SANDRO GOMES DE OLIVEIRA. Diretor do Centro de Educação Teológica e Evangelística Shekinah.

sexta-feira, 11 de janeiro de 2019

A PROCURA DE UMA IGREJA PERFEITA - Refrexão

ESTAVA PROCURANDO UMA IGREJA PERFEITA E RESOLVI LIGAR PARA O APÓSTOLO PAULO PARA TER UMA ORIENTAÇÃO:

- Alô!  É o Apostolo Paulo?
- Sim, é ele!
- A graça e paz!
- A graça e paz!
-Desculpe o incômodo Apóstolo, mas estou precisando da sua ajuda
- Pois não!
- Preciso de ajuda na minha vida cristã, andei me decepcionando com muita coisa na igreja a qual pertenço e estou naquela fase “self service”. Estou escolhendo uma Igreja perfeita para eu congregar. Gostaria de ter informações sobre algumas Igrejas.
- Pois não, se eu puder lhe ajudar!
- Me diga uma coisa, estou pensando em congregar em Corinto, seria ela uma igreja perfeita?
- Olha, a Igreja de Corinto tem grupinhos ( I Cor. 1:12), tem inveja, contendas ( I Cor. 3:3), brigas na justiça ( ICor. 6), tem fornicários (I Cor. 5)
- Nossa!
- E a Igreja de Éfeso?
- Foi uma Igreja alicerçada na palavra ( At. 20:27), mas ultimamente tem muita gente sem amor por lá. ( Ap. 2:4)
- Então penso em ir congregar em Tessalônica.
- Tessalônica! Tem alguns que andam desordenadamente e não gostam de trabalhar ( II Ts. 3:11)
- Nossa! Tá difícil em Paulo!
- E se eu for para a Igreja de Filipos?
- Filipos é até uma igreja boa, mas tem algumas notas destoantes. Tem duas irmãs lá; uma se chama Evódia e a outra Síntique (Fp. 4:2) que se desentenderam e estão sem conversar uma com a outra.
- Mas por que Paulo?
- Não sei bem, acho que foi por causa do uniforme da festa da União Feminina da Igreja de Filipos!
- Então acho que vou mudar para Colossos e vou congregar lá o que você acha?
-Olha, em Colossos o problema é doutrinário, tem uns hereges que estão querendo rebaixar a pessoa de Cristo dizendo que ele não é Deus. O negócio está tão feio lá que estão até realizando culto aos anjos (Cl.  2:18)
- Meu Deus! E se eu for para a Galácia?
- Olha, na Galácia tem crentes se mordendo e devorando uns aos outros ( Gl. 5:15)
- Meu Deus! Realmente tá difícil, entrei em contato com o Apóstolo João porque pensei em congregar em Tiatira, mas ele me disse que lá é uma Igreja tolerante. Tem tolerado uma mulher que se diz profetisa e tem ensinado a se prostituir e comer sacrifícios de idolatria (Ap. 2:20). Pensei em ir para Laodicéia mas João me disse que lá eles são muito indiferentes, são mornos (Ap. 3:16). Depois pensei em congregar em Pérgamo mas, João me disse que lá tem algumas doutrinas estranhas, a doutrina de Balaão (Ap. 2:14) e dos nicolaítas (Ap. 2:15).
- Sabe Paulo, já pensei em ir para a Igreja Sede em Jerusalém, mas, lá  está cheio de preconceituosos com os gentios (Gl. 2:12,13). Fiquei sabendo que já teve muita murmuração por lá (At. 6:1) e crente duas caras ( At. 5). Me parece que se chamavam Ananias e Safira, salvo engano...
- É Paulo, realmente tá difícil!
- Qual a solução? Me dá uma orientação!
- É simples. A Igreja do lado humano é imperfeita, mas Deus está trabalhando. Você se esqueceu do que escrevi aos Efésios: ... para apresentar a si mesmo Igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, mas, santa e irrepreensível (Ef. 5:27).
- E breve estaremos na Igreja perfeita, a igreja dos primogênitos, que estão inscritos nos céus (Hb. 12.23).
- Dou-lhe um conselho: Não procure uma Igreja perfeita mas procure uma igreja bíblica!
- Então está bem Paulo! Obrigado! Vou ler mais a Bíblia. Mesmo condenando tais práticas estou reconhecendo que não há Igreja perfeita enquanto estivermos aqui. Mas mesmo reconhecendo suas imperfeições não abandonarei a comunhão entre os irmãos e procurarei fazer a minha parte vivendo uma vida cristã autêntica esperando a volta de Jesus! Obrigado Apóstolo Paulo.
Disponha. - Autor Desconhecido

QUEBRANDO A BARREIRA BABILÔNICA


A Barreira Babilônica
       Há TRÊS GRANDES OBSTÁCULOS à propagação do Evangelho. Estas coisas dificultam a evangelização dos que nunca ouviram as boas novas  sobre o que Jesus Cristo fez para salvar e abençoar a todas as nações. Estes obstáculos são:
CLERICALISMO
DEFICIÊNCIAS PNEUMATOLÓGICAS
CONSTRUÇÃO DE CATEDRAIS

     Nesta seção, Quebrando a Barreira Babilônica, você aprenderá como vencer a CONSTRUÇÃO DE CATEDRAIS.


O Estudo em apreço, resolvi transcrevê-lo na íntegra, após aceitar o seguinte desafio do autor, Ralph Mahoney:  “Mas se você for um líder com coragem e fé, poderá levantar-se e quebrar a barreira babilônica...”  - Pastor Sandro Gomes
      
A. BARREIRA BABILÔNICA
       A maioria dos líderes cristãos dos dias de hoje não sabem que os eventos de cinco mil anos atrás estão influenciando  hoje os seus valores  e ações. A influência de Babel ainda se encontra muito presente em nosso meio, substituindo o que Deus ordenou pela sua agenda humanística, egocêntrica, e narcisista. Isto está roubando de nós o verdadeiro propósito de Deus na Igreja.
