SANDRO GOMES DE OLIVEIRA. Diretor do Centro de Educação Teológica e Evangelística Shekinah.

segunda-feira, 24 de junho de 2019

JERUSALÉM: Uma Cidade Com Alma



     Próxima à estrada que vai de Jerusalém para Belém, está um campo que permanece vazio desde o final dos anos 1980. Os Estados Unidos o designaram como o terreno para a Embaixada americana.
     Desde que o Ato da Embaixada de Jerusalém foi assinado e se tornou lei em 1995, as resoluções do Congresso americano para relocar a embaixada de Tel-Aviv para Jerusalém têm sido deixadas de lado por presidentes que impõem atrasos sucessivos de seis meses paa a mudança.
     O atual governo americano está até questionando se Jerusalém é de algum modo parte de Israel, e afirma que o status da cidade só será determinado durante futuras negociações. O atraso, em grande parte, tem a intenção de apaziguar os inimigos árabes de Israel, que declaram quase que diariamente sua determinação de nunca reconhecer Jerusalém como capital de Israel ou Israel ou Israel como uma nação judaica.
     Para exacerbar a questão, existe a escalada da contenda anti-sionista no Ocidente, afirmando que os israelenses são ladrões de terra, intrusos ocupando terras alheias, que devem ser mantidos sob controle pelas autoridades internacionais, as quais ditam onde as fronteiras são traçadas e quem fica com qual porção de terra.
     Faltando está qualquer semelhança com a verdade e a justiça. Um acordo justo demanda uma escolha entre adotar um arbítrio político revisionista ou o fato histórico inegável.
     De início, a alegação de que os muçulmanos são anteriores aos judeus naquela região e que o povo judeu nunca habitou Jerusalém antes dos tempos modernos é rídicula. Afirmar que os patriarcas judeus eram islâmicos e que Jesus era um palestino defensor da liberdade teria sido embaraçoso em uma época mais racional.
     Na verdade, a reivindicação que o islamismo faz de Jerusalém é um adendo baseado em uma lenda, sem nenhum suporte de documentação histórica. E, embora os muçulmanos venerem o Domo da Rocha e a Mesquita al-Aqsa no Monte do Templo, Jerusalém não é centro mundial da religião islâmica. Tal honra reside em Medina e em Meca, na Arábia Saudita. É para a pedra da caaba, em Meca, que os muçulmanos afluem aos milhões anualmente, não ao Muro Ocidental ou ao Monte do Templo, cujo controle foi, incidentalmente , cedido aos palestinos através de uma acordo imposto de dois Estados.
     Assim, quando o embaixador de Israel nos Estados Unidos, Ron Mermer, no Dia de Jerusalém, em maio de 2014, publicamente incitou o Congresso a mudar a Embaixada, ele tinha os fatos e a justiça ao seu lado. “Já está ‘finalmente’ na hora”, disse Dermer, ‘de os Estados Unidos reconhecerem Jerusalém como a capital “indivisível” de Israel e de mudarem sua Embaixada para lá”.
     O apelo de Dermer vai muito além de uma manobra diplomática. Ele reflete uma essência que não é incorporada por nenhuma outra cidade sobre a face da terra. Há muito tempo, Elhanan Leib Lewinsky, escritor hebreu sionista, declarou: ‘Sem Jerusalém, a terra de Israel é um corpo sem alma”. É verdade!
     Outras capitais de países podem ser apreciadas por sua beleza, podem ser fortalezas de poder, centros de comércio e governo. Mas somente Jerusalém representa a alma de uma nação. Por mais de 3.000 anos, desde que o rei Davi comprou o que hoje o Monte do Templo (Monte Moriá|) e estabeleceu Jerusalém como a capital permanente do povo judeu, cada página significativa da sua história – bíblica ou secular – é selada com a autenticação de propriedade judaica.
     Talvez o mais notável seja que Jerusalém, subjugada e reduzida a escombros, jamais tenha sido eliminada dos anseios coletivos do povo judeu. Junto aos rios da longínqua Babilônia, os judeus exilados pranteavam por Jerusalém com os mesmos sentimentos saudosos que as modernas gerações da Diáspora:
     “As margens dos rios da Babilônia, nós nos assentávamos e chorávamos, lembrando-nos de Sião. Nos salgueiros que lá havia, pendurávamos as nossas harpas, pois aqueles que nos levaram cativos nos pediam canções, e os nossos opressores, que fôssemos alegres, dizendo: Entoai-nos algum dos cânticos de Sião. Como, porém, haveríamos de entoar o canto do Senhor em terra estranha? Se eu de ti me esquecer, ó Jerusalém, que se resseque a minha mão direita. Apegue-se-me a língua ao paladar, se me não lembrar de ti, se não preferir eu Jerusalém à minha maior alegria” (Sl 137.1-6).
     Tampouco os cristãos estão imunes à atração do amor por Jerusalém. Ela é o berço da Igreja e a origem de mais de 2.000 anos de proclamação do Evangelho da paz e reconcilição com Deus.
     Uma Jerusalém não-dividida, em um país (Israel) que dá plenos direitos e privilégios de cidadania igualmente a judeus, árabes e cristãos, não é obstáculo, mas uma solução. Ignorar o óbvio e retornar a uma cidade dividida, que separa o povo judeu de seu berço natal não beneficiará ninguém; ao contrário, piorará as coisas e permanecerá como um dos maiores erros da história. (Israel My Glory)
Elwood McQuaid é consultor editorial de The Friends of Israel.
Fonte: Notícias de Israel, Março de 2015, Chamada da Meia-Noite, Brasil

