SANDRO GOMES DE OLIVEIRA. Diretor do Centro de Educação Teológica e Evangelística Shekinah.

segunda-feira, 30 de março de 2015

A BÍBLIA E A REENCARNAÇÃO

          A SEGURANÇA DA BÍBLIA: Consideremos essas palavras de Allan Kardec: " No cristianismo encontram-se todas as verdades" (O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. VI, item 5).  A Bíblia sempre foi a única base doutrinária e regra de fé e conduta dos verdadeiros cristãos.  Em 2ª  Timóteo 3.16 está escrito: "Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça".
          Jesus Cristo, tido pelo Kardecismo como a segunda revelação de Deus aos homens (Moisés seria a  primeira), afirmou a solidez e a inspiração plenária da Bíblia.  Em João 17.17, orando ao Pai, Ele diz: "A tua palavra é a verdade" (cf. Salmo 119.160).  Quando tentado, sempre usando a expressão  "está escrito",  Ele respondeu citando o texto de Deuteronômio 8.3:  "Não só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus" (Mateus 4.4).  Em Mateus 24.35 diz:  "Passará o céu e a terra,  porém as minha palavras não passarão".  Ele sempre usou a Bíblia para ensinar, redarguir, corrigir ou instruir em justiça.
          Aos saduceus, que não criam na ressurreição, Jesus respondeu:  "Errais não conhecendo as Escrituras nem o poder de Deus."  (Mateus 22.29).  Jesus ainda nos manda examinar as Escrituras, pois são elas que testificam da Sua obra redentora : "Examinais as Escrituras,  porque julgais ter nelas a vida eterna, e são elas mesmas que testificam de mim.  Contudo, não quereis vim a mim para terdes vida" (João 5.39-40).
          Na parábola do rico e de Lázaro (Lucas 16.19-31), Jesus mais uma vez demonstra a Sua c onvicção nas Escrituras ao narrar a resposta dada pelo patriarca Abraão ao rico, quando este, no Sheol-Hades (inferno), lhe  pedira que enviasse Lázaro aos seus irmãos: "Respondeu-lhe Abraão:  Eles têm Moisés e os Profetas; ouçam-nos" (versículo  29).  Jesus reporta-se a Moisés e aos Profetas para nos informar que nenhuma outra forma de revelação  poderia  ser apresentada aos homens (inclusive a mediúnica), pois, por meio de ambos, foi-nos dada a verdadeira revelação - a Bíblia.
          O QUE A BÍBLIA DIZ SOBRE REENCARNAÇÃO? O Minidicionário Aurélio conceitua o ver REENCARNAR da seguinte forma:  " 1. Reassumir (o espírito)  a forma material.  2. Tornar a encarnar". Ao contrário da ressurreição, que é a volta do espírito ao mesmo corpo, a reencarnação significa o retorno do espírito a um novo corpo, sucessivamente, até alcançar a evolução.
          Na verdade, a não ser por meio de uma exegese forçada, não há na Bíblia qualquer referência direta ou indireta à reencarnação.  Ao contrário, as Escrituras  ensinam que, da mesma maneira como Jesus veio ao mundo uma só vez, também ao homem está ordenado morrer uma única vez:  "E, assim como aos homens está ordenado morreram uma só vez, vindo, depois disto, o juízo, assim também Cristo, tendo-se oferecido uma vez para sempre para tirar os pecados , aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o aguardam  para a salvação" (Hebreus 9.27). O sacrifício único de Jesus, ao morrer na cruz, é mais que suficiente  para nos libertar dos pecados e nos conduzir a Deus: "Pois também Cristo morreu, uma única vez, pelos pecados, o justo pelos injustos,  para conduzir-vos a Deus; morto, sim, na carne, mas vivificado no espírito" ( 1 Pedro 3.18).
          Todo o ensinamento bíblico é no sentido de que só poderemos morrer uma única vez até o juízo final de Deus.  Jesus não somente ressuscitou três dias após Sua morte, como também  incluiu a ressurreição entre os Seus milagres (João 11.11-44).  Diversas outras passagens da Bíblia demonstram a realidade da ressurreição (Daniel 12.2; Isaías 26.19; Oséias 6.2; 1 Coríntios 15.21-22;  João  5.28-29;  Atos  24.15; Apocalipse 20.6).  Em todos esses textos, ressuscitar significa o retorno do espírito ao seu próprio corpo (ver também 1 Coríntios 15.12-22).
          ENTÃO, SE NÃO EXISTE REENCARNAÇÃO, O QUE FAÇO  PARA SER SALVO?  A resposta está em Atos 16.31: "... Crê no Senhor Jesus Cristo e serás salvo, tu e tua casa".  Somente através da nossa fé,  pura e incondicional, é que obteremos a salvação, mediante Jesus Cristo.  Ele mesmo disse: "Eu sou a ressurreição e a vida.  Quem crê em mim, ainda que morra, viverá  (João 11.25).  Não há outro caminho e nenhuma outra verdade além desta (veja João 14.6).  Não adianta esperar uma outra existência, pois esta é a única oportunidade.  Jesus, somente Ele, é quem nos dá a vida eterna:  "Eu lhes dou a vida eterna; jamais perecerão, e ninguém as arrebatará da minha mão" (joão 10.28).  Então, busque hoje mesmo a Jesus Cristo, entregue-Lhe seu coração e Ele o ouvirá:  "Porque:  Todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo"  (Romanos 10.13).  (M. Martins)

