SANDRO GOMES DE OLIVEIRA. Diretor do Centro de Educação Teológica e Evangelística Shekinah.

quarta-feira, 17 de julho de 2019

CINEASTA IRLANDÊS SURPREENDE SEU PAÍS - Reflexão




     Uma postura anti-israelense sempre agrada o público na maioria dos países. A Irlanda é um deles, já que a antiga relação do IRA com a OLP está profundamente arraigada na mente das pessoas. Mas, um cineasta irlandês deu uma surpreendente meia volta nesse assunto.
     O cineasta irlandês Nicky Larkin causou furou em seu país. Ele é uma das personalidades mais proeminentes no mundo do cinema local. E nunca fez segredo de suas opiniões políticas. Em relação a Israel, ele também estava plenamente afinado com a tendência generalizaa de seu povo, onde a opinião pública é majoritariamente contrária a Israel. A onda de indignação que ele desencadeou deveu-se a um texto publicado no site www.independent.ie. Sua frase de abertura já deixou muitos leitores pasmos: “No passado eu odiava Israel”. E ele continuou escrevendo: “Mas agora eu abomino o terrorismo palestino. Acabei reconhecendo porque Israel precisa ser inflexível”. Larkin tenta explicar a seus leitores o porquê dessa mudança de postura.
     Em seu relato, feito de um modo muito especial,  Larkin conta sobre sua estada no Oriente Médio. Ele havia planejadoa viagem coletar material para seu novo filme acerca do conflito israelense-palestino. Pôs-se a caminho com ideias pré-concebidas, marcadamente de rejeição ao sionismo. Continua seu relato dizendo que, afinal, no passado sempre apoiou campanhas pró-palestinase contra o Estado de Israel. O filme que ele  queria rodar na regiãose propunha a entoar “mais hinos à luta palestina”. Mas foi justamente a visita ao Estado de Israel, olhado com desconfiança por ele, que o levou a mudar radicalmente sua opinião.
    Permaneceu sete semanas na região. Passou a metade do tempo em Israel e a outra metade na Margem Ocidental. Ele relata que o mantra dos mártires o acompanhou passo a passo no lado palestino. Isso o deixou pensativo, pois sempre havia se empenhado por uma solução pacífica do conflito. Mas, perguntava-se ele, sua postura pró-palestina baseada em uma luta não-violenta poderia ser conciliada com as declarações dos maiores expoentes da Autoridade Palestina, que não rejeitam qualquer forma de violência, pelo contrário, a enaltecem e justificam?
    Ele ficou definitivamene confuso quando encontrou pichações na Margem Ocidental não somente engrandecendo a violência em si mas viu inúmeras cruzes suásticas pintadas em paredes e muros.
    Isso permitiu, pela primeira vez, que ele conversasse de forma menos parcial e desconfiada com os israelenses, com gente simples nas ruas. Larkian escreveu em seu artigo: “De repente eu comecei a compreender como o isolamento é percebido pelos próprios israelense, um isolamento que já começou com os guetos na Europa e teve sua próxima estação em Auschwitz”. Ficou conhecendo melhor o que a violência significa para os israelenses, por exemplo, o que se passa no íntimo de um jovem soldado que se vê diante de outros jovens que acatam a pedradas a ele e seus companheiros de farda. Deu-se conta de como a população civil tenta levar uma vida normal e procura manter a rotina mesmo durante os ataques dos foguetes palestinos. Sentiu o que isso desencadeia nas almas das crianças. Resumindo: ele viu o terrorismo transformando vidas.
   “Para mim, foi nesse ponto que começou uma viagem intelectual cujo final não encontrou muito entusiasmo na minha pátria. O problema começou quando voltei par a casa com o filme na bagagem, quando cheguei à Irlanda e tentei mostrar os dois lados da moeda. Na realidade, existem mais do que duas faces, pois nada é preto-e-branco.
   Por isso chamei meu filho de “Quarenta nuances de cinza”. Mas em Dublin todos só queriam admitir um lado. Inaceitável não era só o outro lado – era qualquer tom de cinza e qualquer diferenciação”.
    Larkin declarou sentir-se grato por ter desencadeado uma discussão pública em seu país. “Um artísta também tem a tarefa de fazer perguntas incômodas. Nem sempre devemos tentar agradar o público”. Ele mencionou que agora existem diversas teorias conspiratórias anti-israelenses circulando a respeito de sua mudança de opinião. “No nível privado, muito discretamente, alguns irlandeses entram em contato comigo, pessoas que rejeitam o apoio cego à causa palestina. Mas eu lamento dizer que eles não se manifestariam publicamente a favor de Israel”. (Zvi Lidar).
Fonte: Notícias de Israel - Obra Missionária Chamada da Meia-Noite - Agosto de 2013 - Porto Alegre, RS – Brasil.
    

sábado, 6 de julho de 2019

SE JESUS NÃO HAVIA PECADO, POR QUE FOI BATIZADO?




A Bíblia confirma que Jesus não tinha pecado: “Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; porém um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado” (Heb. 4:15). Ela esclarece também que o objetivo do batismo é a confissão pública de pecados: “Pedro então lhes respondeu: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo, para remissão de vossos pecados... (At. 2:38). Se apenas os pecadores deviam ser batizados, por que Jesus se submeteu ao batismo, uma vez que nele não havia pecado?
Esta  dúvida surgiu quando Jesus foi até João, para ser batizado. João não queria batizá-lo, porque percebeu que ele era o Messias prometido, não tendo, portanto, pecado. Tentou, inclusive, impedi-lo: “Mas João o impedia, dizendo: Eu é que preciso ser batizado por ti, e tu vens a mim?” (Mat. 3:14). A resposta de Jesus é altamente instrutiva: “Consente agora; porque assim nos convém cumprir toda a justiça” (Mat. 3.15). Depois disso João o batizou, mesmo sabendo que não havia pecado nele.
O que foi, então, que Jesus quis dizer com “cumprir toda a justiça”? A Bíblia registra que Cristo veio à terra para ter uma vida perfeita. Isso o capacitou a ser o sacrifício por nossos pecados na cruz do Calvário. Sua vida é o exemplo de como devemos viver. Os que nele creem são instruídos a seguir esse exemplo. Ele insistiu então para ser batizado, a fim de dar o exemplo de conduta do cristão.
Além disso, ao ser batizado, Jesus estava se consagrando publicamente à vontade de Deus. Muito embora não tivesse pecado, que melhor maneira de iniciar seu ministério do que identificar-se simbolicamente com os pecadores?
Fonte: Stewart, Don – 101 perguntas que as pessoas mais fazem sobre Jesus – Rio de Janeiro: Junta de Educação Religiosa e Publicações da CBB, 1988.