‘anti-semitismo se tornou politicamente correto na Europa’.”
“A verdade,
naturalmente, é que a terra não é dos palestinos; ela pertence a Israel.”
“Infelizmente, a ira
atual contra o povo judeu é um reflexo do estado de declínio espiritual da
Europa e da ignorância desta quanto ao plano de Deus tanto para o mundo quanto
para a nação de Israel”.
“É lamentável o
posicionamento dos ingleses atualmente, pois em 1917, uma Inglaterra
espiritualmente mais forte levou o mundo, com sua Declaração Balfour, à
iniciativa de criar uma pátria para o povo judeu, ressalta Congdon, que é
representante de The Friends of Israel no Reino Unido.”
Quando Israel derrota
seus oponentes, as Nações Unidas e a União Europeia iniciam investigações
contra Israel, como se os judeus tivessem de certa forma quebrado alguma lei
interna imaginária ou cometido crimes de guerra. Essas organizações ignoram
qualquer coisa que o Hamas faça por causa de suas inclinações anti-semitas. –
Thomas Ice
“Não haverá paz com
Israel, nem negociações com Israel, nem
o reconhecimento de Israel [como Estado judeu].” – Declaração de Khartoum, de setembro de 1967.
Diante do que foi exposto acima, temos um exemplo da falta de cooperação
por parte da AP – Autoridade Palestina, quando elogia os terroristas. Um
exemplo importante, documentado pela Palestine Media Watch (palwatch.org), é a
celebração de Dalal Mughrabi:
A terrorista Dalal
Mughrabi cometeu o mais terrível ataque terrorista na história de Israel: 37
civis, 12 dos quais crianças, foram mortos no sequestro de um ônibus conduzido
por ela. A Autoridade Palestina (AP) fez com que essa terrorista se tornasse
uma celebrada heroína e um verdadeiro modelo, uma vez que escalas,
acompanhamentos de verão e torneios esportivos levam o nome dela. Aquele ataque
foi celebrado por um porta-voz do Fatah como ‘a ação sacrificial mais
glorificada da história do conflito palestino-israelense’.(...)
Elwoo McQuaid, consultor editorial de The Friends of Israel, num artigo
escrito sobre a Nova Onda de Anti-Semitismo, cita um comentário da jornalista
Christine Williams:
“Hoje, ignoramos um
anti-semitismo crescente que discrimina os judeus injustamente e alveja o
Estado de Israel. Ao referir-se ao Novo Anti-Semitismo, Victor Davis Hanson,
analista-sênior do Instituto Hoover, discute como Israel está sendo
discriminado pela comunidade internacional, com mais de 75% de recentes
resoluções da ONU acusando Israel por violação aos direitos humanos, muito mais
do que países que realmente merecem essa classificação, como Sudão, Congo e
Ruanda, nos quais milhões de pessoas são assassinadas em genocídios. Em
resposta à pergunta: ‘Por que a comunidade internacional é tão anti-Israel?’.
Hanson aponta para um “novo tipo de anti-semitismo moderno e socialmente
aceitável”, que é motivo de grande preocupação. “
“A história comprova que o destino dos maiores impérios mundiais foi
decidido em sua posição para com Israel: o Egito sob as ordens de seu Faraó (Êx
14.23-28), a Assíria sob o rei Senaqueribe (2 Rs 19.35-37), Babilônia (Is
47.6ss.; Dn 5.23ss.), Roma (70 d.C.), a Espanha no século XVI, a Rússia no
século XIX sob os czares, a Grã-Bretanha no século XX e a Alemanha nazista no
tempo do Holocausto.”
Diante desta comprovação, concordo com alguém que disse certa vez: “A
difamação dos judeus seguiu-se a Primeira Guerra Mundial, à perseguição aos judeus seguiu-se a Segunda Guerra Mundial e ao ódio aos judeus
seguirá a Terceira Guerra Mundial”.