Crédito:  Folheto da Missão Chamada da Meia Noite

sexta-feira, 6 de março de 2015

Jesus morreu por muitos ou por todos os pecadores? Por Ciro Sanches Zibordi

Jesus morreu por muitos ou por todos os pecadores?


O bom hermeneuta — intérprete das Escrituras — não deve se prender apenas ao étimo dos termos bíblicos para fazer uma boa exegese. Ele deve saber que os contextos geral e imediato podem alterar o significado original de uma palavra. Afinal, as Escrituras são análogas. Vejamos como os termos "todos" e "muitos", em Romanos 5, mudam de significado de acordo com a construçao frasal ou ao serem confrontados com a analogia geral das Escrituras.

Versículo 12: "por um homem [Adão] entrou o pecado no mundo [...] a morte passou a todos os homens [...] todos pecaram". O termo "todos", aqui, evidentemente, alude à totalidade do mundo, visto que os contextos imediato e remoto indicam que todas as pessoas do mundo, sem exceção, pecaram e vêm ao mundo, por conseguinte, já mortas em pecado (Rm 3; Gl 3; Jo 3, Ef 2, 1 Jo 1-2; Sl 51.5, Pv 20.9; Is 53, etc.).

Versículo 15: "pela ofensa de um [Adão], morreram muitos". O termo "muitos", aqui, denota "todos". Por quê? Porque o versículo 12 (contexto imediato) mostra que a morte passou a todos os homens, depois da Queda, e não a muitos. Além disso, como vimos, o contexto remoto também revela que o pecado original é extensivo a toda a humanidade.

Versículo 18: "por uma só ofensa [a de Adão] veio o juízo sobre todos os homens para condenação [...] por um só ato de justiça [realizado pelo Senhor Jesus] veio a graça sobre todos os homens para a justificação de vida". O termo "todos", aqui, à luz do contexto imediato, refere-se, sem dúvidas, à totalidade da humanidade pecadora. Afinal, todos nascem debaixo da condenação, visto que Deus nivelou toda a humanidade debaixo do pecado (Rm 11.32; Gl 3.22). Por outro lado, pela mesma lógica, todos os que crerem, considerando que Deus não faz acepção de pessoas (Rm 2.11; Tg 2.1), podem ser alcançados e salvos pela graça de Deus (Jo 3.16; Mc 16.15,16; Tt 2.11; 1 Tm 2.4; 4.10; 1 Jo 2.1,2).