1. Histórico De Babel
     Quando Noé e seus filhos saíram da arca, as instruções de Deus foram claras.
“Deus... lhes disse:  Frutificai e multiplicai-vos; e enchei a terra , ” (Gn 9.1).  Deus tinha um propósito mundial para toda a terra. “Mas vós, frutificai e multiplicai-vos; povoai abundantemente a terra, e multiplicai-vos nela” (Gn 9.7).
       O propósito de Deus para todos os sobreviventes  do Dilúvio era que eles “frutificassem e se multiplicassem e se multiplicassem , e enchessem a terra” (Gn 9.1,7).
       a.   Pecado E Desobediência. Em Gênesis 10, os descendentes de Noé são citados como sendo Sem, Cão, e Jafé foram abençoados. Cão e os seus descendentes (os cananeus) foram amaldiçoados.
       “E Cão, o pai de Canaã, viu a nudez de seu pai... E Noé despertou do seu vinho, e soube o que seu filho menor lhe fizera. E disse: Maldito seja Canaã...” (Gn 9.22,24,25).
       Muitos estudiosos acreditam que estes versículos descrevem um ato homossexual cometido por Cão contra o seu pai Noé.  Assim sendo, o julgamento veio sobre Cão e os seus descendentes, os cananeus.
       O primeiro filho de Cão foi Cuse. “Cuse gerou a Ninrode, o qual se tornou poderoso na terra” (Gn 10.8). A palavra hebraica  GIBBOWR (traduzida por poderoso) signica “um poderoso guerreiro tirano”. Ele caçava homens para subjugá-los e escravizá-los. Ele estava totalmente tomado por um ardente desejo de exercer poder sobre as vidas das outras pessoas. O versículo 10  nos diz  que “ o início do seu reino foi Babel.” 
       b. Um Sistema Religioso Falsificado. 
Babel foi o resultado do povo camítico, sob a liderança de Ninrode, introduzindo no mundo um sistema religioso falsificado. Ninrode agiu sob inspiração satânica e demoníaca para produzir este substituto da coisa verdadeira.
       Eu gostaria de identificar o que é esta religião babilônica, como você pode reconhecê-la e como você pode abordá-la a fim de que você  possa quebrar a barreira babilônica na sua igreja e na sua vida. Esta antiga influência ainda se faz presente em nosso meio nos dias de hoje.
2. Babel – Impede O Propósito De Deus
    O que foi que se tornou o grande obstáculo ao propósito de Deus?  Deus desejava que o Seus povo “se multiplicasse e enchesse toda a terra, e a fizesse frutífera.”  O que se interpôs como obstáculo neste objetivo de o mundo todo tornar-se frutífero e repleto do conhecimento de Deus?
    Foi o “fator Babel”. A influência de Ninrode entremeou-se no propósito divino para neutralizar o que Deus havia objetivado.
       E era toda a terra  a terra de uma mesma língua, e de uma mesma fala. E aconteceu que,  partindo eles do Oriente, acharam uma planície na terra de Sinear, e habitaram ali.
       “E disseram uns aos  outros: Eia, façamos tijolos , e queimemo-los bem. E foi-lhes o tijolo por pedra, e o barro por argamassa.
       “Eia, edifiquemos nós uma cidade  e uma torre cujo cume toque  nos céus, e façamo-nos um nome. Façamos tudo isto  para que não sejamos espalhados sobre a face de toda a terra” (Gn 11.1-4).
       Deus queria que o Seu povo se dispersasse por várias regiões, para frutificar multiplicar-se, e encher a terra, Babel existia para impedir isto. Eles construíram a sua torre “para que isto não acontecesse”, isto é, para impedir que isto acontecesse.
       A religião de Ninrode ainda é muito proeminente no mundo, e a sua influência projeta uma espessa sombra sobre a Igreja Cristã.
B. QUAIS ERAM AS MARCAS DE BABEL?
1. Façamos
    Primeiramente: “ Façamos tijolos e argamassa” A iniciativa humana, independentemente e em contraposição a vontade de Deus, elevou-se e disse: “Façamos!”
       Contraste isto com Mateus 16.17,18, onde Jesus diz: “Eu farei! Sobre esta rocha, eu farei a edificação... “Esta é a iniciativa divina.  A iniciativa humana se exalta contra o propósito de Deus. A iniciativa divina complementa o propósito de Deus. A afirmação de Babel é: “Façamos!” A afirmação divina é: “Eu farei!”
       Na qualidade de líder de igreja, a qual destes dois você quer entregar a sua fidelidade?  O “Eu farei” de Jesus ou o “Façamos” da sua própria iniciativa? Você tem que fazer esta escolha . O “Façamos” leva às torres de Babel dos dias atuais. O “Eu farei” nos leva  a um envolvimento na evangelizalçao do mundo.
2. Construamos
      Em Segundo Lugar: Construamos uma cidade.” uma vez mais, contraste isto com as palavras de Jesus: “Sobre esta rocha edificarei a Minha Igreja.” Quem vai fazer a edificação? Será que o “Façamos”   fará a edificação? Ou será que vai ser o “Eu edificarei” ?
       Você não sabe que Jesus é um  grande construtor?  O seu propósito é mundial, e o que ele faz nunca,  nunca, nunca será localizado. A coisa babilônica será totalmente localizada.  Será totalmente enfocada num só local em si próprios.  A ênfase  será na IGREJA “LOCAL”. (A palavra “local” não se encontra na Bíblia.) Esta é uma distinção principal e você precisa observá-la e se precaver com isto.
