SANDRO GOMES DE OLIVEIRA. Diretor do Centro de Educação Teológica e Evangelística Shekinah.

sexta-feira, 29 de maio de 2020

UM POVO SINGULAR EM BUSCA DA PAZ - POR SANDRO GOMES

Capítulo 3 do livro Israel, Um Povo Singular em Busca da paz





A
 sobrevivência de Israel logo após a ONU (Organização das Nações Unidas) ter determinado a partilha da Palestina em dois estados – Israel e Jordânia – é um verdadeiro milagre. Assim que os britânicos deixaram a região, eclodiu a guerra no dia 14 de maio de 1948. O pequeno exército de Israel resistiu uma colisão de inimigos composta por uma multidão de soldados superiores em material bélico.
 Meyer Levin, citado por Abraão de Almeida conta como os judeus sobreviveram:
“Os comandantes árabes já escolhiam as casas de Tel Aviv que pretendiam ocupar. Às tropas, foram prometidos os despojos da guerra: mulheres e produto do sangue.”
“Nada disso aconteceu. Logo tornou-se evidente que na realidade os kibutzim (fazendas coletivas) estavam muito bem colocados, pois formavam uma cadeia de fortins na periferia de Israel. Os acampamentos da fronteira dividiram-se para uma ação final. As crianças foram enviadas ao interior do país. Os colonos cavaram redutos subterrâneos. Uma história clássica de defesa é a de Negba, no caminho egípcio, no Neguev. O novo Kibutz não passava de uma fieira de cabanas à volta de uma torre para água feita de concreto armado, em pleno deserto. Foi construída uma completa fortaleza subterrânea, com cozinha, casamatas e um hospital assessorado por um médico e quatro enfermeiras. Totalmente cercado pelo inimigo, abastecido apenas pelos “Piper Cubs”, todos os edifícios da superfície arrasados, os defensores de Negba, resistiram durante meses e saíram vitoriosos.”
“Seis mil bombas caíram sobre Negba em um único dia, antes do ataque, na madrugada de 2 de junho, quando apareceram sete tanques egípcios, seguidos por sete carros blindados e dois mil homens. Um par de ‘Spitfires’ tripulados por árabes roncavam sobre suas cabeças; um deles foi abatido a tiros de fuzil.”
“Esperando que os tanques chegassem à uma distância de 200 jardas, os colonos acionaram sua única bazuca. O primeiro tiro pôs um tanque fora de combate. Dois tiros se perderam. Os dois tiros restantes atingiram um tanque cada. Um outro tanque, a cinco jardas dos defensores, atingido por granadas de mão explodiu. Dois outros bateram em minas. O último fugiu. Chegou então a infantaria e a batalha durou cinco horas.”
“As perdas foram pesadas, mas Negba aguentou firme. Os colonos saíram à noite arrastando-se para regar suas mudas. Sua resistência ultrapassou os limites da bravura. Isto foi explicado na frase de guerra de Israel ‘ein brayra’ que significa ‘não há escolha’. Os judeus não tinham para onde bater em retirada” (ALMEIDA, Abraão, 1978, p.61-62).
Como está registrado na história,  Israel obteve vitórias sobre os Estados árabes nas quatro guerras:
·      1948 - Guerra da Independência
·      1956 - Guerra do Sinai
·      1967 - Guerra dos Seis Dias
·      1973 - Guera do Yom Kippur
Já vimos que apesar da superioridade numérica dos exércitos árabes, Israel defendeu-se cada vez e ganhou. Depois de cada vitória do exército israelense, retirou-se da maioria das áreas que capturou. Esta atitude singular na história do mundo mostra a disposição de Israel de obter a paz em meio ao perigo iminente de lutar por sua sobrevivência.

