SANDRO GOMES DE OLIVEIRA. Diretor do Centro de Educação Teológica e Evangelística Shekinah.

quinta-feira, 26 de setembro de 2019


 FINAL DA CARREIRA MINISTERIAL DO APÓSTOLO PAULO: (At 20.24; II Tm 4.7)
      Finalmente Paulo chegou a Roma, a cidade que durante muitos anos foi o seu alvo de trabalho e esperança. Apesar de se tratar de um preso à espera de julgamento, contudo a Paulo foi permitido viver em casa alugada, acorrentado a um soldado. O esforço principal de Paulo, ao chegar a Roma, foi evangelizar os judeus, tendo para esse fim convocado seus compatriotas para uma reunião que durou o dia inteiro. verificando que apenas uns poucos dos judeus estavam dispostos a aceitar o Evangelho, voltou-se então para os gentios. Por espaço de dois anos, a casa em que Paulo morava em Roma funcionou como igreja, onde muitos anos, a casa em que Paulo morava em Roma funcionou como igreja, onde muitos encontraram a Cristo, especialmente os soldados da guarda pretoriana, isto é, do Pretório Romano. Contudo seu maior trabalho realizado em Roma foi a composição de quatro epístolas, que se contam entre os melhores tesouros da igreja. As epístolas foram as seguintes: Efésios, Filipenses, Colossenses e Filemom. Há motivos para crer que após dois anos de prisão, Paulo foi absorvido e posto em liberdade. (Veja Fp 1.24-26; 2.24; Fm v. 24; II Tm 4.17),
      Podemos, sem dúvida, considerar os três ou quatro anos de liberdade de Paulo, como a continuação de sua quarta viagem missionária. Notamos alusões ou esperanças de Paulo, de visitar Colossos ou Mileto. Se estava tão próximo de Efésio, como o estavam os dois mencionados lugares, parece certo que visitou esta última cidade. Visitou, também, a Ilha de Creta, onde deixou Tito responsável; pelas Igrejas, e esteve em Nicópolis no Mar Adriático, ao norte da Grécia. A tradição declara que neste local Paulo foi preso e enviado outra vez para Roma, onde foi martirizado no ano 68 d.C. A este último período podem pertencer estas três epístolas: Primeira a Timóteo, Tito e segunda a Timóteo, sendo que a última prisão em Roma.
Fonte: A biografia missionária de Paulo (apostila) - Por Sandro Gomes(1991).


domingo, 15 de setembro de 2019

JESUS, O MAIOR PEDAGOGO DE TODOS OS TEMPOS - Por Marcos Tuler




Uma das principais características do método de ensino de Jesus é a sua flexibilidade. Ele sempre adaptava sua metodologia às situações específicas. O que determinava o seu método era o conteúdo de seu ensino, as características e os conhecimentos de seus discípulos, e a sua própria personalidade.

O Mestre raramente fazia discursos ou pregações que hoje chamamos de “comunicação unilateral”. Ele ensinava a partir de uma situação específica; uma conversa, uma pergunta, uma necessidade ou ainda, a partir da resistência de seus ouvintes . A grande maioria das parábolas de Jesus foi contada como resposta a uma pergunta. Mesmo durante a instrução verbal, Jesus direcionava seu ensino às experiências de seus discípulos.

Ensino centrado nos alunos

Jesus considerava as dúvidas, necessidades, expectativas e até os conhecimentos de seus discípulos. A formulação e a apresentação do conteúdo de seu ensino correspondiam totalmente ao modo de pensar de seus ouvintes orientais.

A linguagem de Jesus era prática e ilustrada e não abstrata e sistemática. Sua prédica e ensino eram compreensíveis, acessíveis às pessoas simples e medianas de seu tempo.

Ensino através de métodos e recursos variados

Jesus não ensina através da simples memorização. Mas, usava variados métodos, tais como: repetições, parábolas, simbologias, hipérboles, trocadilhos, comparações, metáforas, provérbios, enigmas, paradoxos, ironias etc.