A falsa equivalência Moral é uma técnica usada contra Israel. Ela baseia-se em afirmativas
enganosas. Dentre vários exemplos de falsa equivalência moral frequentemente
usada para demonizar Israel, existe a que rotula Israel como um Estado de
apartheid. O Dr. Manfred Gerstenfeld, ex-presidente do Jerusalém Center for
Public Affairs [Centro para Questões Públicas de Jerusalém] (2000-2012). E o
Pesquisador e Mestre em Ciências Políticas na Universidade Hebraica, escrevem o
seguinte: “...Jimmy Carter, o ex-presidente dos Estados Unidos está entre
aqueles que fizeram esta falsa comparação, no título de seu livro de 2006,
Palestina: Paz, Não Apartheid.
“O livro Drawing Fire [Atraindo Fogo], de Benjamim Pogrund, jornalista
israelense de esquerda, tem como subtítulo “Investiganting the Accusations of
Apartheid in Israel” [“Investigando the Acusações de Apartheid em Israel”]. O
autor diz em uma nota pessoal no livro:
“Fui tratado de
câncer no estômago em um dos melhores hospitais de Israel, o Hadassh Mt.
Scopus, em Jerusalém. O cirurgião (era o chefe dos cirurgiões) era judeu, o
anestesista era árabe. Os médicos e as enfermeiras que cuidaram de mim eram
judeus e árabes. Durante quatro semanas e meia como paciente, observei
pacientes árabes e judeus receberem o mesmo dedicado tratamento. Mais ou menos
um ano mais tarde, o cirurgião-chefe se aposentou; fui substituído por um
médico que é árabe. Desde então, tenho estado em clínicas hospitalares e em
salas de pronto socorro. Tudo é o mesmo para todos. Israel é como o apartheid
da África do Sul? Ridículo!”
“Muitas das assim
chamadas ONGs humanitárias frequentemente abusam da falsa equivalência moral.
Mesmo quando escreveram breves declarações sobre violações dos direitos humanos
impostosao soldado israelense Gilad Schalit, que foi sequestrado e aprisionado
por terroristas do Hamas durante mais de cinco anos, os relatos da Anistia
Internacional e do Human Rights Watch escolheram chamar atenção para a falsa
equivalência moral entre um Schalit sequestrado e os terroristas palestinos
setenciados pelos tribunais a servirem durante um tempo em prisões israelenses.”
Um advogado americano
Alan Dershowitz, diz:
“ Cada prisioneiro
mantido por Israel tem direito a revisão judicial e alguns conseguiram soltura.
Cada um deles tem acesso à visitação da Cruz Vermelha, pode se comunicar com a
família e seu paradeiro é conhecido.”
“Soldados israelenses
sequestrados, por outro lado, são mantidos incomunicáveis pelos elementos
criminais, são rotineiramente torturados, frequentemente assassinados (como
ocorreu recentemente) e não tem acesso à Cruz Vermelha ou à revisão judicial.”
“Além disso, os
prisioneiros que estão sendo mantidos pelos israelenses são terroristas – isto,
combatentes ilegais. Muitos são assassinos que foram condenados e setenciados
de acordo com os devidos processos. As “mulheres” e “crianças” são culpadas de
terem assassinadose tentado assassinar bebês inocentes e outros
não-combatentes. Os soldados [israelenses] que foram sequestrados são
combatentes legais sujeitosa statusde prisioneiros de guerra.”
“Dershowitz mencionou
que o Hamas ou o Hezb’allah (Partido de Alá) não tratariam os soldados
israelenses da mesma maneira que Israel trata seus prisioneiros por que Hamas e
Hezb’allah ‘são organizações terroristas que não operam dentro das regras da
lei’.”