AS CONCESSÕES EM PROL DA PAZ COMPROVAM A DISPOSIÇÃO DE ISRAEL

1 - Israel assinou  tratados de paz  independentes com o Egito (1979) e a Jordânia (1994) e, nas duas ocasiões, abriu mão de terras, petróleo, colônias ou vantagens estratégicas em prol de um acordo pacífico.
2 - Israel forneceu terras, dinheiro, armas, treinamentos e serviços de inteligência à Autoridade Palestina, na esperança de que aquela organização demonstrasse reciprocidade e acabasse com os atos terroristas e o incentivo à violência.
3 - A própria fórmula “Terra em Troca da Paz” indica que cada um dos lados entra em acordo com o outro em troca daquilo que mais deseja: no caso dos árabes, terras; no caso de Israel, paz.
4 - Em 1917, 1937, 1947, 1956, 1979 e 1993, os líderes israelenses seguiram o mesmo padrão de ceder terras em troca da paz com seus vizinhos árabes (Notícias de Israel – Setembro de 2004 , p. 12-13).
A guerra de 1973 (YOM KIPUR) custou a Israel um ano de seu Produto Interno Bruto (PIB). Mas, no ano seguinte, a economia recuperou as forças.
“Enquanto existir o terrorismo, não pode haver paz no Oriente Médio”. (Ariel Sharon, no cargo de Ministro da Habitação de Israel em 1992).
No final de uma entrevista dada ao correspondente Zwi Lidar,  Ariel Sharon,  no posto de Ministro da Habitação de Israel em 1992, deixou uma mensagem para os amigos da Beth-Shalom, que fazem parte dos maiores amigos de israel em todo o mundo:
“Israel é um pais muito pequeno. Apesar dos noticiários falarem continuamente de Israel, o país continua muito pequeno. O povo judeu é um povo pequeno. Entretanto, ele é muito velho. A terra de Israel é a terra do povo judeu. Trata-se de um país em que não se precisa de guia. O melhor guia é a Bíblia. O Monte Sião continua sendo o Monte Sião, o Monte Carmelo continua o mesmo monte de que fala a Bíblia. O Jordão continua o Jordão! Ou penso em Jerusalém e Belém – usamos os mesms nomes há quase 4000 anos anos – e em Hebrom, Siquém e Tiberíades.”
“Em cada lugar que tocamos, onde escavamos, tudo está estreitamente ligado com a história do povo judeu e com a história do surgimento do cristianismo. E é esse nosso elo de ligação: ele tanto nos une como nos dá responsabilidades. Pois, quem crê na Bíblia e a ama – e eu sei que os amigos da Beth-Shalom creem na Bíblia e a conhecem muito bem, eles não precisam de guia na terra de Israel – tem que entender os esforços do povo judeu, que luta pela sua terra, e tem que ajudar. Pois quem ajuda ao povo judeu, ajuda a si mesmo, pois crê no povo judeu” (Notícias de Israel, janeiro de 1992, p.11).
Num artigo publicado no jornal Mensageiro da Paz, de dezembro de 2014, p. 25, Sara Alice Cavalcante, professora de Língua e Literatura Hebraicas, escreve sobre o Ano 5775, Shabat Shemitah: terra do Eterno. A autora relacionando o Shabat Shemitah aos últimos acontecimentos ocorridos em Israel, revela a guerra silenciosa, especialmente na cidade de Jerusalém:
“...Shabat Shemitah não parece ser o pano de fundo mais apropriado aos últimos acontecimentos em Israel, que vive uma guerra silenciosa, especialmentena cidade de Jerusalém, onde mais de 3500 incidentes de apedrejamento foram registrados somente este ano contra judeus, contra as forças de defesa de Israel e contra a polícia de Israel. Somente em setembro foram 384 apedrejamentos. Um jovem árabe da região de Samaria lançou o carro que dirigia contra pessoas em uma estação de trem, ferindo mortalmente um bebê de três meses, além de deixar duas pessoas gravemente feridas e outras com ferimentos leves. O jovem foi baleado e levado para um hospital israelense, de onde sairá para a prisão. Cerca de 700 pessoas foram presas desde julho somente em Jerusalém. A violência é uma reação à decisão do governo de Israel de antecipar o planejamento de mais de 1000 casas na Cidade Santa, sendo 400 em Har Homa e 600 em Ramar Shlomo, dois bairros judaicos. A realização efetiva do projeto imobiliário inclui a mudança de 25 famílias para a Cidade de Davi onde, a partir de agora, a maioria dos moradores é de judeus. A região é o local da cidade conquistado pelo Rei Davi e início da construção da capital do Reino Unido de Israel, há 3000 mil anos...” Após Maja Kocijancic, porta-voz do serviço diplomático da União Europeia, exigir que as ações de Israel, em avançar com a expansão das colônias em Jerusalém Oriental e na Cisjordânia sejão revertidas; e o porta-voz do Departamento de Estado americano declará que Washington está profundamente preocupado com o assunto, a italiana Federica Mogherini, a mais “Alta Representante da Comissão Europeia para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança”, cargo antes ocupado pela inglesa Catherine Ashton, marcou sua primeira visita oficial a Israel para o dia 7 de novembro. Mogherini é uma das vozes que defendem para a pátria judaica a liberdadedas decisões – trata-se, afinal, de um estado soberano que tem guardado uma política de não envolvimento nas decisões de outros países e povos, ao qual não convém depender de autorização alheia na realização de seus objetivos.”
Quando Frederico, o Grande, pediu uma prova da existência de Deus ao seu capelão, este respondeu prontamente:
- O povo judeu, majestade!
Israel é a própria personificação da continuidade  judaica.  É a única nação do mundo que habita na mesma terra que leva o mesmo nome, fala a mesma língua, e adora o mesmo Deus como eles o fazem há 3000 anos. Você cava o solo e encontra cerâmica desde os tempos davídicos, moedas de Bar Kokhba, e manuscritos de 2.000 anos de idade, escritos em um hebraico muito parecido com aquele que hoje anuncia sorvete na loja de doces da esquina.Charles Krauthammer – The Weekly Standard, 11 de maio de 1998.
No Anuário Estatístico de Israel publicado em 1992, é visível o desejo do povo judeu de estender a mão a todos os estados vizinhos e a seus povos numa oferta de paz. Podemos confirmar esta verdade:
Na sua “Declaração de Estabelecimento do Estado” (1948), Israel afirmava estender “a mão a todos os estados vizinhos e a seus povos numa oferta de paz.” Desde então, Israel vem se mantendo fiel ao velho preceito do judaísmo: “procura a paz, e empenha-te por  alcançá-la” (Salmos 34.15).
O Tratado de Paz com o Egito em 1979 constituiu o primeiro passo em direção à resolução do conflito entre Israel e seus vizinhos árabes, que desde 1948 vêm manifestando sua recusa em aceitar a existência de Israel através de terror, boicote econômico, isolamento diplomático e guerra. Outro passo em direção à paz foi dado na Conferência de Paz para o Oriente Médio em Madrid (30 de outubro – 1º de novembro de 1991), onde se encontraram as delegações israelenses, síria, libanesa e jordano-palestina, sob os auspícios dos Estados Unidos e da União Soviética, e onde se delinearam os contornos para subsequentes negociações bilaterais entre as partes, assim como para conversações multilaterais a respeito de assuntos de interesse regional.
“Através do processo da paz, Israel procura a realização da profecia de Isaías “não levantará espada nação contra nação, nem aprenderão mais a guerrear”. Os imensos recursos empregados na defesa nacional poderão então ser investidos construtivamente no desenvolvimento local e em empreendimentos conjuntos em benefício de toda a região. (A.E.I. , 1992, p.18 ).
A Obra Missionária Chamada da Meia-Noite,  faz menção em um dos seus periódicos, ao artigo publicado por Eric Hoffer, jornalista norte-americano no “Los Angeles Times”, em decorrência da enorme campanha empreendida pelos aliados dos países árabes, logo após a derrota destes em 1967, com o propósito de fazerem os judeus recuarem em suas fronteiras de segurança; a seguir, transcrevo o artigo na íntegra:

A POSIÇÃO SINGULAR DE ISRAEL

 Quem diria?!
O artigo seguinte foi publicado no Los Angeles Times em 26 de maio de 1968, um ano depois da Guerra dos Seis Dias. O tempo passa, mas algumas situações não mudam.
Eric Hoffer, filósofo social americano, não-judeu, nasceu em 1902 e faleceu em 1983. Autor de nove livros, foi condecorado com a Medalha Presidencial da Liberdade dos EUA. Seu primeiro livro, The True Beliver (O Verdadeiro Crente), publicado em 1951, é considerado um clássico.
Os judeus são um povo peculiar: coisas permitidas a outras nações são proibidas aos judeus. Outras nações expulsaram milhares ou até milhõesde pessoas, e não há problemas de refugiados. A Rússia fez isso, a Polônia e a Tchecoslováquia também o fizeram; a Turquia expulsou um milhão de gregos, e a Argélia, um milhão de franceses. A Indonésia expulsou de seu território incontáveis chineses – e ninguém diz uma palavra a respeito dos refugiados.
Mas, no caso de Israel, os árabes desalojados se tornaram eternos refugiados. Todos insistem que Israel deve reabsorver todos eles.
Arnold Toynbee afirma que a remoção dos árabes foi uma atrocidade maior que qualquer ato cometido pelos nazistas. Outras nações, quando vitoriosas no campo de batalha, impõem os termos do acordo de paz. Mas quando Israel vence, precisa solicitar a paz. Todo mundo espera que os judeus sejam os únicos cristãos verdadeiros deste mundo.
Outras nações, quando derrotas, sobrevivem e se recuperam; mas, se Israel fosse derrotado, seria destruído. Se [o presidente egípcio, Gamal Abdel] Nasser tivesse vencido em junho passado, ele teria varrido Israel do mapa, ninguém teria levantado um dedo para salvar os os judeus. Nenhum compromisso assumido com os judeus por qualquer nação, inclusive os EUA, vale o papel em que foi escrito.
Ouve-se um clamor de revolta no mundo inteiro quando pessoas morrem no Vietnã ou são executadas na Rodésia [atuais Zâmbia e Zimbábue]. Mas quando Hitler massacrou judeus, ninguém protestou. Os suecos, que estão prestes a romper relações diplomáticas com os Estados Unidos por causa do que estes estão fazendo no Vietnã, não se manifestaram quando Hitler estava assassinando judeus. Eles enviaram para Hitler minério de ferro selecionado e rolamentos de aço, e forneceram às suas tropas trens para chegar à Noruega.
Os judeus estão sozinhos no mundo. Se Israel sobreviver, será exclusivamente por causa do esforço e dos recursos dos próprios judeus. No entanto, neste momento, Israel é o nosso único aliado confiável e incondicional. Podemos confiar mais em Israel do que Israel em nós. E basta imaginar o que teria acontecido no último verão, se os árabes e os russos que lhes dão apoio tivessem vencido a guerra, para perceber como a sobrevivência de Israel é vital para os EUA e para o Ocidente, de um modo geral.
Tenho uma premonição que não quer me largar: o que acontecer com Israel, vai acontecer conosco. Se Israel, perecer o holocausto virá sobre nós. (Notícias de Israel, Janeiro de 2006, p.15)
Robert Congdon ao escrever sobre “o anti-semitismo do Novo Milênio”, explica que por trás destas pesquisas que rotulam  Israel como a maior ameaça para a paz mundial, há um híbrido anti-semitismo – mistura de política internacional com anti-semitismo tradicional:
“Ao contrário da década de 1930, quando o anti-semitismo tinha por alvo o povo judeu e sua religião, o anti-semitismo dos dias de hoje é mais político, estimulado pelo conflito palestino-israelense.”
“Uma pesquisa de opinião na Europa entrevistou 7.500 pessoas em 15 países da UE e revelou que 60% dos europeus consideraram Israel como a maior ameça para a paz mundial, até mesmo do que o Irã, a Coréia do Norte e os Estados Unidos. Entretanto, o ex-dissidente soviético e ex-ministro do Gabinete israelense, Natan Sharansky, definiu esse suposto ‘criticismo político’ de ‘puro anti-semitismo’. “
“Na condição de americanos que vivem na Grã-Bretanha, tem visto esse híbrido fundir-se com o sentimento anti-americano posterior aos acontecimentos que culminaram, bem como os que se passaram, na Guerra do Iraque. Essa fusão não é nenhuma surpresa, já que a mídia deturpa as notícias sobre Israel, bem como as notícias sobre os Estados Unidos, para agradar os 17 milhões de muçulmanos da UE, considerados um valioso ‘mercado consumidor a ser satisfeito’.”
“A histórica e famosa BBC, outrora conhecida por seu jornalismo imparcial baseado em fatos, agora se destaca por demonstrar um ‘impiedoso preconceito contra Israel’.”
“A imprensa inglesa raramente notícia os ataques palestinos contra Israel, mas faz ampla cobertura da retaliação israelense contra os palestinos. Lamentavelmente, ressaltou Sharansky, ‘anti-semitismo se tornou politicamente correto na Europa’.”
“A verdade, naturalmente, é que a terra não é dos palestinos; ela pertence a Israel.”
“Infelizmente, a ira atual contra o povo judeu é um reflexo do estado de declínio espiritual da Europa e da ignorância desta quanto ao plano de Deus tanto para o mundo quanto para a nação de Israel”.
“É lamentável o posicionamento dos ingleses atualmente, pois em 1917, uma Inglaterra espiritualmente mais forte levou o mundo, com sua Declaração Balfour, à iniciativa de criar uma pátria para o povo judeu, ressalta Congdon, que é representante de The Friends of Israel no Reino Unido.”
Quando Israel derrota seus oponentes, as Nações Unidas e a União Europeia iniciam investigações contra Israel, como se os judeus tivessem de certa forma quebrado alguma lei interna imaginária ou cometido crimes de guerra. Essas organizações ignoram qualquer coisa que o Hamas faça por causa de suas inclinações anti-semitas. – Thomas Ice
“Não haverá paz com Israel, nem negociações com  Israel, nem o reconhecimento de Israel [como Estado judeu].” – Declaração de Khartoum, de setembro de 1967.
Diante do que foi exposto acima, temos um exemplo da falta de cooperação por parte da AP – Autoridade Palestina, quando elogia os terroristas. Um exemplo importante, documentado pela Palestine Media Watch (palwatch.org), é a celebração de Dalal Mughrabi:
A terrorista Dalal Mughrabi cometeu o mais terrível ataque terrorista na história de Israel: 37 civis, 12 dos quais crianças, foram mortos no sequestro de um ônibus conduzido por ela. A Autoridade Palestina (AP) fez com que essa terrorista se tornasse uma celebrada heroína e um verdadeiro modelo, uma vez que escalas, acompanhamentos de verão e torneios esportivos levam o nome dela. Aquele ataque foi celebrado por um porta-voz do Fatah como ‘a ação sacrificial mais glorificada da história do conflito palestino-israelense’.(...)
Elwoo McQuaid, consultor editorial de The Friends of Israel, num artigo escrito sobre a Nova Onda de Anti-Semitismo, cita um comentário da jornalista Christine Williams:
“Hoje, ignoramos um anti-semitismo crescente que discrimina os judeus injustamente e alveja o Estado de Israel. Ao referir-se ao Novo Anti-Semitismo, Victor Davis Hanson, analista-sênior do Instituto Hoover, discute como Israel está sendo discriminado pela comunidade internacional, com mais de 75% de recentes resoluções da ONU acusando Israel por violação aos direitos humanos, muito mais do que países que realmente merecem essa classificação, como Sudão, Congo e Ruanda, nos quais milhões de pessoas são assassinadas em genocídios. Em resposta à pergunta: ‘Por que a comunidade internacional é tão anti-Israel?’. Hanson aponta para um “novo tipo de anti-semitismo moderno e socialmente aceitável”, que é motivo de grande preocupação. “
“A história comprova que o destino dos maiores impérios mundiais foi decidido em sua posição para com Israel: o Egito sob as ordens de seu Faraó (Êx 14.23-28), a Assíria sob o rei Senaqueribe (2 Rs 19.35-37), Babilônia (Is 47.6ss.; Dn 5.23ss.), Roma (70 d.C.), a Espanha no século XVI, a Rússia no século XIX sob os czares, a Grã-Bretanha no século XX e a Alemanha nazista no tempo do Holocausto.”
Diante desta comprovação, concordo com alguém que disse certa vez: “A difamação dos judeus seguiu-se a Primeira Guerra Mundial,  à perseguição aos judeus  seguiu-se  a Segunda Guerra Mundial e ao ódio aos judeus seguirá a Terceira Guerra Mundial”.