Para auxiliar na compreensão de sua mensagem, o Mestre complementava sua instrução verbal  com meios de expressão, como por exemplo, material visual e dramatização. Jesus pegava qualquer coisa ou objeto e os usava como exemplo: sementes, pássaros, campos, uma figueira, uma moeda, um peixe etc. As ilustrações mais notáveis de seu ensinamento foram os seus milagres. Eles não foram somente sinais de sua autoridade, mas também um poderoso meios de ensino. Para contrastar com a metodologia dos rabinos, Jesus não usava o método da memorização, porém tornava o seu ensino inesquecível por meio de palavras penetrantes e exemplos extraordinários.

Ensino baseado na reflexão

O ensino de Jesus despertava a curiosidade, o interesse e, acima de tudo, a reflexão de seus ouvintes. Muitas vezes, ele respondia às perguntas com um novo questionamento ou com uma parábola, o que levava sua audiência à formulação de suas próprias conclusões. As parábolas são exemplos disso. A intenção de Jesus não era confundir seus ouvintes, mas desafiá-los a descobrirem o significado das palavras que ele proferia. Jesus foi o maior pedagogo de todos os tempos: desafiava seus alunos a aprender a partir do próprio esforço.
A pedagogia moderna diz que o professor deve propor situações de ensino baseadas nas descobertas espontâneas dos alunos. A aprendizagem se realiza através da conduta ativa do aluno, que aprende mediante o que ele faz e não o que faz o professor.

A maior parte dos ensinos de Jesus contrariava a hipocrisia dos fariseus, sacerdotes, levitas e judeus religiosos. Ele não falava de tudo abertamente, mas os que se interessavam pelas coisas do Reino de Deus, podiam entender com perfeição o que dizia através das parábolas.

Ensino baseado em relacionamentos

Se o principal objetivo do professor é “transferir saberes” não há necessidades de se estabelecer relacionamentos. Mas, se sua meta principal é transformar o aluno a fim de que seja semelhante a Cristo, uma convivência positiva e afetuosa será essencial. Jesus “nomeou doze para que estivessem com ele”(Mc 3.14).

Ensino baseado no interesse do aluno

Suas histórias conquistavam o coração de seus ouvintes porque vinham diretamente de encontro às suas próprias frustrações e desapontamentos. Falou de um servo impiedoso (Mt 18.23), de salários iguais por trabalhos desiguais (Mt 21:1ss), do assassinato dos lavradores (Mt 21.33ss), dos convidados indignos do casamento (Mt 22:1ss).

Fonte: Tuler, Marcos,  Abordagens e práticas da pedagogia cristã, Rio de Janeiro: CPAD, 2006.






segunda-feira, 2 de setembro de 2019

APOSTASIA - POR JAMES A. SHOWERS


     Frequentemente ouço pessoas dizerem: "Creio que o Arrebatamento está próximo", ou: "Acho que estamos vivendo nos últimos dias, exatamente antes dos tempos do fim". Muitas pessoas têm uma profunda sensação de que este mundo não pode continuar em seu caminho atual durante muito mais tempo, e os eventos mundiais parecem apontar para a vinda iminente de nosso Senhor.
     Uma das marcas dos últimos dias é o aumento da apostasia no meio da Igreja. Portanto, é importante ser capaz de reconhecer a apostasia e de lidar com ela.
     O termo apostasia vem da palavra grega que significa "ficar longe de, separar-se de". Quando aplicada à Igreja, ela se refere às pessoas que deixaram a verdade da Palavra de Deus, particularmente o Evangelho.
     Relativamente à grande apostasia dos últimos, o Novo Testamento ensina que: (1) a apostasia  virá para a Igreja; (2) ocorrerá dentro da Era da Igreja; e (3) marcará os tempos do fim da Era da Igreja.
     Suas características incluem a negação de Deus (2Tm 3.4-5), de Cristo (2 Pe 2.1; 1 Jo 2.18; 1 Jo 4.3), do retorno de Cristo (2 Pe 3.3-4), da fé (1 Tm 4.1-2), da sã doutrina (2 Tm 3.1-7), dos princípios morais (vv. 1-8,13; Jd 18), e da autoridade (2 Tm 3.2).
     Durante os "tempos difíceis" que afetarão a Igreja nos últimos dias (2 Tm 3.1), muitos terão uma aparência de "piedade", mas negarão seu poder (v.5). Terão um desejo insaciável de aprender sobre Deus, mas nunca serão capazes de vir a conhecer Sua verdade, revelada através de Suas Palavra (v.7).
     Além disso, a Igreja não suportará a sã doutrina. Em vez dela, as pessoas seguirão seus próprios desejos e se cercarão de mestres que lhes farão coceira nos ouvidos por meios de fábulas em vez da verdade (2 Tm 4.3-4).
     A apostasia não é um ataque vindo do mundo exterior; é um ataque vindo de dentro da igreja. Como podemos reconhecê-la? Vejamos quatro sinais:

     1. Experiência Humana
     A apostasia usa a experiência humana para determinar a verdade (2 Tm 4.3-4), enfatizando exageradamente experiência da autodescoberta e enfocando programas sociais com o objetivo de reformar a humanidade. Entretanto, nossa vida deveria ser centralizada em torno de Deus e de Sua glória, não em nós mesmos.

     2. Sensualidade e Ganância
     A apostasia explora e difama a verdade de Deus e afirma que Deus deseja apenas que sejamos felizes e aproveitemos a vida (2 Pe 2). Todavia, o objetivo principal de Deus não é a nossa felicidade; é a nossa santidade. Ele não nos chama para uma vida de prazeres sensuais e mordomias.

     3. Zombar da Palavra de Deus
     A apostasia nega o ensinamento claro das Escrituras e ignora a obra passada de Deus na história (2 Pe 2). Considerando quantos negam os seis dias literais da criação, não nos surpreende que tantos neguem as palavras  literais de Deus de que Ele voltará para julgar a terra e reestabelecer Seu Reino sobre ela, com o Messias assentado em Seu trono em Jerusalém.
     Atualmente, muitos dentro da Igreja escarnecem do Arrebatamento, da Tribulação e do Reino Milenar. Contudo, o fato de que Deus cumpriu as profecias no passado deveria ser base suficiente para se crer que Ele irá cumpri-las no futuro. Escatologia (o estudo dos eventos futuros) não é uma ciência criada com base no vento; ela reconhece a continuidade do plano de redenção elaborado por Deus, o qual Ele mesmo revelou em Sua Palavra.
   
     4. Estilo de Vida Sem Deus
     A apostasia afirma um estilo de vida incrédulo, sem Deus (Epístola de Judas), mudando a graça de Deus em licenciosidade para pecar e negando a Jesus Cristo como Senhor e Mestre. Apóstatas remodelam Cristo em uma imagem que os satisfaz, em vez de aceitarem a Pessoa apresentada na Bíblia.
     Com que frequência você ouve pregações sobre pecado e juízo? Igrejas que deixam de ministrar que as pessoas são pecadoras e que Deus odeia o pecado apresentam uma figura incompleta de Cristo: quem Ele é, o que Ele fez, e como Ele espera que vivamos. Quando os líderes da Igreja sancionam o pecado, este é um sinal de apostasia.
     Deus nos diz para nos desligarmos de tais pessoas e para pregarmos a Sua Palavra (2 Tm 3.5; 2 Tm 4.2). Na verdade, em meio a seu discurso sobre apostasia, o apóstolo Paulo declarou: "Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção e para a repreensão, para a correção e para a instrução na justiça" (2 Tm 3.16). O apóstolo Pedro também nos admoesta a confiarmos na Palavra de Deus(2 Pe 1.16-21). Devemos confiar na Escritura e usá-la para ensinar a Sua verdade porque as pessoas necessitam dela desesperadamente.
     Temos ensinando Palavra de Deus desde o primeiro exemplar publicado. E com a ajuda dEle, continuaremos a fazê-lo até que Ele venha! (Israel My Glory)
James A. Showers é o diretor-executivo de The Friends of Israel.

Fonte: Chamada da Meia-Noite, Setembro de 2013