terça-feira, 18 de junho de 2019

MESSIAS, CHRISTÓS, MASHIACH, UNGIDO



     À medida que ensinamos a Bíblia, ficamos sempre surpresos por ver quantas pessoas não percebem que o nome de Jesus não “Jesus Cristo”.
     A palavra Cristo é o equivalente [em português] da plavra grega Christós. Christós é o equivalente grego da palavra hebraica Mashiach. Messias é o equivalente [em português] da palavra Mashiach. Todas essa palavras significam a mesma coisa: “Ungido”.
     Dizer “Jesus Cristo” é o mesmo que dizer “Jesus, o Messias”, ou, em hebraico, Yeshua (Jesus) Hamashiach (o Messias).
     Cristo é um título, não um nome. Jesus é o Cristo – o Messias, o Ungido. Sessenta e nove vezes no Novo Testamento Ele é chamado de “Cristo Jesus”. Na linguagem de hoje, a combinação nome-título é equivalente, por exemplo, “presidente Lincoln”.
     Vendo os dois adventos do Messias nas Escrituras, mas incapazes de entender que ambos se referem à mesma Pessoa,  alguns estudiosos judeus criaram a teoria dos dois Messias. O servo sofredor, a quem eles denominaram “Messias ben Yosef” e o Messias que reina e governa, a quem eles chamaram de “Messias ben David”. A palavra hebraica ben significa “filho”.
     É interessante que o nome verdadeiro de Jesus teria sido Yeshua ben Yosef, que quer dizer “Jesus, filho de José”. No entanto, Ele também é Jesus,  filho de Davi” porque, em Sua encarnação, nasceu  como descendente direto da linhagem do rei Davi e como herdeiro do trono. Portanto, ambos os nomes escolhidos pelos rabinos aplicam-se a Ele. (Israel My Glory)
Thomas C. Simcox é coordenador de treinamento de ministérios eclesiásticos de The Friends of Israel.
Fonte: Notícias de Israel, dezembro de 2014, Porto Alegre/RS , Brasil, Periódico da Obra Missionária Chamada da Meia-Noite.

quinta-feira, 6 de junho de 2019

"TÍTULOS" NO NOVO TESTAMENTO

     Os "títulos" que o Novo Testamento usa para descrever os servos de Deus refletem muito fortemente a verdade descrita acima. No texto original, a ideia de homens e mulheres reinando e governando sobre outros na Igreja não existe de forma alguma.
     Em muitos casos, porém, as tradições e práticas atuais das igrejas ligadas à tradução deturpada de vários versículos da Bíblia transmitem um sentido errôneo. Muitas vezes, o verdadeiro significado da terminologia foi grandemente distorcido ou já se perdeu em nossa geração moderna.
     Talvez o melhor exemplo deste problema seja a palavra "ministro". Hoje, o pensamento comum é que um "ministro" é alguém que "comanda" a igreja. Esta pessoa tem um título oficial, uma posição religiosa, talvez tenha também ornamentos especiais que veste para distinguir-se dos outros e, em geral, é elevada acima dos outros. Geralmente, espera-se dos membros um maior grau de respeito, semelhante ao que alguém daria a uma dignitário político.
     Contudo, a revelação nas Escrituras sobre o que é ser um "ministro" é muito diferente. Na verdade, há três palavras gregas diferentes que são traduzidas como "ministro". A primeira é DIAKONOS, que significa "servo" ou "atendente". A segunda palavra, LEITOURGOS, refere-se a alguém que servia o público de uma maneira especial, por conta própria. A terceira palavra, HUPERTES, originalmente, significava "remador inferior", que era uma classe de marinheiros. Sem dúvida, nenhum desses marinheiros estaria no comando do navio. Mais tarde, passou a significar qualquer subordinado agindo sob a direção de outro.
     Algumas outras palavras que se relacionam com o pensamento de serviço espiritual são: DOULOS, um escravo cativo; OIKETES, um servo doméstico; MISTHOS, um servo contratado; e PAIS, um servo menino. (Definição do Dicionário Expositor de Palavras do Novo Testamento, de W.E. Vine).
     Nada em qualquer dessas palavras sugere o conceito que comumente encontramos na Igreja, hoje. Servos não dizem o que fazer àqueles a quem estão servindo. Não são aqueles função é assistir aos outros, servindo-os de maneira humilde. Nestes termos não descobrimos exaltação do "ego", elevação aos olhos do mundo e nem posição especial de respeito social. Encontramos o verdadeiro oposto disso.
     O uso destes vocábulos sugere que aquelas pessoas  humilharam-se  e se tornaram-se servas genuínas, seguindo o exemplo de nosso Senhor Jesus por toda Sua vida (Fp 2.8). Com esta breve investigação, parece que a palavra "ministro" tornou-se tão mal empregada na Igreja, que, virtualmente, passou a significar o oposto do que significava no tempo de Jesus.

Fonte: Autoridade Espiritual Genuína. Por David W. Dyer. Tradução: Maria Regina Vidal Eliasquevici. Publicação: Ministério Grão de Trigo