A FALSA EQUIVALÊNCIA MORAL CONTRA ISRAEL

A falsa equivalência Moral é uma técnica usada  contra Israel. Ela baseia-se em afirmativas enganosas. Dentre vários exemplos de falsa equivalência moral frequentemente usada para demonizar Israel, existe a que rotula Israel como um Estado de apartheid. O Dr. Manfred Gerstenfeld, ex-presidente do Jerusalém Center for Public Affairs [Centro para Questões Públicas de Jerusalém] (2000-2012). E o Pesquisador e Mestre em Ciências Políticas na Universidade Hebraica, escrevem o seguinte: “...Jimmy Carter, o ex-presidente dos Estados Unidos está entre aqueles que fizeram esta falsa comparação, no título de seu livro de 2006, Palestina: Paz, Não Apartheid.
“O livro Drawing Fire [Atraindo Fogo], de Benjamim Pogrund, jornalista israelense de esquerda, tem como subtítulo “Investiganting the Accusations of Apartheid in Israel” [“Investigando the Acusações de Apartheid em Israel”]. O autor diz em uma nota pessoal no livro:
“Fui tratado de câncer no estômago em um dos melhores hospitais de Israel, o Hadassh Mt. Scopus, em Jerusalém. O cirurgião (era o chefe dos cirurgiões) era judeu, o anestesista era árabe. Os médicos e as enfermeiras que cuidaram de mim eram judeus e árabes. Durante quatro semanas e meia como paciente, observei pacientes árabes e judeus receberem o mesmo dedicado tratamento. Mais ou menos um ano mais tarde, o cirurgião-chefe se aposentou; fui substituído por um médico que é árabe. Desde então, tenho estado em clínicas hospitalares e em salas de pronto socorro. Tudo é o mesmo para todos. Israel é como o apartheid da África do Sul? Ridículo!”
“Muitas das assim chamadas ONGs humanitárias frequentemente abusam da falsa equivalência moral. Mesmo quando escreveram breves declarações sobre violações dos direitos humanos impostosao soldado israelense Gilad Schalit, que foi sequestrado e aprisionado por terroristas do Hamas durante mais de cinco anos, os relatos da Anistia Internacional e do Human Rights Watch  escolheram chamar atenção para a falsa equivalência moral entre um Schalit sequestrado e os terroristas palestinos setenciados pelos tribunais a servirem durante um tempo em prisões israelenses.”
Um advogado americano Alan Dershowitz, diz:
“ Cada prisioneiro mantido por Israel tem direito a revisão judicial e alguns conseguiram soltura. Cada um deles tem acesso à visitação da Cruz Vermelha, pode se comunicar com a família e seu paradeiro é conhecido.”
“Soldados israelenses sequestrados, por outro lado, são mantidos incomunicáveis pelos elementos criminais, são rotineiramente torturados, frequentemente assassinados (como ocorreu recentemente) e não tem acesso à Cruz Vermelha ou à revisão judicial.”
“Além disso, os prisioneiros que estão sendo mantidos pelos israelenses são terroristas – isto, combatentes ilegais. Muitos são assassinos que foram condenados e setenciados de acordo com os devidos processos. As “mulheres” e “crianças” são culpadas de terem assassinadose tentado assassinar bebês inocentes e outros não-combatentes. Os soldados [israelenses] que foram sequestrados são combatentes legais sujeitosa statusde prisioneiros de guerra.”
“Dershowitz mencionou que o Hamas ou o Hezb’allah (Partido de Alá) não tratariam os soldados israelenses da mesma maneira que Israel trata seus prisioneiros por que Hamas e Hezb’allah ‘são organizações terroristas que não operam dentro das regras da lei’.”
“ Muitas outras falsas equivalências morais podem ser mencionadas. Os defensores públicos e os diplomatas de Israel, em sua maioria, não foram treinados para reconhecer e lutar sistematicamente contra a equivalência moral abusiva. Os danos causados por essas táticas de domonização deveriam ser considerados e tratados por queles que têm contato com o público. O mesmo é verdadeiro sobre outros falsos argumentos que são frequentemente usados, tais como apelos sentimentais, dois pesos e duas medidas, e bodes expiatórios. Falhas no combate à falsa equivalência moral são algumas das muitas deficiências na guerra de palavras à qual as autoridades governamentais [israelenses] deveriam dar atenção muito mais séria”. (Manfred Gerstenfield, Jamie Berk – www.jpost.com)
Fonte: Notícias de Israel, julho de 2015, p.18-19)

