SANDRO GOMES DE OLIVEIRA. Diretor do Centro de Educação Teológica e Evangelística Shekinah.

quinta-feira, 6 de junho de 2019

"TÍTULOS" NO NOVO TESTAMENTO

     Os "títulos" que o Novo Testamento usa para descrever os servos de Deus refletem muito fortemente a verdade descrita acima. No texto original, a ideia de homens e mulheres reinando e governando sobre outros na Igreja não existe de forma alguma.
     Em muitos casos, porém, as tradições e práticas atuais das igrejas ligadas à tradução deturpada de vários versículos da Bíblia transmitem um sentido errôneo. Muitas vezes, o verdadeiro significado da terminologia foi grandemente distorcido ou já se perdeu em nossa geração moderna.
     Talvez o melhor exemplo deste problema seja a palavra "ministro". Hoje, o pensamento comum é que um "ministro" é alguém que "comanda" a igreja. Esta pessoa tem um título oficial, uma posição religiosa, talvez tenha também ornamentos especiais que veste para distinguir-se dos outros e, em geral, é elevada acima dos outros. Geralmente, espera-se dos membros um maior grau de respeito, semelhante ao que alguém daria a uma dignitário político.
     Contudo, a revelação nas Escrituras sobre o que é ser um "ministro" é muito diferente. Na verdade, há três palavras gregas diferentes que são traduzidas como "ministro". A primeira é DIAKONOS, que significa "servo" ou "atendente". A segunda palavra, LEITOURGOS, refere-se a alguém que servia o público de uma maneira especial, por conta própria. A terceira palavra, HUPERTES, originalmente, significava "remador inferior", que era uma classe de marinheiros. Sem dúvida, nenhum desses marinheiros estaria no comando do navio. Mais tarde, passou a significar qualquer subordinado agindo sob a direção de outro.
     Algumas outras palavras que se relacionam com o pensamento de serviço espiritual são: DOULOS, um escravo cativo; OIKETES, um servo doméstico; MISTHOS, um servo contratado; e PAIS, um servo menino. (Definição do Dicionário Expositor de Palavras do Novo Testamento, de W.E. Vine).
     Nada em qualquer dessas palavras sugere o conceito que comumente encontramos na Igreja, hoje. Servos não dizem o que fazer àqueles a quem estão servindo. Não são aqueles função é assistir aos outros, servindo-os de maneira humilde. Nestes termos não descobrimos exaltação do "ego", elevação aos olhos do mundo e nem posição especial de respeito social. Encontramos o verdadeiro oposto disso.
     O uso destes vocábulos sugere que aquelas pessoas  humilharam-se  e se tornaram-se servas genuínas, seguindo o exemplo de nosso Senhor Jesus por toda Sua vida (Fp 2.8). Com esta breve investigação, parece que a palavra "ministro" tornou-se tão mal empregada na Igreja, que, virtualmente, passou a significar o oposto do que significava no tempo de Jesus.

Fonte: Autoridade Espiritual Genuína. Por David W. Dyer. Tradução: Maria Regina Vidal Eliasquevici. Publicação: Ministério Grão de Trigo

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