Versículo 19: "pela desobediência de um só homem [Adão], muitos foram feitos pecadores [...] pela obediência de um [Cristo], muitos serão feitos justos". O primeiro "muitos", aqui, como já vimos, equivale a "todos". Mas o segundo denota, curiosamente, "poucos", em relação à totalidade. Como assim? Embora o Senhor Jesus tenha provado a morte por toda a humanidade (Hb 2.9) — haja vista ter Deus encerrado a todos debaixo da desobediência, para com todos usar de misericórdia (Rm 11.32) —, a Bíblia mostra que poucos são os que entram pela porta da salvação (Mt 7.13,14).

Van Johnson, ao discorrer sobre a ocorrência de "todos" e "muitos" em Romanos 5, afirmou: "O leitor notará como Paulo passa livremente de 'todos' para 'muitos' ao longo de toda essa seção. [...] O uso de 'muitos' em oposição a 'todos' não é significativo, porque Paulo usa os termos intercambiavelmente. Os 'muitos' que morreram pela transgressão de um homem (v.15) são certamente referência a todas as pessoas. E a natureza paralela dos versículos 18 e 19 sugere que o 'todos' do versículo 18 é equivalente ao 'muitos' do versículo 19" (Comentário Bíblico Pentecostal do Novo Testamento, CPAD).

Em Romanos 5.6, a Palavra de Deus assevera que "Cristo morreu a seu tempo pelos ímpios". Ele não deu a sua vida por um grupo seleto de santos e justos, e sim por ímpios e pecadores. Paulo explica melhor o sentido de morrer pelos ímpios, nos versículos posteriores: "Dificilmente, alguém morreria por um justo; pois poderá ser que pelo bom alguém se anime a morrer. Mas Deus prova o seu amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores" (vv.7,8). Além de ímpios, éramos, por antecipação, inimigos de Deus, visto que já nasceríamos em pecado (Rm 3.23; 5.12). Paulo esclarece: "se nós, quando inimigos, fomos reconciliados com Deus mediante a morte de seu Filho, muito mais, estando já reconciliados, seremos salvos pela sua vida" (Rm 5.10).

Não existem justos de nascimento. Se, hoje, somos considerados justos, é porque fomos justificados pelo Senhor Jesus (v.1). E isso decorre do seu sacrifício vicário e expiatório: "Logo, muito mais agora, sendo justificados pelo seu sangue, seremos por ele salvos da ira" (v.9). Diante do exposto, por quem Cristo morreu? Por todos os pecadores, ímpios e inimigos de Deus. Ou seja, o Senhor deu a sua preciosa vida por mim e por você. Glória seja dada ao Salvador do mundo!

Crédito: Portal de Notícias da CPAD

segunda-feira, 2 de março de 2015

O ANIQUILAMENTO NÃO É ENSINADO NAS ESCRITURAS

Ao serem exterminados, os ímpios serão aniquilados?

Ser exterminado não significa ser aniquilado, como insistem em explicar aqueles que ensinam o aniquilamento como um estado final para os  ímpios. Em Daniel 9.26, lemos o relato profético a respeito da morte do Messias.  Se a palavra usada para indicar a sua morte é a mesma no Salmo 37.9,34, então teríamos de entender que o Messias fora aniquilado quando morreu. Sabemos, portanto, que Cristo não foi aniquilado, pois Ele ressuscitou no terceiro dia e vive para todo o sempre. O extermínio é apenas temporal; isto é, aqueles que são exterminados ainda terão de prestar contas diante do Tribunal de Cristo. Os aniquilacionistas afirmam que todos os ímpios serão aniquilados; ou seja, eles deixarão de existir, e isso para sempre.  Não encontramos  esse ensino do aniquilacionismo nas Escrituras.  Todos serão ressuscitados e prestarão contas de Deus:  E, como aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo depois disso o juízo (Hb 9.27).  E valeria ainda citar Apocalipse 20.11-15.

Crédito:  Defesa da Fé  fevereiro  2001