ALGUNS TRECHOS DO ESCLAREDOR DISCURSO DO PRIMEIRO - MINISTRO DE ISRAEL, BEJAMIM  NETANYAHU, FEITO NA ONU, NO DIA 23 DE SETEMBRO DE 2011, PUBLICADO NO PERIÓDICO MENSAGEIRO DA PAZ:
 Em seu discurso de 23 setembro de 2011, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu lembrou várias injustiças cometidas pela ONU contra Israel e frisou verdades omitidas por boa parte da imprensa internacional quando o assunto é Israel. Alguns trechos seguem abaixo.
“Em Israel nossa esperança de paz nunca diminui. Nossos cientistas, médicos, inovadores, usam o seu talento para melhorar o mundo de amanhã. Nossos artistas, nossos escritores, enriquecem o patrimônio da humanidade. Agora, sei que essa não é exatamente a imagem de Israel que muitas vezes é retirada nesta sala. Afinal, foi aqui [na ONU], em 1975, que o antigo anseio do meu povo para restaurar nossa vida nacional em nossa antiga pátria bíblica foi estigmatizado, vergonhosamente, como racismo. E foi aqui, em 1980, aqui mesmo, que o histórico acordo de paz entre Israel e Egito não foi elogiado, mas denunciado! E é aqui que ano após ano Israel é injustamente escolhido como vítima a ser condenada com maior frequencia do que todas as nações do mundo juntas. Vinte e uma das 27 resoluções da Assembleia Geral condenam Israel – a única e verdadeira democracia do Oriente Médio. “
“Esse é um aspecto triste da ONU. É o teatro do absurdo. Não só Israel é apresentado como o vilão, mas, com frequencia, os verdadeiros vilões desempenham o papel de protagonistas: a Líbia de Kadafi presidiu a Comissão das Nações Unidas sobre Direitos Humanos; o Iraque de Saddam chefiou o Comitê da ONU sobre Desarmamento. Pode-se dizer: ‘Isso é passado’. Bem, aqui está o que acontece agora, exatamente agora, hoje: o Líbano, controlado pela organização terrorista Hezbollah, preside o Conselho de Segurança da ONU. Isso significa que uma organização terrorista preside a instância encarregada de garantir a segurança do mundo. Isso não poderia acontecer. Então, aqui, na ONU, maiorias podem decidir que o Sol se põe no oeste ou nasce no oeste. Penso que a primeira alternativa já foi pré-ordenada, mas essas maiorias também decidir, e decidiram, que o Muro das Lamentações, em Jerusalém, o lugar mais sagrado do judaísmo, é território palestino ocupado.”
“Como primeiro-ministro de Israel, não posso arriscar o futuro do Estado judeu em utopias. Os líderes devem ver a realidade como ela é, não como deveria ser. Devemos fazer o nosso melhor para moldar o futuro, mas não podemos escamotear os perigos do presente. E o mundo em torno de Israel está, definitivamente, tornando-se mais perigoso. O islamismo militante já tomou o Líbano e Gaza. Está determinado a rasgar os tratados de paz entre Israel e Egito e entre Israel e Jordânia. Está envenenando muitas mentes árabes contra os judeus e Israel, contra os Estados Unidos e o Ocidente. Opõe-se não às políticas de Israel, mas a existência de Israel. Agora, alguns argumentam que se quisermos retardar a disseminação do islamismo militante, especialmente nestes dias turbulentos, Israel deve se apressar em fazer concessões territoriais. E essa teoria parece simples. Basicamente, é assim: deixe o território e a paz avançará. Os moderados sairão fortalecidos, os radicais serão encurralados. E não se preocupe com os incômodos detalhes de como Israel vai se defender. Tropas internacionais farão o trabalho. Essas pessoas me dizem constantemente: basta fazer uma oferta abrangente e tudo vai dar certo. Vocês sabem, há apenas um problema com essa teoria. Nós a testamos e não funcionou,”
“Em 2000, Israel fez uma oferta de paz abrangente que cobriu praticamente todas as exigências palestinas. Arafat a rejeitou. Os palestinos, em seguida, lançaram um ataque terrorista que custou milhares de vidas israelenses. O primeiro-ministro Olmert fez uma oferta ainda mais ampla em 2008. O presidente Abbas nem sequer respondeu a ela. Mas, Israel fez mais do que apenas propor ofertas abrangentes. Nós deixamos o território. Retiramos-nos do Líbano em 2000 e de cada centrímetro quadrado de Gaza em 2005. Isso não acalmou a tempestade militante islâmica qu ae nos ameaça. Isso só trouxe a tempestade mais perto e a tornou mais forte. Hezbollar e Hamas disparam milhares ode foguetes contra nossas cidades de cada território que abandonamos. Vejam: Israel deixou o Líbano e Gaza, os moderados não derrotaram os radicais, os moderados foram devorados pelos radicais. E lamento dizer as tropas internacionais, como UNIFIL no Líbano e UBAM (ph) em Gaza não impediram os radicais de atacar Israel. Saímos de Gaza na esperança da paz. Não congelamos as colônias na Faixa de Gaza; nós a tiramos de lá. Fizemos exatamente o que a teoria diz: ‘Saiam, voltem às fronteiras de de 1967, desmantelem as colônias’. E não creio que as pessoas se lembrem quão longe fomos para conseguir isso. Tiramos milhares de pessoas de suas casas. Tiramos milhares de crianças de suas escolas e de seus jardins de infância. Destruímos sinagoga. Nós até mesmo tiramos entes queridos de seus túmulos. E, em seguida, tendo feito tudo isso, entregamos as chaves de Gaza ao presidente Abbas. “
“Ora, a teoria diz que isso deve dar certo o presidente Abbas e a Autoridade Palestina poderiam construir um Estado pacífico em Gaza. Vocês podem se lembrar de que o mundo inteiro aplaudiu. Eles aplaudiram nossa retirada como um ato de grande habilidade política. Foi um ato corajoso de paz. Mas, senhoras e senhores, nós não conseguimos a paz. Mas, alcançamos a guerra. Alcançamos o Irã, que, por meio de seu plenipotenciário Hamas, prontamente expulsou a Autoridade Palestina. A Autoridade Palestina entrou em colapso em um dia.”
“O presidente Abbas disse nesta tribuna que os palestinos estão armados apenas com suas esperanças e seus sonhos e 10 mil mísseis e foguetes Grad fornecidos pelo Iran, para não mencionar o rio de armas letais fluindo agora para Gaza do Sinai, da Líbia e de outros locais. Milhares de mísseis choveram sobre nossas cidades. Então, vocês podem entender que, dado tudo isso, os israelenses perguntem, de modo correto: ‘Como evitar que isso aconteça também na Cisjordânia? Veja: a maioria de nossas principais cidades do sul do país estão a algumas dezenas de quilômetros de Gaza. Mas, no centro do país, em frente á Cisjordânia, nossas cidades estão a algumas centenas de metros ou, no máximo, a poucos quilômetros de distância da fronteira da Cisjordânia. Por isso, quero perguntar a vocês: Será que algum de vocês, traria o perigo para tão perto de suas cidades, de suas famílias? Vocês agiriam de maneira tão descuidada com a vida de seus cidadãos? Israel está preparado para ter um Estado palestino na Cisjordânia, mas não estamos preparados para ter outra Gaza lá. E é por isso que precisamos ter acordos de segurança reais, que os palestinos simplesmente se recusam a negociar conosco.”
“ Os israelenses se lembram das lições amargas de Gaza. Muitos dos críticos de Israel as ignoram. Eles, de maneira irresponsável, aconselham Israel a ir por esse caminho arriscado mais uma vez. Ao lermos o que essas pessoas dizem, é como se nada tivesse acontecido. Elas apenas repetem os mesmos conselhos, as mesmas fórmulas como se nada disso houvesse ocorrido. E esses críticos continuam a pressionar Israel a fazer concessões de larga escala, sem primeiro garantir a segurança de Israel. Louvam como estadistas louváveis aqueles que, de modo involuntário, alimentam o crocodilo insaciável do islamismo militante. Apresentam como inimigos da paz aqueles de nós que insistem que devemos primeiro construir uma barreira resistente para manter o crocodilo de fora, ou no mínimo colocar uma barra de ferro entre suas mandíbulas escancaradas. Assim, diante de rótulos e calúnias, Israel deve considerar melhor conselho. Melhor uma imprensa ruim do que um elogio bom, e melhor ainda seria uma imprensa justa, cujo sentido cujo sentido da história se entendesse além do café da manhã, e que reconhecesse as preocupações legítimas de Israel com sua segurança.”
“As necessidades são muitas, porque Israel é um país bem pequeno. Sem Judeia e Samaria, a Cisjordânia, Israel tem, ao lado, nove milhas de largura. Quero colocar isso em perspectiva, porque vocês estão todos nesta cidade. Isso corresponde a cerca de dois terços do cumprimento de Manhattan. É a distância entre Baterry Park e Universidade de Colúmbia. E não se esqueçam de que as pessoas vivem no Brooklyn e em Nova Jersey são consideravelmente mais agradáveis do que alguns vizinhos de Israel. Assim, como vocês protegem um país tão pequeno, cercado por pessoas que juraram sua destruição e armados até os dentes pelo Irã? Obviamente, vocês não podem defendê-lo apenas nesse espaço estreito. Israel precisa de maior profundidade estratégica, e é exatamente por isso que a Resolução 242 do Conselho de Segurança não exige que Israel deixe todos os territórios tomados na Guerra dos Seis Dias. Ele fala na retirada dos territórios, para fronteiras seguras e defensáveis. E, para se defender, Israel deve manter uma presença militar de longo prazo em áreas estratégicas, críticas, da Cisjordânia.”
 “E há muitas outras questões de segurança vital que também devem ser abordadas. Vejamos a questão do espaço aéreo. Mais uma vez, as pequenas dimensões de Israel criam problemas enormes de segurança. Os Estados Unidos podem ser atravessados por avião em seis horas. Para cruzar Israel, um avião leva três minutos. Então, o minúsculo espaço aéreo de Israel pode ser cortado pela metade e dado a um Estado palestino que não está em paz com Israel? Nosso maior aeroporto internacional está a poucos quilômetros da Cisjordânia. Sem paz, nossos aviões vão se tornar alvos de mísseis antiaéreos colocados a nosso lado, no Estado palestino? E como vamos deter o contrabando na Cisjordânia. O problema não é apenas a Cisjordânia, são as montanhas da Cisjordânia. Elas dominam a planície costeira, abaixo da qual fica a maioria da população de Israel. Como poderíamos evitar o contrabando, nessas montanhas, dos mísseis que poderiam ser atirados em nossas cidades?.”
“Trago esses problemas porque eles não são problemas teóricos. São muitos reais. E, para os israelenses, são assunto de vida e morte. Todas essas potenciais aberturas na segurança de Israel têm de ser fechadas num acordo de paz antes de um Estado palestino ser declarado, e não depois, porque, se deixarmos isso para depois, elas não serão fechadas. E esses problemas vão explodir em nossa cara e explodirão a paz” (Mensageiro da Paz, CPAD, 2011, p. 4-5).