“ Muitas outras
falsas equivalências morais podem ser mencionadas. Os defensores públicos e os
diplomatas de Israel, em sua maioria, não foram treinados para reconhecer e
lutar sistematicamente contra a equivalência moral abusiva. Os danos causados
por essas táticas de domonização deveriam ser considerados e tratados por
queles que têm contato com o público. O mesmo é verdadeiro sobre outros falsos
argumentos que são frequentemente usados, tais como apelos sentimentais, dois
pesos e duas medidas, e bodes expiatórios. Falhas no combate à falsa
equivalência moral são algumas das muitas deficiências na guerra de palavras à
qual as autoridades governamentais [israelenses] deveriam dar atenção muito
mais séria”. (Manfred Gerstenfield,
Jamie Berk – www.jpost.com)
Fonte:
Notícias de Israel, julho de 2015, p.18-19)
ALGUNS TRECHOS DO ESCLAREDOR DISCURSO DO PRIMEIRO - MINISTRO DE ISRAEL,
BEJAMIM NETANYAHU, FEITO NA ONU, NO DIA
23 DE SETEMBRO DE 2011, PUBLICADO NO PERIÓDICO MENSAGEIRO DA PAZ:
Em seu discurso de 23 setembro de
2011, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu lembrou várias
injustiças cometidas pela ONU contra Israel e frisou verdades omitidas por boa
parte da imprensa internacional quando o assunto é Israel. Alguns trechos
seguem abaixo.
“Em Israel nossa
esperança de paz nunca diminui. Nossos cientistas, médicos, inovadores, usam o
seu talento para melhorar o mundo de amanhã. Nossos artistas, nossos
escritores, enriquecem o patrimônio da humanidade. Agora, sei que essa não é
exatamente a imagem de Israel que muitas vezes é retirada nesta sala. Afinal,
foi aqui [na ONU], em 1975, que o antigo anseio do meu povo para restaurar
nossa vida nacional em nossa antiga pátria bíblica foi estigmatizado,
vergonhosamente, como racismo. E foi aqui, em 1980, aqui mesmo, que o histórico
acordo de paz entre Israel e Egito não foi elogiado, mas denunciado! E é aqui
que ano após ano Israel é injustamente escolhido como vítima a ser condenada
com maior frequencia do que todas as nações do mundo juntas. Vinte e uma das 27
resoluções da Assembleia Geral condenam Israel – a única e verdadeira
democracia do Oriente Médio. “
“Esse é um aspecto
triste da ONU. É o teatro do absurdo. Não só Israel é apresentado como o vilão,
mas, com frequencia, os verdadeiros vilões desempenham o papel de
protagonistas: a Líbia de Kadafi presidiu a Comissão das Nações Unidas sobre
Direitos Humanos; o Iraque de Saddam chefiou o Comitê da ONU sobre
Desarmamento. Pode-se dizer: ‘Isso é passado’. Bem, aqui está o que acontece
agora, exatamente agora, hoje: o Líbano, controlado pela organização terrorista
Hezbollah, preside o Conselho de Segurança da ONU. Isso significa que uma
organização terrorista preside a instância encarregada de garantir a segurança
do mundo. Isso não poderia acontecer. Então, aqui, na ONU, maiorias podem
decidir que o Sol se põe no oeste ou nasce no oeste. Penso que a primeira
alternativa já foi pré-ordenada, mas essas maiorias também decidir, e
decidiram, que o Muro das Lamentações, em Jerusalém, o lugar mais sagrado do
judaísmo, é território palestino ocupado.”
“Como
primeiro-ministro de Israel, não posso arriscar o futuro do Estado judeu em utopias.
