Se você quiser saber
qual é a verdadeira essência do conflito entre palestinos e israelenses, não
pergunte aos políticos ou aos diplomatas. Vá falar com os especialistas: as
crianças palestinas.
Diferentemente do que ocorre na maior
parte do mundo, as crianças palestinas prestaram muita atenção ao que seus
líderes e mestres lhes ensinaram – e estão dispostas a colocarem prática tudo o
que aprenderam. Por exemplo, crianças palestinas entrevistas pela TV palestina
declaram com toda clareza e sem
demonstrar a menor dúvida: que Israel não tem direito de existir, que seu alvo e
razão de viver é a destruição de Israel e que estão dispostasa sacrificarsuas
vidas para expulsar todos os israelenses.
“Eles (os judeus) vieram para roubar a
Palestina de nós; isto é, Tel Aviv, Yaffo, Haifa, Acco, Ramla. Todas essas
cidades pertencem à Palestina”, explicou
um adolescente entrevistado. Suas palavras refletem os efeitos de muitos anos do
doutrinamento realizado pelo Autoridade Palestina (AP). “Nós esperamos,
esperamos, esperamos, e eu insisto que as nações árabes e os países
estrangeiros, todos os países do mundo, apoiarão os palestinos no esforço para
expulsar os israelenses... Precisamos afugentar todos os israelenses da
Palestina... pois os judeus vieram da Holanda, da América, do Irã.”
As
crianças enfatizam sua determinação de continuar lutando, geração após
geração, “até que a Palestina esteja liberta”.
Alé disso, elas não têm medo de morrer nessa luta, pois ela é “shahada”
– morte por Alá. “Mesmo que todas as crianças palestinas, todos os jovens
palestinos, as mulheres palestinas e os homens palestinos morram, nós não
capitularemos!”
Nada disso surpreende aqueles que
prestam atenção ao que é ensinado na TV e no sistema educacional palestino. Nos
livros escolares da AP, Israel não aparece nos mapas da região. Seus
historiadores negam a história de Israel e seu direito de existência. Os
professores de todos os níveis ensinam que Israel é um implante estrangeiro e
colonialista na região. Apesar da declarações em contrário, os livros editados
pela AP continuam deslegitimizando e menosprezando Israel, dizendo tratar-se de
um dominador estrangeiro: “A Palestina sofreua ocupação britânica após a
Primeira Guerra Mundial e a ocupação israelense a partir de 1948”.
Às crianças é ensinado que Israel é
parte (do Estado) da “Palestina”: “Entre as famosas montanhas no Sul da
Palestina estão as de Beersheva e do Neguev”. Acerca dos manciais de água
“Palestinos” as crianças aprendem: “O mais importante é o lago de Genesaré...”
Mensagens com esse teor, que tiram a
legitimidade de Israel, foram confirmadas pelo primeiro-ministro Ahmed Qorei.
Existem gravações de seus discursos em que rejeita a ideia de Israel como
Estado judeu. “O presidente Bush afirmou que Israel é um país judeu, o que é
motivo de preocupação. Isso não deveria ter sido dito.”
Historiadores ligados à AP aparecem com frequencia na TV educativa para reforçar essa mensagem. Recentemente, o
historiador e moderador Dr Isam Sisalem confirmou uma vez mais o que já havia
afirmado em muitos outros programas: Os judeus não têm história nem vínculo
algum com esta terra. Eles não são nada mais que um ‘tumor cancerígeno’
implantado pelos britânicos para controlar o Oriente Médio”. No mesmo programa
educativo, outro historiador relembrou a tristemente célebre falsificação
anti-semita “Os Protocolos dos Sábios de Sião”, que descreveu com um dos
pilares do primeiro Congresso Sionista de 1897: “No Congresso de Basiléia, o
Movimento Sionista começou a planejar a exploração do jogo de poder na Europa e
no Oriente Médio”, disse o Dr. Riad Al-Astal, docente em História da
Universidade Al-Azhar em Gaza.
Portanto, quando as crianças
palestinas dizem na TV que querem destruir Israel para libertar “Tel Aviv,
Yaffo, Haifa, Acco e Ramla” e que desejam expulsar os judeus, estamos vendo que
elas repetem com exatidão a mensagem que lhes foi incutida pela AP.
É alarmante constatar comoos anos de
doutrinamento anti-israelense foram eficientes. A juventude palestina aprendeu:
os judeus não possuem qualquer vínculo com Israel, este país não tem direito à
existência e o alvo supremo da próxima geração é eliminar Israel, mesmo que isso custe sua vida.
A essência do conflito é o direito de
existência de Israel – e não uma questão de fronteiras, de territórios e
refugiados. Negociações de paz que não alterem o sistema educional palestino e
que não impeçamos doutrinamento continuarão funcionando apenas no papel e
estarão, de antemão condenadas ao
fracasso. Os alunos palestinos já aprenderam isso. Nós é que, provavelmente,
teremos de repetir o ano. (Itamar Marcus e Barbara Crook)
Fonte:
Notícias de Israel, abril de 2004 – Chamada da Meia-Noite – Porto Alegre/RS -
Brasil
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