O ANTISSEMITISMO EXPRESSO EM VÁRIAS ÉPOCAS

Peste Negra, Inquisição e “Progroms” fazem parte da trajetória sangrenta do povo judeu. O antissemitismo não cessou com as Cruzadas e nem com a cruel Inquisição. Citado por Abraão de Almeida, o sábio judeu de Volínia, Natan ben Moshe Hannover, que se salvou fugindo para Amsterdam, publicou em 1653, em Veneza, um relato, em hebraico, informando o mundo como morriam os judeus na Polônia, à mão dos cossacos e ucranianos: “arrancavam-lhes pele, e a carne jogavam aos cães; cortavam-lhes as mãos e os pés, e deixavam à morte os corpos assim mutilados; rasgavam as crianças pelas pernas; assavam os nenês e obrigavam as mães a engulir a carne dos seus rebentos; abriam ventre de mulheres grávidas e com o feto que arrancavam batiam no rosto das vítimas: a muitas punham gatos vivos nos ventres abertos, e costuravam o corpo com o gato dentro, cortando das mulheres os braços, para que não pudessem arrancar o animal, nem dar cabo a sua existência.”
Não posso conter as lágrimas, ao registrar tamanha brutalidade escrita por Hannover; o que não dizer de Auschwitz, Birkenau e Gleiwitz, pois o Holocausto de seis milhões de judeus pelos nazistas foi o clímax deste extermínio inesquecível.
Os católicos diferentes dos ortodoxos, manifestou um peso de consciência diante desses incontestáveis relatos históricos. Após Roma reconhecer o cuidado de Deus pela descendência de Abraão, ao restaurar-lhe a pátria e um nome respeitável no conceito das nações, o Vaticano confessou-se culpado. Abraão de Almeida diz o seguinte a respeito dessa manifestação de arrependimento por parte do “cristianismo” romano:
No dia 7 de setembro de 1966, os meios do Vaticano confirmaram a existência e a autenticidade de uma oração composta por João XXIII poucos dias antes da sua morte. “Nela o Papa pede a Deus perdão por todos os sofrimentos que a Igreja Católica fez os judeus padecerem. A existência dessa oração, que segundo as intenções do autor, deveria ser recitada em todas as igrejas, fora recentemente anunciada no decorrer de uma conferência em Chicago por Mons. John S. Quinn, um dos peritos do Concílio. Eis o texto desta oraçãode João XXIII, agora publicada: Estamos hoje conscientes de que, no decorrer de muitos e muitos séculos, nossos olhos se achavam tão cegos que já não éramos capazes de ainda ver a beleza de teu povo eleito nem de reconhecer na face os traços de nossos irmãos privilegiados. Compreendemos que o sinal de Caim esteja inscrito em nossa fronte. No curso dos séculos estava nosso irmão deitado ensanguentado e em prantos por causa de nossa falta, porque havíamos esquecido teu amor. Perdoa-nos a maldição que injustamente tínhamos atribuído ao seu nome de judeu. Perdoa-nos o te havermos uma segunda vez crucificado neles em sua carne, porque não sabíamos o que fazíamos’. (ALMEIDA, Abraão, 1978, p.36).
Neste capítulo, procuramos provar que o Estado de Israel desde a sua independência tem vivenciando grandes conflitos. Percebe-se que por trás de supostas manifestações de acordos de paz, por parte de seus opositores, existe um islamismo militante que tem como meta a destruição de Israel, a única nação do Oriente Médio que é uma democracia multirracial e multirreligiosa.