       Isto soa de maneira  semelhante às ambições de muitos pastores  das nações ocidentais ? Sim, de fato. Muitos dele são “Ninrodes”  da atualidade, apropriando-se indevidadamente de suas ambições locais , egos, planos de construção , e vontade  contra o propósito de Deus de evangelização mundial.
       Assim sendo, em contraste com “Construamos uma cidade – construamo-nos  uma torre ; edifiquemos para cima”, a Grande Comissão é sairmos para todo o mundo, levando o Evangelho a toda criatura. O propósito de Deus ainda é o de “...sairmos e enchermos a terra”. O espírito babilônico é “edificar para cima”, ao invés de “para fora”. Qual dos dois hoje está você fazendo, pastor?
       a. Construtores De Catedrais. Não é por acaso que Ninrode e Babel ainda influenciam as arquiteturas das igrejas.
       A torre de Ninrode era chamado de Zigurate, que significa um “memorial”. Ela tinha mais de 180 metros de altura (equivalente a um prédio de sessenta andares).
       Olhando-se diretamente do céu, num plano perpendicular a ela , o seu formato era semelhante ao de uma cruz de Colombo. Do norte, sul, leste, e oeste, novecentos degraus de escada  subiam de cada lado numa linha reta , da sua base até o topo.
       O seu perfil era muito semelhante ao de uma pirâmide.
       “E disseram... edifiquemo-nos... uma torre, cujo cume possa tocar nos céus...”(Gn 11.4).
       Por que os líderes de igrejas das nações ocidentais constroem catedrais com elevadíssimas torres de igrejas? Será que existe um único versículo  em toda a Bíblia que nos diz para erigirmos catedrais ou prédios de igrejas de qualquer tipo - muito menos os que possuem “...cumes nos céus”?
       Se você conhecer qualquer versículo, por favor me avise. Em mais de quarenta anos ainda não encontrei um único versículo sobre isto.
       A seguinte afirmação é um sumário de Babel: “Façamo-nos uma cidade, uma torre cujo cume esteja no céu. Façamo-nos um nome, para que não sejamos dispersos.”
       Tenho dito frequentemente:”A maneira pela qual os líderes de igrejas nas nações ocidentais  esbanjadamente gastam todo o dinheiro em argamassa (construções) nos levaria a crermos que a Grande Comissão foi: Ide por todo o mundo e edificai catedrais para toda a criatura.”
       Jesus e os primeiros apóstolos  enfatizam a MENSAGEM, E NÃO A ARGAMASSA!
       Não havia nenhuma catedral até a época de Constantino (cerca de quatro séculos depois de Cristo).  Este imperador romano “convertido” radicalmente alterou  e politizou a Igreja . Ele converteu os templos pagãos em catedrais – introduzindo assim as vaidades  de Ninrode  na tradição da Igreja. A sua influência , em última análise , produziu  a apostasia de mil anos, chamada de “Idade Média” (ou “Era Escura).
       A Igreja nas nações ocidentais ainda não está livre da influência de Ninrode e de Constantino.
3. Recebamos Adoração
       Ninrode tomou o lugar de Deus. A cada ano, Ninrode exigia ofertas  de adoração , a si próprio, de centenas de quilos de incenso  de nardo, no cume do Zigurate de Babel , o que valia milhões de dólares.
   Esta foi a mesma espécie de nardo que foi posto sobre os pés de Jesus (Veja Mateus 26.7 e João 12.3: “Então veio até Ele uma mulher com uma caixa de alabastro com unguento muito precioso, de nardo, muito caro...”).
       Ninrode se proclamou governador e deus de Babel. Ele se tornou a primeira deidade política. Ele iniciou o sistema de governantes deificados, assim como é o caso do imperador do Japão, onde o governante é adorado e venerado como se fosse Deus.
       Por que Daniel, séculos mais tarde , foi lançado na Cova dos Leões? Foi porque o Rei Dario decretou que ninguém fizesse petições a nenhum outro deus ou homem, exceto a ele próprio. A recusa  de Daniel significou  a sentença de morte . Daniel estava se opondo à religião de Ninrode, que percorreu o mundo nos tempos antigos. 
       De onde os Césares romanos tiveram a ideia de que eram deuses? Na época em que o Novo Testamento foi escrito , era contra a lei romana o uso da palavra Kurios (traduzida por Senhor) para qualquer outra pessoa, além do César. Isto também veio de influência de Ninrode. Os primeiros discípulos correram o risco de serem aprisionados e mortos por chamarem a Jesus de “Kurios” (Senhor – Veja romanos 10.9,10).
       Para mim é muito interessante o fato de que a palavra grega traduzida por anti-Cristo seja definida na Concordância de Strong da seguinte forma : “anti significando ao invés de; no lugar de; sendo, portanto, geralmente usada para denotar uma substituição.”
       Ela não é simplesmente uma palavra de oposição a Cristo, mas significa “tomar o lugar de Cristo”. Você já ouviu dizer sobre o principal prelado da Igreja Romana, que ele é o “Vigário de Cristo na terra” e que ele toma o “lugar de Cristo”?
       Os nossos queridos bispos anglicanos são “Senhores espirituais” e “Senhores temporais”. Na qualidade de “Senhores espirituais”, eles governam na Igreja. Na qualidade de “Senhores temporais”, desfrutam de um assento reservado na CASA DOS LORDES A (ou SENHORES) no Parlamento da Inglaterra. 
       Eu seria o primeiro a reconhecer que muitas pessoas boas e tementes a Deus já ocuparam e ocupam esses cargos nas Igrejas Romana e Anglicana ( e também Protestante).
       Contudo, os conceitos e a teologia associados com estas práticas são uma escandalosa contradição dos claros ensinamentos de Jesus aos Seus Apóstolos sobre o assunto.
