SANDRO GOMES DE OLIVEIRA. Diretor do Centro de Educação Teológica e Evangelística Shekinah.

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Apóstolo Valdemiro e o Arianismo - Por Sandro Gomes

Jesus não foi um homem que ousou ser Deus, mas Deus que se dignou ser homem. O Filho é
coeterno com Deus Pai. À luz de Colossenses 1.16 e Apocalipse 3.14, Ele, o Filho, "é a origem de tudo que Deus Criou." O rei Davi é chamado na Bíblia de primogênito mesmo sendo o filho mais novo de Jessé. Isto fala de primazia. O Filho é o Deus Todo-Poderoso em Ap.1.8. Assim como Atanásio combateu a heresia de Ário, nós devemos com veemência combater o moderno arianismo esboçado pelos modernos heréticos.

Infelizmente, tomei conhecimento através do blog do Renato Vargens, e confirmei no site da Igreja Mundial do Poder de Deus, que o Apóstolo Valdemiro declara que o Pai é sempiterno, já o Filho é Eterno; mas pelo contexto da mensagem, o líder da I.M.P.D. ensina que o Filho foi o primeiro ser que Deus criou. Esta doutrina é esboçada pela seita denominada "Testemunhas de Jeová" .

Em virtude da heresia publicada acima, transcrevo a seguir, o Credo de Atanásio formulado no quinto século, citado pelo teólogo e judeu messiânico Mayer Pearlman (in memorian), em seu livro de Teologia Sistemática (Conhecendo as Doutrinas da Bíblia) :

Adoramos um Deus em trindade, e trindade em unidade. Não confundimos as Pessoas, nem separamos a substância. Pois a a pessoa do Pai é uma, a do Filho outra, e a do Espírito Santo, outra. Mas no Pai, no Filho e no Espírito Santo há uma divindade, glória igual e magestade coeterna. Tal qual é o Pai, o mesmo são o Filho e o Espírito Santo. O Pai é incriado, O Filho incriado, o Espírito Santo incriado. O Pai é imensurável, o Filho é imensurável, o Espírito Santo é imensurável. O Pai é eterno, o Filho é eterno, o Espírito Santo é eterno. E, não obstante, não há três eternos, mas sim um eterno. Da mesma forma não há três seres onipotentes, mas sim um Onipotente. Assim o Pai é Deus, o Filho é Deus, e o Espírito Santo é Deus. No entanto, não há três Deuses, mas um Deus. Assim como a veracidade cristã nos obriga a confessar cada Pessoa individualmente como sendo Deus e Senhor, assim também ficamos privados de dizer que haja três Deuses ou Senhores. O Pai não foi feito de coisa alguma nem criado, nem gerado. O Filho procede do Pai somente, não foi feito, nem criado, mas gerado. O Espírito Santo procede do Pai e do Filho, não foi feito, nem criado, nem gerado, mas procedente. Há, portanto, um Pai, não três Pais; um Filho, não três Filhos; um Espírito Santo, não três Espíritos Santos. E nesta trindade não existe primeiro nem último; maior nem menor. Mas as três Pessoas coeternas são iguais entre si mesmas; de sorte que por meio de todas, como acima foi dito, tanto a unidade na triandade como a trindade na unidade devem ser adoradas.

Nota do escritor Myer Pearlman: A declaração acima pode parecer-nos complicada, por tratar-se de pontos sutis; mas nos dias primitivos demonstrou ser um meio eficaz de preservar a declaração correta sobre verdades tão preciosas e vitais para a igreja.

É importante ressaltar que a palavra trindade não se encontra na Escrituras, é um termo teológico que procura não se deslocar para extremos, nem para o lado da Unidade (sabelianismo) nem para o lado da Tri-unidade (triteísmo).

Em defesa da sã doutrina, concluo esta análise , com uma perspectiva de escrever mais sobre o tema em foco.

No serviço do Mestre, Sandro Gomes. E-mail: prsandrogomes@ig.com.br



Nenhum comentário:

Postar um comentário