Os líderes devem ver a realidade como ela é, não como deveria ser. Devemos
fazer o nosso melhor para moldar o futuro, mas não podemos escamotear os
perigos do presente. E o mundo em torno de Israel está, definitivamente,
tornando-se mais perigoso. O islamismo militante já tomou o Líbano e Gaza. Está
determinado a rasgar os tratados de paz entre Israel e Egito e entre Israel e
Jordânia. Está envenenando muitas mentes árabes contra os judeus e Israel,
contra os Estados Unidos e o Ocidente. Opõe-se não às políticas de Israel, mas
a existência de Israel. Agora, alguns argumentam que se quisermos retardar a
disseminação do islamismo militante, especialmente nestes dias turbulentos,
Israel deve se apressar em fazer concessões territoriais. E essa teoria parece
simples. Basicamente, é assim: deixe o território e a paz avançará. Os
moderados sairão fortalecidos, os radicais serão encurralados. E não se
preocupe com os incômodos detalhes de como Israel vai se defender. Tropas
internacionais farão o trabalho. Essas pessoas me dizem constantemente: basta
fazer uma oferta abrangente e tudo vai dar certo. Vocês sabem, há apenas um
problema com essa teoria. Nós a testamos e não funcionou,”
“Em 2000, Israel fez
uma oferta de paz abrangente que cobriu praticamente todas as exigências
palestinas. Arafat a rejeitou. Os palestinos, em seguida, lançaram um ataque
terrorista que custou milhares de vidas israelenses. O primeiro-ministro Olmert
fez uma oferta ainda mais ampla em 2008. O presidente Abbas nem sequer
respondeu a ela. Mas, Israel fez mais do que apenas propor ofertas abrangentes.
Nós deixamos o território. Retiramos-nos do Líbano em 2000 e de cada
centrímetro quadrado de Gaza em 2005. Isso não acalmou a tempestade militante
islâmica qu ae nos ameaça. Isso só trouxe a tempestade mais perto e a tornou
mais forte. Hezbollar e Hamas disparam milhares ode foguetes contra nossas
cidades de cada território que abandonamos. Vejam: Israel deixou o Líbano e
Gaza, os moderados não derrotaram os radicais, os moderados foram devorados
pelos radicais. E lamento dizer as tropas internacionais, como UNIFIL no Líbano
e UBAM (ph) em Gaza não impediram os radicais de atacar Israel. Saímos de Gaza
na esperança da paz. Não congelamos as colônias na Faixa de Gaza; nós a tiramos
de lá. Fizemos exatamente o que a teoria diz: ‘Saiam, voltem às fronteiras de
de 1967, desmantelem as colônias’. E não creio que as pessoas se lembrem quão
longe fomos para conseguir isso. Tiramos milhares de pessoas de suas casas. Tiramos
milhares de crianças de suas escolas e de seus jardins de infância. Destruímos
sinagoga. Nós até mesmo tiramos entes queridos de seus túmulos. E, em seguida,
tendo feito tudo isso, entregamos as chaves de Gaza ao presidente Abbas. “
“Ora, a teoria diz
que isso deve dar certo o presidente Abbas e a Autoridade Palestina poderiam
construir um Estado pacífico em Gaza. Vocês podem se lembrar de que o mundo
inteiro aplaudiu. Eles aplaudiram nossa retirada como um ato de grande
habilidade política. Foi um ato corajoso de paz. Mas, senhoras e senhores, nós
não conseguimos a paz. Mas, alcançamos a guerra. Alcançamos o Irã, que, por
meio de seu plenipotenciário Hamas, prontamente expulsou a Autoridade Palestina.
A Autoridade Palestina entrou em colapso em um dia.”
“O presidente Abbas
disse nesta tribuna que os palestinos estão armados apenas com suas esperanças
e seus sonhos e 10 mil mísseis e foguetes Grad fornecidos pelo Iran, para não
mencionar o rio de armas letais fluindo agora para Gaza do Sinai, da Líbia e de
outros locais. Milhares de mísseis choveram sobre nossas cidades. Então, vocês
podem entender que, dado tudo isso, os israelenses perguntem, de modo correto:
‘Como evitar que isso aconteça também na Cisjordânia? Veja: a maioria de nossas
principais cidades do sul do país estão a algumas dezenas de quilômetros de
Gaza. Mas, no centro do país, em frente á Cisjordânia, nossas cidades estão a
algumas centenas de metros ou, no máximo, a poucos quilômetros de distância da
fronteira da Cisjordânia. Por isso, quero perguntar a vocês: Será que algum de
vocês, traria o perigo para tão perto de suas cidades, de suas famílias? Vocês
agiriam de maneira tão descuidada com a vida de seus cidadãos? Israel está
preparado para ter um Estado palestino na Cisjordânia, mas não estamos
preparados para ter outra Gaza lá. E é por isso que precisamos ter acordos de
segurança reais, que os palestinos simplesmente se recusam a negociar conosco.”