Fonte: OLIVEIRA, Sandro Gomes de. Israel, um povo singular em busca da paz. Rio de Janeiro: Edição do autor, 2019.
Email: prsandrogomes@gmail.com / cetesh@hotmail.com

sábado, 23 de maio de 2020

A VERDADE SOBRE A MAÇONARIA


A Maçonaria, sociedade secreta, também chamada Franco-maçonaria, teve origem nas associações profissionais dos pedreiros-livres da Inglaterra, na Idade Média. Destaca-se pelas suas atividades filantrópicas e sociais , e pela participação nos  movimentos como a independência dos Estados Unidos; a Revolução Francesa.


A maçonaria é uma religião ?



O que você acha da seguinte definição?



A Maçonaria é um sistema sacramental que tem um aspecto externo visível, consistente em seu cerimonial, doutrinas e  símbolos, outro aspecto interno, mental e espiritual... acessível só ao maçon... è a continuação dos Antigos Mistérios (Extraído do Dicionário de Maçonaria de Joaquim Gervásiode Figueredo - 33ª g. SP, Ed, p. 231).



Albert G. Mackey diz: "A maçonaria pode ser corretamente chamada de instituição religiosa. Tudo focaliza verdadeiros ensinos religiosos e que pode negar que a maçonaria é uma instituição eminentemente religiosa?"


Porco ou girafa?    
É comum se ler e ouvir, que a Maçonaria não é religião. Note, por exemplo: a Maçonaria tem templos (chamada "Loja"), tem membros, tem doutrina, tem batismo, tem um deus (ou deuses) e ofícios sacramentais, cerimônias fúnebres, e tem reuniões. O que mais lhe falta para vir a ser religião? É curioso que um outro ramo de misticismo, o espiritismo, também alega não ser religião, uma ciência. Entretanto, uma simples declaração não modifica fatos. Raimundo F. Oliveira argumenta:
  Analisar todos os elementos místicos da Maçonaria e ainda assim  concluir que ela não é religião, é comparável a analisar-se um animal com as seguintes características: tem rabo de porco, patas 
de porco, corpo de porpo, focinho de porto, cheiro de porco, mas é uma girafa. Nada poderia ser mais absurdo.
"Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas me convém" ( 1 Co 10.23).  
A loja maçônica
Albert Pike, 33º grau, chamado de "Platão da Maçonaria," considerado o "Soberano Grande Comendador do Suprema Conselho dos Grandes Soberanos Inspetores Gerais do Grau Trinta e Três" afirmou que toda loja maçônica é um templo religioso e seus ensinos são instruções religiosos (Albert Pike. Morals and dogma of the Ancient and accepted Scottish Rite of Freemasonry. Supreme Council of the Thirty - Third Degree, Charleston, 1950, p. 213).

Sobre Jesus

É proibido orar em nome de Jesus na Loja, apesar de as reuniões maçônicas incluírem a oração. Contraditoriamente, em alguns casos, os dicionários que omitem Jesus Cristo contêm longos artigos de Orfeu, Xerxes, Pitágoras, Zoroastro, Filão, Maomé, Santo Albano, C. Rosenkreutz, N. Tschoudy, E. Swedenborg, Annie Besant, Helena Blavatsky, etc. O que isso sugere? No mínimo, a irreverência a Jesus Cristo na filosofia maçônica. Pense:
   Um templo onde é proibido falar sobre a ressurreição de Jesus Cristo, a ressurreição dos santos, a vida eterna, a esperança da glória vindora, é um templo do Deus verdadeiro? É um lugar onde o verdadeiro crente se sinta bem, "em casa"?

Leia as seguintes referências bíblicas e tire suas conclusões: 2 Jo v. 7-11; Jd v.4; 2 Pe 2.1; Gl 1.6-9; 2 Tm 4.3,4; 1 Tm 6.3-5).

Sobre Deus

O deus maçônico é denominado G.A.D.U. (o Grande Arquiteto do Universo), é simbolizado pela letra G. Trata-se de um deus "genérico". Seu rótulo está em branco, de maneira que pode escrever nele Alá, Buda, Brama, Vishnu, Shiva, o Grande Geômetra, Krishná ou até Satanás. Deus é uma mistura de tudo: gnosticismo, druidismo, luciferianismo, hiduismo, taoismo, zoroastrismo, iluminismo e Nova Era. Ele é um tipo de Frankenstein teológico. Mas esse "deus" estaria com o satanista no seu antro macabro, quando ele arranca o coração de uma criança?" O Deus revelado na Bíblia é o único Deus verdadeiro e que não tolerará a adoração de outra divindade (Dr 6.4: Is 43.10; 44.6-8).

O verdadeiro nome de Deus

A maioria dos maçõns não sabe o que lhes espera no caminho dos segredos. Há graus mais elevados que o Mestre Maçom. Seus irmãos maçons irão encorajá-lo a unir-se ou ao Rito de York ou ao Rito Escocês Antigo e Aceito. Ele aprenderá o nome de Deus em três línguas. JAH-BUL-ON  é o nome estranho supostamente é o nome verdadeiro da divindade maçônica, finalmente revelado!

     JAH representa o nome do Deus de Abraão, Isaque e Jacó. BUL (a segunda sílaba) representa o nome Baal ou Bel. É o nome do deus de Jezabel e Acabe, provavelmente o casal mais iníquo que já se assentou no trono de Israel (1 Rs 16.29-33). ON (a terceira sílaba) representa o nome do deus-sol egípcio. É o nome de sua cidade sagrada, Heliopolis (em grego, cidade do sol), no Egito (Gn 41.45,50). Esse é o deus de Faraó!

Sobre Satanás
Albert Pike, 33º grau, disse: Lúcife é deus, e infelizmente Adonai (Deus da Bíblia) é deus. Tire suas conclusões! (Jo 8.44).

Pode um cristão ser maçom?

O principal historiador da maçonaria Albert Mackey, 33º grau, declarou: "A religião da maçonaria não é o cristianismo". Analise:
 Apesar de admitirmos a ação muitas vezes benéfica da Maçonaria, isto não se constinui motivo para o crente seja membro de tal ordem. Poderemos dizer que muitos têm realizado alguma coisa boa. Até o Nazismo de Hitler desenvolveu um carro popular ao alcance do povo comum, o conhecido Fusca. Deste modo, qualquer pessoa hoje pode dirigir um Volkswagen, sem ser um nazista. Os espíritas mantêm muitos orfanatos para cuidar de crianças abandonadas, isto é uma muito boa, mas não é motivo suficientemente forte para eu me fazer um espírita.