       “Mas Jesus os chamou para junto de Si, e disse: Sabeis que os príncipes dos gentios exercem domínio sobre eles, e os grandes exercem autoridades sobre eles. Mas não será assim entre vós; todo aquele que quiser  ser grande  entre vós, que  seja o vosso  servo, assim como o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a Sua vida em resgate de muitos” (Mt 20.25-28).
       Pastor? Líder de igreja? Você crê nas palavras de Jesus e as pratica?

       “Façamos um nome para nós próprios, para que não sejamos dispersos” Isto é um denominacionalismo sectário , impregnado de orgulho, em sua faceta.
       A palavra “denominar” significa “nomear”. Esta influência tem perturbado a Igreja desde o primeiro século. O denominacionalismo sectário  encontrava-se nos  discípulos de Jesus:
       “ E João respondeu e disse: Mestre, vimos um que em Teu nome expulsava os demônios e o proibimos porque não Te segue conosco” (Lc 9.49).
       Paulo teve que lidar com isto junto aos cristãos carnais de Corinto: “Cada um de vós diz: Eu sou de Paulo, e eu de Apolos, e eu de Cefas, e eu de Cristo. Pois enquanto um diz: Eu sou de Paulo, e outro, eu sou de Apolos, porventura não sois carnais?” (1 Co 1.12).
       A nossa identificação ou o fato de pertencermos a uma família eclesiástica específica (denominação) não é errado. O que é errado é o orgulhoso elitismo, exclusivismo e sectarismo – e não deveria ter NENHUM lugar no coração e na mente de nenhum verdadeiro seguidor de Cristo.
       Observe a resposta de Jesus ao seu Próprio discípulo: “E Jesus lhe disse: Não proibais, porque quem não é contra nós, é por nós” (Lc 9.50). Senhor! Livra-nos dessas barreiras de sectarismo babilônico – quer se originem do nosso orgulho denominacional, ou da nossa arrogância por sermos uma igreja “independente”.
C. BABEL AINDA VIVE!
       Quando o julgamento de Deus veio sobre Babel e eles foram dispersos, eles levaram consigo a sua falsa religião.
1. Ela Circundou O Globo Terrestre
    O sistema religioso de Ninrode é visto nas pirâmides do Egito – que eram Zigurates com um modelo bem semelhante.
    Encontramos a religião de Ninrode na Ìndia hoje em dia, nos templos hindus. Nós a encontramos no Tibete, Laos, e Camboja, dentre os budistas. Esta antiga influência religiosa circundou o globo terrestre e implantou o seu domínio satânico sobre a raça humana, com todas as maldições que a acompanharam.
   Coexistentes com Babel (os descendentes de Cão) , encontravam-se  os descendentes de Sem e Jafé, os quais permanecem fiéis ao verdadeiro conhecimento de Deus. A história  secular dos tempos nos conta que os semitas eventualmente se levantaram contra Ninrode e o mataram pela blasfêmia – de se fazer como Deus.
2. Ela Frustra O Propósito De Deus De Evangelização
   A religião de Babel enfocava as expressões de religião que eram localizadas, e que serviam e ministravam a si próprias, em contraposição à visão e causas mundiais que Deus  tinha em sua mente. Ela tem sido obstáculo através dos séculos, para antagonizar e frustrar os propósitos de Deus. Ela tem sido o inimigo da propagação do verdadeiro conhecimento de Deus e do Evangelho, desde a época de Ninrode até agora.
D.DEUS PROMETE ABENÇOAR TODAS AS NAÇÕES
1. Abraão – O Primeiro Missionário De Deus
     Foi cerca de um milênio após o Zigurate de Babel, que Deus chamou a Abraão para que ele saísse de Ur dos Caldeus, como o Seu primeiro missionário.
     Jeová fez uma aliança com Abraão. Esta aliança exigia dele algo difícil: “ O SENHOR havia dito a Abraão : Deixa o teu país, o teu povo, e a casa do teu pai, e vai para a terra que te mostrarei” (Gn 12,1). Assim sendo, foi renovada a visão de Deus por um povo que faria com que todo o mundo O conhecesse. Isto exigiria que fosse deixada a família e se fosse a povos de outras nações, línguas e culturas. Abraão tornou-se o primeiro missionário de Deus.
     A Aliança Abraâmica incluia sete promessas. A sétima era a mais importante.
       “Em ti todas as famílias (no hebraico = mishpachad, significando “tribos ou grupos étnicos” da terra serão abençoados” (Gn 12.3).
       Para que não fosse deixada nenhuma dúvida com relação ao que Deus quis dizer com isto. , Paulo esclarece, sem sombra de dúvida, que Deus estava falando sobre a evangelização do mundo.
     “As Escrituras previram que Deus justificaria os gentios pela fé e anunciaram o Evangelho de antemão a Abraão :  ‘Todas as nações serão abençoadas através de ti’” (Gl 3.8).
     Dois mil anos antes de Cristo, Deus declarou a Abraão o Seu desejo de que o mundo pagão fosse justificado e evangelizado. Foi uma promessa que seria frustrada pela influência de Babel.
     “Façamo-nos... edifiquemo-nos ... para que não sejamos dispersos.”
Um Fracasso De Responsabilidade.
Deus havia feito o Seu povo Israel “uma luz para iluminar os gentios” (42.6,7). Será que eles cumpriram este papel? Não! Eles fracassaram miseravelmente.
     Jeová contou a Abraão o que aconteceria com os  seus descendentes. “Saibas, de certo que os teus descendentes serão estrangeiros numa terra que  quarta geração, os teus descendentes voltarão aqui...” (Gn 15.13,16). Isto aconteceu! Jacó mudou a sua família de setenta almas  para o Egito na época de José (Gn 46.26, Êx 1.5).