“ Os israelenses se
lembram das lições amargas de Gaza. Muitos dos críticos de Israel as ignoram.
Eles, de maneira irresponsável, aconselham Israel a ir por esse caminho
arriscado mais uma vez. Ao lermos o que essas pessoas dizem, é como se nada
tivesse acontecido. Elas apenas repetem os mesmos conselhos, as mesmas fórmulas
como se nada disso houvesse ocorrido. E esses críticos continuam a pressionar
Israel a fazer concessões de larga escala, sem primeiro garantir a segurança de
Israel. Louvam como estadistas louváveis aqueles que, de modo involuntário,
alimentam o crocodilo insaciável do islamismo militante. Apresentam como
inimigos da paz aqueles de nós que insistem que devemos primeiro construir uma
barreira resistente para manter o crocodilo de fora, ou no mínimo colocar uma
barra de ferro entre suas mandíbulas escancaradas. Assim, diante de rótulos e
calúnias, Israel deve considerar melhor conselho. Melhor uma imprensa ruim do
que um elogio bom, e melhor ainda seria uma imprensa justa, cujo sentido cujo
sentido da história se entendesse além do café da manhã, e que reconhecesse as
preocupações legítimas de Israel com sua segurança.”
“As necessidades são
muitas, porque Israel é um país bem pequeno. Sem Judeia e Samaria, a
Cisjordânia, Israel tem, ao lado, nove milhas de largura. Quero colocar isso em
perspectiva, porque vocês estão todos nesta cidade. Isso corresponde a cerca de
dois terços do cumprimento de Manhattan. É a distância entre Baterry Park e
Universidade de Colúmbia. E não se esqueçam de que as pessoas vivem no Brooklyn
e em Nova Jersey são consideravelmente mais agradáveis do que alguns vizinhos
de Israel. Assim, como vocês protegem um país tão pequeno, cercado por pessoas
que juraram sua destruição e armados até os dentes pelo Irã? Obviamente, vocês
não podem defendê-lo apenas nesse espaço estreito. Israel precisa de maior
profundidade estratégica, e é exatamente por isso que a Resolução 242 do
Conselho de Segurança não exige que Israel deixe todos os territórios tomados
na Guerra dos Seis Dias. Ele fala na retirada dos territórios, para fronteiras
seguras e defensáveis. E, para se defender, Israel deve manter uma presença
militar de longo prazo em áreas estratégicas, críticas, da Cisjordânia.”
“E há muitas outras questões de segurança
vital que também devem ser abordadas. Vejamos a questão do espaço aéreo. Mais
uma vez, as pequenas dimensões de Israel criam problemas enormes de segurança.
Os Estados Unidos podem ser atravessados por avião em seis horas. Para cruzar
Israel, um avião leva três minutos. Então, o minúsculo espaço aéreo de Israel
pode ser cortado pela metade e dado a um Estado palestino que não está em paz
com Israel? Nosso maior aeroporto internacional está a poucos quilômetros da
Cisjordânia. Sem paz, nossos aviões vão se tornar alvos de mísseis antiaéreos
colocados a nosso lado, no Estado palestino? E como vamos deter o contrabando
na Cisjordânia. O problema não é apenas a Cisjordânia, são as montanhas da
Cisjordânia. Elas dominam a planície costeira, abaixo da qual fica a maioria da
população de Israel. Como poderíamos evitar o contrabando, nessas montanhas,
dos mísseis que poderiam ser atirados em nossas cidades?.”