Pare e pense

É a ética maçônica cristã? Porque deficientes físicos, mulheres e pobres são proibidos de participarem na loja? Quando o juiz, o advogado, o policial e o criminoso são maçõns (pactuados em se proteger mutuamente), o veredito não será diferente do apresentado a um criminoso comum? Jesus, faria parte de um grupo desse? A fé cristã e a maçonaria são, de fato, mutuamente exclusivas.

Fonte: Ferramenta - Combatendo Seitas e Heresias IV - Edino Luiz de Melo. Transcultural Editora - Campinas - São Paulo: Transcultural Editora


   
                                                                           

O Brasil está numa Guerra - Por José Maurício

quarta-feira, 20 de maio de 2020

A ORIGEM DA NAÇÃO DE ISRAEL - Por Sandro Gomes


1º Capítulo do Livro Israel Um Povo Singular em Busca da Paz

A ORIGEM DA NAÇÃO DE ISRAEL





        O cidadão hodierno precisa, para estar atualizado nesta época pós-moderna, de ser um indivíduo bem informado. E, em pleno século XXI, ninguém se encontra educacionalmente completo sem o estudo deste povo abençoado que constitui o fenômeno através dos séculos – a nação de Israel.
O salmista diz: “O Senhor edifica Jerusalém; congrega os dispersos de Israel” (Salmo 147.2). 
O povo judeu, descendente de Abraão por Jacó, que veio chamar-se Israel, cuja história constitui o cenário do Antigo Testamento, é uma nação especial entre as nações (Ezequiel 5.5; Números 33.16; Deuteronômio 33.28; Isaías 43.1-7). Israel é o nome dado a Jacó, após ter lutado com Deus (Gn 32.28; 35.10). São todos os descendentes de Jacó (Gn 34.7; Dt 4.1). Nome das 10 tribos (2 Sm 2.9). As tribos depois do cativeiro (Ed 1.3). Judeu é o nome concedido, originalmente, a uma pessoa da judeia. Aparece a primeira vez em (2 Rs 16.6). Depois do regresso do cativeiro, em Babilônia, todos os conhecidos como hebreus ou israelitas, adquiriam esse nome. Hebreu é o nome pelo qual as nações designavam os filhos de Israel. O próprio nome deriva-se, provavelmente, de Éber, a saber, homem vindo do outro lado. “Abraão, o hebreu” (Gn 14.1), assim chamado porque atravessou o rio, vindo de outra banda, o que aconteceu quando emigrou da Mesopotâmia.
Foi em Ur dos Caldeus, uma das destacadas cidades do Fértil Crescente, a famosa cidade sumeriana, localizada às margens do rio Eufrates, cerca de 241 quilômetros a nordeste da costa sul do Golfo Pérsico, que teve origem a história da nação de Israel. Esta magnífica história inicia-se com a chamada do patriarca Abraão, progenitor deste povo singular. No final da genealogia de (Gn 11.10-26), surge o nome de Terá, pai de Abrão, Naor e Arã. Terá viveu em Ur, cidade altamente cosmopolita. 
O escritor Eugene H. Merrill faz uma a seguinte observação acerca da história dos patriarcas:
“A história de Israel não começa com Moisés, com os acontecimentos do êxodo ou com a aliança. Porém, a compreensão e sistematização dos relatos com respeito às origens de Israel, seu trabalho e destino foram, sem dúvida, preparadas por Moisés nas planícieis de Moabe, onde o profeta também manifestou seus dotes e habilidades de historiador. Na criação da Torá, sua obra-prima, Moisés serviu tanto como testemunha ocular quanto como organizador e colecionador de todo o material necessário para documentar o passado” (MERRIL, Eugene H. 2001, p.11).
Abraão foi pai de Isaque, o qual gerou Jacó, que por sua vez, foi pai de 12 filhos , os quais deram origem a nação de Israel. Após 430 anos, escravizados no Egito, o povo da promessa é liberto pelo Eterno, através do Seu servo Moisés. E após peregrinar quarenta anos no deserto onde vivenciou diversos milagres, chegando depois à terra prometida onde foi constituída a nação eleita. 
 Entretanto, por causa da idolatria, no período já da monarquia, o povo judeu foi levado para o cativeiro babilônico onde passou setenta anos. No término dos 70 anos, Israel retorna à sua terra, guiado por Zorobabel, Esdras e Neemias. 
 Em última análise, de forma sucinta neste primeiro capítulo, vimos que a “certidão de nascimento “ desta fenomenal nação, encontra-se registrado no capítulo 12 de Gênesis, e no versículo primeiro: “Ora, o Senhor disse a Abrão: Sai da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai, e vai para a terra que eu te mostrarei”. Ao mudar o nome de Abrão – “pai exaltado” para Abraão – “pai de multidões, pai de nações”, o Eterno já estava contemplando o início da formação de Israel que seria benção para todas as nações. 
A ORIGEM DO SEU NOME
Israel é o nome dado a Jacó, depois de ter lutado com Deus no vau de Jaboque. Israel significa príncipe, campeão de Deus. A primeira citação desse nome encontra-se em (Gênesis 32.28), na ocasião, em que Jacó, neto de Abraão, durante uma noite inteira lutou como o Eterno Deus numa teofania - manifestação de Deus na Antiga Aliança. Ele lutou com Deus e os homens e venceu. São todos os seus descendentes; como também as tribos depois do cativeiro.
 O escritor Roberto Alves escreve de forma esclarecedora, acerca do significado de “judeu”, “israelita” e “israelense” hodiernamente:
“Judeu”, hodiernamente, é aquele nascido de uma “mulher judia”. Para os judeus, não vigora o provérbio: “Filho de peixe, peixinho é”, pois não basta ser filho de judeu, a mãe é que tem que ser judia para que o filho seja realmente judeu”.
“Israelita” é o praticamente da lei de Moisés; é o que segue o judaísmo. Aquele que se converte ao judaísmo. Aquele que se converte ao judaísmo passa a ser israelita, mas nunca será judeu, pois só é judeu quem nasce de uma mulher judia”.
   “Israelense”, naturalmente, é aquele que nasce em Israel. É um adjetivo pátrio. “Israelita” é um adjetivo com conteúdo religioso, enquanto “judeu” é adjetivo com referência a um povo” (ALVES, Roberto, 2000,  p.146). 
FONTE: OLIVEIRA, Sandro Gomes de. Israel um povo singular em busca da paz. 1ª edição - Rio de Janeiro: Edição do autor, 2019.
E-mail: cetesh@hotmail.com / prsandrogomes@gmail.com