     Moisés os tirou de lá quatro séculos mais tarde, como Deus havia dito a Abraão. “E aconteceu, no final de quatrocentos e trinta anos ... que todos os exércitos do SENHOR  saíram da terra do Egito” (Êx 12.41).
2. Israel Deveria Ser Um Reino De Sacerdotes
    Quando Israel saiu do Egito a primeira aliança que Deus lhes ofereceu abrangia a responsabilidade  e o privilégio que possuiam a nível mundial. Ele disse: “Se obedecerdes a Minha voz e guardardes a Minha aliança , farei de vós um reino de sacerdotes, uma nação santa de 2,5 milhões de sacerdotes (Êx 12.37)? O único motivo racional seria o cumprimento da promessa feita a Abraão, Isaque, e Jacó.
    “Visto que Abraão certamente virá a ser uma grande e poderosa nação, e todas as nações da terra serão abençoadas nele? (Gn 18.18).
    “E em tua semente serão abençoadas todas as nações da terra, porquanto obedecestes à Minha voz” (Gn 22.18).
    “E multiplicarei a tua semente como as estrelas do céu, e darei à tua semente todas estas terras; e em tua semente todas as nações da terra serão abençoadas” (Gn 26.4).
   “ E a tua semente será como o pó da terra, e estender-se-á ao ocidente, e ao oriente, e ao norte, e ao sul, e em ti e na tua semente  todas as famílias da terra serão abençoadas” (Gn 28.14).
     Deus queria abençoar todas as nações (tribos, grupos étnicos), e Ele precisava de um grande número de sacerdotes missionários para comunicarem a Sua verdade a estas nações. A esperança de Deus era que Israel tivesse fé para aceitar a Sua oferta e cumprir o Seu destino. Mas isto não aconteceu! “Por isso Me indignei contra esta geração ... [Porque] ...a mensagem que ouviram não lhes foi de valor algum, porque os que ouviram não combinaram com a fé” (Hb 3. 10; 4.2).
Duas Condições. A aliança (contrato) oferecida tinha duas condições para os israelitas:
obedecer a Minha voz” e “guardar a Minha aliança.”
      Só precisamos ler Êxodo 20 para vermos que Israel rejeitou a primeira condição: “obededer a Minha voz”.
      “ E disseram a Moisés: fala tu conosco, e ouviremos; mas que Deus não d
      “...cuja voz os que a ouviram suplicaram que a palavra não mais lhes fosse dirigida” (Hb 2.19).
      Tendo rejeitado a voz de Deus, era impossível para esses israelitas
cumprirem a vontade de Deus e o propósito de Deus para eles no sentido de serem um “reino de sacerdotes” .
      Alguns capítulos mais tarde vemos que os israelitas também violaram a segunda condição: “guardar a minha aliança”.
      “ E Moisés voltou e desceu do monte e as duas tábuas do testemunho [aliança] estavam em suas mãos...”
      “E aconteceu que, tão logo se aproximou do arraial, ele viu o bezerro e as danças, e acendeu-se o furor de Moisés, e arremessou as tábuas das suas mãos , e quebrou-as ao pé do monte” (Êx 32.15,19).
      Moisés somente fez o que os israelitas já haviam feito através do seu pecado e desobediência – eles haviam quebrado a aliança; não haviam guardado a aliança . Assim sendo, Moisés arremessou as tábuas em que estava escrita a aliança  e as quebrou. “...a aliança que fiz com os seus pais no dia em que os tomei pela mão para tirá-los da terra do Egito; aliança esta que eles quebraram...” (Jr 31.32).
3. O Sacerdócio Levítico
    A promessa feita a Israel no Sinai de serem feitos “um reino de sacerdotes” não se refere ao sacerdócio levítico. Os levitas se tornaram sacerdotes como consequência do fracasso e da desobediência delineados acima.
    A primeira condição – “Obedecer a Minha voz” – foi quebrada. Como Deus poderia manter a Sua aliança e promessa de fazê-los “um reino de sacerdotes” uma vez que não queriam ouvir a Sua voz?
    O propósito de Deus foi uma vez mais frustrado quando os islaelenses quebraram a aliança.  Naquele dia, Deus decretou um julgamento: “Moisés ficou na entrada do arraial e disse: Quem é do SENHOR, venha a mim. Então, todos os levitas se ajuntaram a ele. Aí ele lhes disse: Isto é o que o SENHOR, o Deus de Israel diz: Cada um ponha a sua espada sobre a sua coxa. Voltai e percorrei o arraial de uma extremidade à outra, com cada um matando a seu irmão, e amigo, e ao seu próximo” (Êx 32.26,27).
     No final das contas, havia apenas uma tribo com armas prontamente disponíveis: a Tribo de Levi. O que havia acontecido com todas as outras tribos? O registro diz: “Aarão os havia despido na presença de seus inimigos.”
     Ao ler isto, temos a impressão de que eles estavam circulando sem nenhuma roupa! Não é isto, no entanto, o que a palavra hebraica significa. Eles se encontravam militarmente expostos (nus) na presença dos seus inimigos. Eles haviam deposto as suas armas, muito embora estivessem rodeados por inimigos.
     Os filhos de Israel haviam retirado do Egito todo o ouro e toda a prata. Eles haviam multiplicado uma quantia equivalente a milhões de dólares pelos padrões de hoje.
     Lá estavam eles, os herdeiros do tesouro do  mundo antigo, mas haviam deposto as suas armas. Não estavam protegendo a herança. Encontravam-se militarmente nus! Que tolice!