“Trago esses
problemas porque eles não são problemas teóricos. São muitos reais. E, para os
israelenses, são assunto de vida e morte. Todas essas potenciais aberturas na
segurança de Israel têm de ser fechadas num acordo de paz antes de um Estado
palestino ser declarado, e não depois, porque, se deixarmos isso para depois,
elas não serão fechadas. E esses problemas vão explodir em nossa cara e
explodirão a paz” (Mensageiro da Paz,
CPAD, 2011, p. 4-5).
Peste Negra, Inquisição e “Progroms” fazem parte da trajetória sangrenta
do povo judeu. O antissemitismo não cessou com as Cruzadas e nem com a cruel
Inquisição. Citado por Abraão de Almeida, o sábio judeu de Volínia, Natan ben
Moshe Hannover, que se salvou fugindo para Amsterdam, publicou em 1653, em
Veneza, um relato, em hebraico, informando o mundo como morriam os judeus na
Polônia, à mão dos cossacos e ucranianos: “arrancavam-lhes pele, e a carne
jogavam aos cães; cortavam-lhes as mãos e os pés, e deixavam à morte os corpos
assim mutilados; rasgavam as crianças pelas pernas; assavam os nenês e
obrigavam as mães a engulir a carne dos seus rebentos; abriam ventre de
mulheres grávidas e com o feto que arrancavam batiam no rosto das vítimas: a
muitas punham gatos vivos nos ventres abertos, e costuravam o corpo com o gato
dentro, cortando das mulheres os braços, para que não pudessem arrancar o
animal, nem dar cabo a sua existência.”
Não posso conter as lágrimas, ao registrar tamanha brutalidade escrita
por Hannover; o que não dizer de Auschwitz, Birkenau e Gleiwitz, pois o
Holocausto de seis milhões de judeus pelos nazistas foi o clímax deste
extermínio inesquecível.
Os católicos diferentes dos ortodoxos, manifestou um peso de consciência
diante desses incontestáveis relatos históricos. Após Roma reconhecer o cuidado
de Deus pela descendência de Abraão, ao restaurar-lhe a pátria e um nome respeitável
no conceito das nações, o Vaticano confessou-se culpado. Abraão de Almeida diz
o seguinte a respeito dessa manifestação de arrependimento por parte do
“cristianismo” romano:
No dia 7 de setembro
de 1966, os meios do Vaticano confirmaram a existência e a autenticidade de uma
oração composta por João XXIII poucos dias antes da sua morte. “Nela o Papa
pede a Deus perdão por todos os sofrimentos que a Igreja Católica fez os judeus
padecerem. A existência dessa oração, que segundo as intenções do autor,
deveria ser recitada em todas as igrejas, fora recentemente anunciada no
decorrer de uma conferência em Chicago por Mons. John S. Quinn, um dos peritos
do Concílio. Eis o texto desta oraçãode João XXIII, agora publicada: ‘Estamos hoje conscientes de
que, no decorrer de muitos e muitos séculos, nossos olhos se achavam tão cegos
que já não éramos capazes de ainda ver a beleza de teu povo eleito nem de
reconhecer na face os traços de nossos irmãos privilegiados. Compreendemos que
o sinal de Caim esteja inscrito em nossa fronte. No curso dos séculos estava
nosso irmão deitado ensanguentado e em prantos por causa de nossa falta, porque
havíamos esquecido teu amor. Perdoa-nos a maldição que injustamente tínhamos
atribuído ao seu nome de judeu. Perdoa-nos o te havermos uma segunda vez
crucificado neles em sua carne, porque não sabíamos o que fazíamos’. (ALMEIDA,
Abraão, 1978, p.36).
Neste capítulo, procuramos provar que o Estado de Israel desde a sua
independência tem vivenciando grandes conflitos. Percebe-se que por trás de
supostas manifestações de acordos de paz, por parte de seus opositores, existe
um islamismo militante que tem como meta a destruição de Israel, a única nação
do Oriente Médio que é uma democracia multirracial e multirreligiosa.
Fonte: OLIVEIRA, Sandro Gomes de. Israel, um povo singular em busca da paz. Rio de Janeiro: Edição do autor, 2019.
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