SANDRO GOMES DE OLIVEIRA. Diretor do Centro de Educação Teológica e Evangelística Shekinah.

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

As Missões Morávias - Reflexão Missionária

Dois jovens morávios tinham ouvido falar de uma ilha das Índias Ocidentais onde um latifundiário, um inglês ateu, possuía entre dois e três mil escravos. E esse homem dissera: "Nessa ilha não pode entrar nenhum pregador ou sacerdote. Se algum deles chegar aqui, por naufrágio, que fique numa casa separada até que possa sair daqui. Mas não pode falar a nenhum de nós a respeito de Deus. Não quero nunca mais saber dessas tolices." Imaginem, três mil escravos trazidos das selvas africanas para uma ilha do Atlântico, para ali viverem e morrerem, sem nunca ouvirem falar de Cristo! Os dois jovens morávios ouviram falar sobre isso. Então, eles se venderam àquele inglês e usaram o dinheiro (o mesmo valor que pagara por qualquer outro escravo) para comprar a passagem e viajarem até à ilha. O inglês não oferecia sequer a condução. Quando o navio estava para zarpar do porto de Hamburgo e adentrar o Mar do Norte, alguns morávios foram ao porto para despedir-se dos rapazes. Ambos tinham pouco mais de vinte anos de idade e nunca mais voltariam, visto que não estavam embarcando para um trabalho regular de quatro anos. Os rapazes haviam se vendido como escravos por toda a vida, para que, na condição de escravos, testemunhassem sobre Cristo aos outros escravos. Os familiares dos rapazes, considerando-a insensata. E, quando o navio se afastava, e os jovens perceberam a distância que os separava, aumentando cada vez mais, um deles, passando o braço pelo do seu companheiro, ergueu a outra mão e gritou-lhes: "Que o Cordeiro receba a recompensa de seus sofrimentos." Essa foram as últimas palavras que ouviram deles. E tais palavras se tornaram o cerce e o lema das missões morávias.

sábado, 1 de setembro de 2012

HERESIA - Por Antônio Mesquita

"Por antes de tudo ouço que, quando vos ajuntais na igreja, há entre vós dissensões; e em parte o creio. E até importa que haja entre vós heresias, para que os que são sinceros se manifestem entre vós". I Coríntios 11.18,19.

Interpretações humanas levaram muitos a produzirem heresias e caminharem para lados opostos a Deus. Estes não alcançam o verdadeiro significado do texto, dado pelo Espírito. Das heresias nasceram religiões - as grandes seitas -, que acabam encontrando adeptos, porque tais interpretações aceitam os desígnios divinos. São formas, às vezes, eivadas de lógica, à primeira vista, parece ser doce - "... mas à alma faminta, todo o amargo é doce" (Pv 27.7).

A falta de hermenêutica tem feito com que muitos fiquem vulneráveis e passem a ser presa fáceis de "ensinadores" sem escrúpulo. Temos o exemplo de muitas seitas, que interpretam a Bíblia a partir de sua doutrina, mas não criam doutrina a partir da Bíblia. Fazem de forma inversa, usando os textos bíblicos como suporte à sua forma de pensar.

Cometem os mais ridículos erros de interpretação. Tais formas humanas tentaram dominar a Igreja até que ocorreu a formação do cânon bíblico, quando muitas doutrinas deram origem a livros e a seitas falsas. Mas os apologistas e Pais da Igreja souberam defendê-la, usando a hermenêutica sempre a partir da sujeição ao Espírito.

Dissensões são divisões e heresias, partidos (haireseis no grego), que podem ocorrer na igreja pela falta da manuntenção das tradições cristãs, conforme preceitos bíblicos. Leia o versículo 2. Preceito é sinônimo de tradição, pardoseis no grego, e significa "instrução cristã fundamental, oral ou escrita". Leia 2 Tessalonicenses 2;15; 3.6; Filipenses 2.3.

Fonte:Pontos difíceis de entender. CPAD:Rio de Janeiro, 1ª edição/2006