     Os levitas foram a única tribo fiel! Estando armados, encontraram no meio dos desarmados e mataram três mil pessoas naquele dia. Deus desigou os levitas para serem sacerdotes porque eles haviam mantido as suas armas ao seu lado. Eles foram os defensores da nação e de sua herança. Todos os demais haviam comprometido a segurança e o bem-estar da nação.

     “Os levitas fizeram conforme o que Moisés orderara. E naquele dia, cerca de três mil pessoas morreram. Aí então, disse Moisés: Vós [levitas] fostes consagrados ao SENHOR hoje... e Ele vos abençoou neste dia” (Êx 32.28,29). Assim sendo, a Tribo de Levi tornou-se a tribo sacerdotal.
     Entretanto, o propósito de Deus de ter uma nação sacerdotal foi adiado por mais quinze séculos. A maior parte do mundo agora teria que esperar muitas gerações antes de poder conhecer sobre o único Deus verdadeiro.
     Através de toda a história os Zigurates continuariam a ser construídos ao redor do mundo. A influência de Ninrode aumentaria e obscureceria o conhecimento do Único Deus Verdadeiro.
     O mundo esperaria durante mais de um milênio por um povo que “obedeceria a voz de Deus” e “guardaria a Sua aliança”.
4. A promessa cumprida
       “Mas quando a plenitude dos tempos chegou, Deus enviou Seu Filho, nascido de mulher, nascido debaixo da lei, para redimir os que se encontravam debaixo da lei, para que pudéssemos receber a adoção de filhos” (Gl 4.4,5).
E. POR QUE JESUS VEIO?
1. Jesus Veio Para Dar A Israel Uma Última Chance
     De Abraão a Cristo passaram-se 2.000 anos – vinte séculos em que Israel deixou de se apossar das promessas feitas a Abraão. Todas aats nações não estavam sendo abençoadas, como Deus havia objetivado. Israel não estava iluminando os gentios, como Deus desejava: “Eu., o SENHOR, te chamei em retidão... para uma luz dos gentios.”
       “E Ele disse: Também te darei para ser uma luz aos gentios, para que possas ser a minha salvação até aos confins da terra” (Is 42.6;49.6).
       Ao invés de ser a luz para os gentios, isto é o que foi dito a Israel: “ Pois o nome de Deus é blasfemado dentre os gentios através de vós...” (Rm 2.24). “E santificarei o Meu nome... o qual profanastes no meio delas; e os pagãos (gentios) saberão que Eu sou o SENHOR...” (Ez 36.23).
       Quando Jesus veio Ele chorou sobre Israel e a sua capital: “Ao se aproximar de Jerusalém e ver a cidade, Ele chorou sobre ela e disse: Se tu ao menos soubesse neste dia o que te traria a paz...
       “Os dias virão sobre ti em que os teus inimigos... te derribarão, a ti, e a teus filhos dentro dos teus portões. Eles nao deixarão pedra sobre pedra, porque não reconheceste o tempo da visitação de Deus para ti” (Lc 19.41-44).
       Ao ser finalmente rejeitado pelos judeus, Jesus disse: “Portanto Eu vos digo: O Reino de Deus será tirado de vós e será dado a uma nação que dê os frutos”(Mt 21.43). Quem foi esta nação a quem foi concedido o Reino? Descobriremos isto logo em seguida.
       Israel pecou e perdeu o seu dia de oportunidade, a sua última chance de ser a nação missionária de Deus – um reino de sacerdotes. Agora outros receberiam a benção e a chance de serem os sucessores naquilo em que Israel havia fracassado.
2. Jesus Veio Para Acabar Com Os Templos E A Construção Deles
    Ele veio para quebrar o poder do sistema religioso de Ninrode, o qual se orgulhava  muito das construções religiosas.
    “E enquanto alguns falavam sobre o Templo , de como era adornado com formosas pedras e dádivas. Ele disse: Quanto a estas coisas que contemplais, os dias virão em que não será deixada pedra sobre pedra que não seja derribada” (Lc 21.5,6).
    “E, respondendo Jesus, disse-lhes Vês estes grandes edifícios? Não ficará pedra sobre pedra que não seja derribada” (Mc 13.2).
    Havia uma boa razão pela qual Jesus acabaria com os templos. “Assim diz o SENHOR: O céu é o Meu trono, e a terra é o escabelo dos Meus pés. Onde está a casa que Me edificareis?” (Is 66.1)
    “...o Altíssimo não habita em templos feitos por mãos humanas...” (At 7.48). “O Deus que fez o mundo e tudo o que nele há, sendo Senhor do céu e da terra, não habita em templo feito por mãos humanas” (At 17.24).
    Deus queria habitar no coração do Seu povo. Este era o Seu plano.
    “Não sabeis que sois o templo de Deus, e que o Espirito de Deus habita em vós?” (1 Co 3.16).
    “...Deus habita em nós,  e o Seu amor é aperfeiçoado em nós” (1 Jo 4.12).
    “...pois sois o templo do Deus vivo, como Deus disse: Nele habitarei, e entre eles andarei, e Eu serei o seu Deus, e eles serão o Meu povo” (2 Co 6.16).
    Pastor, você é como o rico insensato da parábola de Jesus? “E disse: Farei isto: derribarei os meus celeiros e edificarei outros maiores...” (Lc 12.18).
    Seja como Jesus e os primeiros apóstolos, os quais enfatizaram A MENSAGEM – E NÃO A ARGAMASSA (construções). A MENSAGEM produz corações prontos a fornecerem a Deus um lugar de habitação. A argamassa que constroem estas coisas.
3. Jesus Veio Para Abençoar TODAS as nações
    Jesus veio para reavivar a antiga promessa e o propósito de Deu- de que todo o mundo fosse abençoado através do conhecimento de Deus.
    Ao ressuscitar dos mortos, Ele disse: Todo poder Me é dado no céu e na terra, e eis que estou convosco sempre, até à consumação dos séculos... Portanto IDE!” (Mt 28.18-20).
    Qual era o significado disto? Jesus estava renovando a antiga “Comissão”a Noé e seus filhos. Ele estava reavivando o chamado missionário a Abraão e sua descendência. “Portanto... Ide!”
    Bem, a Igreja foi... mas somente até Jerusalém. Desde a época de Noé até agora parece que o principal problema do Senhor tem sido o de encontrar pessoas com uma visão mundial. A preocupação comigo,  com a minha família, com os meus desejos e ambições parece personificar a maioria de nós. Muitos de nós, crentes pentecostais, temos a seguinte atitude: “Eu, minha esposa, meus dois filhos – Nós quatro e fim de papo, Atos 2.4.”
    Antes que a Igreja Primitiva implementasse a clara comissão de Jesus: “ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda a criatura” (Mc 16.15), o Senhor teve de permitir a perseguição. Foi necessário isto para tirá-los de seus confortáveis ninhos e para obedecerem o que Ele havia ordenado. Mesmo assim, não foram os pregadores (os apóstolos) que obedeceram. “E naquela época houve uma grande perseguição contra a igreja que estava em Jerusalém; e todos eles foram dispersos por todas as regiões da Judeia e Samaria, exceto os apóstolos” (At 8.1).
    Foi um movimento “conduzido por leigos” que quebrou a exclusiva franquia dos Apóstolos Judeus sobre o Evangelho. “Portanto, os que foram dispersos  [nenhum apóstolo – somente  leigos] foram por toda parte, pregando a Palavra” (At 8.4).
4. Jesus Veio Para Nos Fazer Uma Nação de  De Sacerdotes
    Os apóstolos judeus não prestaram maior atenção à Comissão de Jesus do que nós o fazemos hoje em dia. Eles ficaram sentados, desfrutando do reavivamento e das bençãos em Jerusalém.
    Até o Oitavo Capítulo de Atos, quando veio a perseguição, eles não estavam fazendo nada a respeito do propósito mundial de Deus de propagação do Evangelho. Os leigos finalmente responderam, quando a perseguição os dispersou.
    Pedro diz: “Mas vós sois um povo escolhido, um sacerdócio real, uma nação santa , um povo que pertence a Deus...” (1 Pe2.9). A mesmíssima coisa que Deus havia prometido aos filhos de Israel, em Êxodo 19, cumpre-se agora em nós.
    Deus não estabelece condições. Ele simplesmente diz: “VÓS SOIS sacerdotes reais [reis e sacerdotes] , uma nação santa!” Não condicionalmente, como era sob a Antiga Aliança, mas incondicionalmente.
    “Eis que dias vem, diz o SENHOR, Eu farei uma nova aliança com a Casa de Israel, e com a Casa de Judá:
    “Não de acordo com a aliança que fiz com os seus pais no dia em que os tomei pela mão para tirá-los da terra do Egito, e esta Minha aliança eles quebraram...”
    “ ...Depois daqueles dias, diz o SENHOR, Eu colocarei a Minha lei no seu interior, e a escreverei em seus corações...” (Jr 31.31-33).
    Agora, na verdade, Deus está dizendo: “Eu farei”. Tentei obter a cooperação voluntária da Minha nação, Israel, mas eles recusaram. Agora vou fazer a obra, independentemente deles.”
    Não existe nenhum “clero” nem “leigo” em nenhuma parte da Bíblia. Jesus nos declara “reis e sacerdotes”. “E nos fez reis e sacerdotes para Deus e Seu Pai; a Ele seja a glória e o domínio para todo o sempre. Amém” (Ap 1.6). “E para o nosso Deus nos fizeste reis e sacerdotes; e reinaremos sobre a terra” (Ap 5.10).
F. O QUE QUEBRARÁ A BARREIRA BABILÔNICA?
     O que quebrou a barreira babilônica foi o fato de Deus haver descido e feito com que todos eles falassem em outras línguas. “Por isso se chamou o seu nome Babel, porquanto ali confundiu o SENHOR a língua de toda a terra, e dali os espalhou o SENHOR sobre a face de toda a terra” (Gn 11.6-9).
     Era isto o que o Dia de Pentecostes objetivava alcançar: espalhar sobre toda a terra os que falaram novas línguas – para pregar o Evangelho de Cristo. Tal acontecimento foi para quebrar a barreira babilônica.
     O propósito daquele Dia não foi o de formar clubinhos do tipo “abençoe-me” que edificam para cima, ao invés de alcançarem os que estão de fora, e sim o de nos capacitar para irmos a todo o mundo  e tornamo-nos mártires para Jesus Cristo (At 1.8). Foi a confusão das línguas que quebrou a barreira babilônica.
1.Enfoque A Evangelização Mundial
   Deus queria que o Pentecostes (At 2.4) fosse isto para a Sua Igreja. O derramamento do Espirito Santo deveria fazer com que nos tornássemos internacionais e globais em nossa forma de pensar em nossa mentalidade. O Pentecostes deveria fazer com que percebêssemos que há pessoas de outras nações e línguas que estão esperando pelo Evangelho.
    Todas as vezes que você fala em línguas você deveria lembrar-se do programa global de Deus para todos os povos de “...todas as tribos e línguas, e povos, e nações.”
    O Livro do apocalipse nos leva ao céu e nos mostra o resultado da Era da Igreja. Reunida diante do Trono encontra-se uma multidão inumerável.
    “E cantavam um novo cântico: Tu és digno... porque... com Teu sangue compraste homens para Deus de toda tribo, e lingua, e povo, e nação, e para o nosso Deus o fizeste reis e sacerdotes; e eles reinarão sobre a terra” (Ap 5.9,10).
    Se é a vontade de Deus que essas pessoas “de toda tribo, e língua, e povo, e nação” estejam no céu, é melhor que você ore para que o Deus Todo-Poderoso o ajude a fazer a sua parte, a fim de que elas possam receber o Evangelho.
    Um enorme segmento do mundo ainda espera pelo Evangelho. Duas entre cinco pessoas (dois bilhões  de seres humanos)  ainda estão esperando  que a a Igreja obedeça o mandamento de Cristo de IR  e pregar – de cooperar com o desejo de Deus de justificar os pagãos através da fé em Jesus Cristo.
    Até cerca de 200 anos atrás, a igreja encontrava-se totalmente presa nesta escravidão babilônica. A Idade Média havia trazido a total imersão do propósito divino sob o sistema de Ninrode. Era chamado de “cristianismo”, mas , na verdade, era algo totalmente Ninródico. Era um sistama político com líderes religiosos dirigindo o espetáculo.
2. Pare De Construir “Templos”
    O que a Igreja fez durante aquelas trevas da Idade Média? Ela descartou o mandamento de evangelizar o mundo e começou a construir catedrais com lindas e altas torres “...cujo cume toque nos céus...”
    De que espírito você acha que isto saiu? Será que saiu da Grande Comissão? Será que saiu do amoroso coração de Jesus “que veio para buscar o que se havia perdido” (Lc 19.10)?
    Não! Saiu da religião de Ninrode, a qual espalhou os seus tentáculos de trevas sobre a Igreja e a amaldiçoou, e produziu a venda dissoluta de indulgências para financiar a construção de torres e catedrais em direção ao Céu – não, como se afirmava, para a  glória de Deus, mas sim para a vaidade carnal do homem.
    Não sou contra o aspecto de a igreja ter as suas dependências para executar a Sua obra, mas a construção desvairada de torres de Babel para satisfazer o ego do homem é uma maldição pecaminosa sobre a Igreja. Deus nunca ordenou isto. Deus nunca deu este mandamento. Não há sequer uma palavra de autoridade para isto, de Gênesis a Apocalipse.
    No entanto, em que nós, líderes de igrejas do ocidente, enfocamos a maior parte dos nossos recurso, tempo, e esforços? Na minha opinião, a predominância dos líderes são “Ninrodes”, dizendo: “Façamo-nos! Edifiquemo-nos! Para que não  sejamos dispersos – e acabemos indo para todo o mundo com o Evangelho.” (Considere isto como um sarcasmo.)
    A nossas torres de igrejas se projetam em direção ao céu e competimos uns com os outros para vermos quais os edifícios mais ostentosos que podem ser erigidos. É o antigo sistema de Ninrode levantando a sua horrenda cabeça: “Para que não sejamos dispersos por toda a terra para cumprirmos o propósito divino.” Não seria uma tragédia se isso acontecesse? (Esta pergunta é um sarcasmo divino).
    Isto é um problema antigo, que não desaparecerá com o Ralph Mahoney pregando sobre ele uma vez.
    Mas se você for um líder com coragem e fé, você poderá levantar-se  e quebrar a barreira babilônica. Você poderá começar a orar contra ela, amarrando aquelas antigas e demoníacas principalidades e potestades que dominam mortalmente as finanças da Igreja e se recusam a liberá-las para a grande colheita do mundo.
3. Re-Ordene As Prioridades Financeiras
    Nos Estados Unidos, damos 3 centavos de cada 100 dólares doados em nossas igrejas (não 3 centavos de cada dólar), mas sim 3 centavos de cada cem dólares) para a evangelização missionária. Este é um triste comentário sobre uma Igreja dominada pela escravidão de Babel.
    Quarenta porcento do mundo ainda não possui o Evangelho. Estas pessoas nunca ouviram e não se encontram ao alcance do Evangelho hoje. Que crime!
    Quase dois mil anos se passaram desde que Jesus disse aos Seus seguidores o que Ele queria especificamente que fizessem. Quatro mil anos se passaram desde que Deus contou a Abraão sobre o Seu desejo de possuir um povo que abençoaria a todas as nações. Cinco mil anos se passaram desde que Deus falou sobre o Seu plano mundial a Noé e seus filhos – e o mundo não-evangelizado ainda esta aguardando.
    “Despertai para a retidão e não pequeis; pois alguns ainda não têm o conhecimento de Deus: Falo isto para vergonha vossa” (1 Co 15.34). Se era uma vergonha trinta anos após o Pentecostes, quando Paulo escreveu isto , é uma vergonha dupla, hoje em dia, o fato de que alguns ainda não possuem o conhecimento de Deus.
    Nós, líderes de igrejas em nações ocidentais, temos decisões a tomar sobre quando, onde, e como nos levantaremos para quebrarmos a barreira babilônica. Precisamos ter como nossa prioridade número 1 a pregação do Evangelho – espalharmos a mensagem e pararmos de espalhar tanta “argamassa” (a construção de apriscos maiores para abrigarmos as ovelhas). As ovelhas foram feitas para os campos e não para os apriscos. “O campo é o mundo” (Mt 13.38).
    Digo pela terceira vez que a ênfase da Bíblia é a mensagem. A ênfase do cristianismo ocidental é a argamassa. Pense nisso!
G. CONCLUSÃO
    Um  dos principais obstáculos à evangelização mundial é o conceito das catedrais. As catedrais absorvem a maior parte dos recursos financeiros que deveriam ser usados para a propagação do Evangelho. “Senhor! Faça com que nos arrependamos deste terrível pecado contra os não-evangelizados. AMÉM!”
FONTE: MAHONEY, Ralph. O Cajado do Pastor. Quebrando a Barreira Babilônica. World MAP, 1998, CA, EUA.