SANDRO GOMES DE OLIVEIRA. Diretor do Centro de Educação Teológica e Evangelística Shekinah.

quarta-feira, 20 de maio de 2020

A ORIGEM DA NAÇÃO DE ISRAEL - Por Sandro Gomes


1º Capítulo do Livro Israel Um Povo Singular em Busca da Paz

A ORIGEM DA NAÇÃO DE ISRAEL





        O cidadão hodierno precisa, para estar atualizado nesta época pós-moderna, de ser um indivíduo bem informado. E, em pleno século XXI, ninguém se encontra educacionalmente completo sem o estudo deste povo abençoado que constitui o fenômeno através dos séculos – a nação de Israel.
O salmista diz: “O Senhor edifica Jerusalém; congrega os dispersos de Israel” (Salmo 147.2). 
O povo judeu, descendente de Abraão por Jacó, que veio chamar-se Israel, cuja história constitui o cenário do Antigo Testamento, é uma nação especial entre as nações (Ezequiel 5.5; Números 33.16; Deuteronômio 33.28; Isaías 43.1-7). Israel é o nome dado a Jacó, após ter lutado com Deus (Gn 32.28; 35.10). São todos os descendentes de Jacó (Gn 34.7; Dt 4.1). Nome das 10 tribos (2 Sm 2.9). As tribos depois do cativeiro (Ed 1.3). Judeu é o nome concedido, originalmente, a uma pessoa da judeia. Aparece a primeira vez em (2 Rs 16.6). Depois do regresso do cativeiro, em Babilônia, todos os conhecidos como hebreus ou israelitas, adquiriam esse nome. Hebreu é o nome pelo qual as nações designavam os filhos de Israel. O próprio nome deriva-se, provavelmente, de Éber, a saber, homem vindo do outro lado. “Abraão, o hebreu” (Gn 14.1), assim chamado porque atravessou o rio, vindo de outra banda, o que aconteceu quando emigrou da Mesopotâmia.
Foi em Ur dos Caldeus, uma das destacadas cidades do Fértil Crescente, a famosa cidade sumeriana, localizada às margens do rio Eufrates, cerca de 241 quilômetros a nordeste da costa sul do Golfo Pérsico, que teve origem a história da nação de Israel. Esta magnífica história inicia-se com a chamada do patriarca Abraão, progenitor deste povo singular. No final da genealogia de (Gn 11.10-26), surge o nome de Terá, pai de Abrão, Naor e Arã. Terá viveu em Ur, cidade altamente cosmopolita. 
O escritor Eugene H. Merrill faz uma a seguinte observação acerca da história dos patriarcas:
“A história de Israel não começa com Moisés, com os acontecimentos do êxodo ou com a aliança. Porém, a compreensão e sistematização dos relatos com respeito às origens de Israel, seu trabalho e destino foram, sem dúvida, preparadas por Moisés nas planícieis de Moabe, onde o profeta também manifestou seus dotes e habilidades de historiador. Na criação da Torá, sua obra-prima, Moisés serviu tanto como testemunha ocular quanto como organizador e colecionador de todo o material necessário para documentar o passado” (MERRIL, Eugene H. 2001, p.11).
Abraão foi pai de Isaque, o qual gerou Jacó, que por sua vez, foi pai de 12 filhos , os quais deram origem a nação de Israel. Após 430 anos, escravizados no Egito, o povo da promessa é liberto pelo Eterno, através do Seu servo Moisés. E após peregrinar quarenta anos no deserto onde vivenciou diversos milagres, chegando depois à terra prometida onde foi constituída a nação eleita. 
 Entretanto, por causa da idolatria, no período já da monarquia, o povo judeu foi levado para o cativeiro babilônico onde passou setenta anos. No término dos 70 anos, Israel retorna à sua terra, guiado por Zorobabel, Esdras e Neemias. 
 Em última análise, de forma sucinta neste primeiro capítulo, vimos que a “certidão de nascimento “ desta fenomenal nação, encontra-se registrado no capítulo 12 de Gênesis, e no versículo primeiro: “Ora, o Senhor disse a Abrão: Sai da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai, e vai para a terra que eu te mostrarei”. Ao mudar o nome de Abrão – “pai exaltado” para Abraão – “pai de multidões, pai de nações”, o Eterno já estava contemplando o início da formação de Israel que seria benção para todas as nações. 
A ORIGEM DO SEU NOME
Israel é o nome dado a Jacó, depois de ter lutado com Deus no vau de Jaboque. Israel significa príncipe, campeão de Deus. A primeira citação desse nome encontra-se em (Gênesis 32.28), na ocasião, em que Jacó, neto de Abraão, durante uma noite inteira lutou como o Eterno Deus numa teofania - manifestação de Deus na Antiga Aliança. Ele lutou com Deus e os homens e venceu. São todos os seus descendentes; como também as tribos depois do cativeiro.
 O escritor Roberto Alves escreve de forma esclarecedora, acerca do significado de “judeu”, “israelita” e “israelense” hodiernamente:
“Judeu”, hodiernamente, é aquele nascido de uma “mulher judia”. Para os judeus, não vigora o provérbio: “Filho de peixe, peixinho é”, pois não basta ser filho de judeu, a mãe é que tem que ser judia para que o filho seja realmente judeu”.
“Israelita” é o praticamente da lei de Moisés; é o que segue o judaísmo. Aquele que se converte ao judaísmo. Aquele que se converte ao judaísmo passa a ser israelita, mas nunca será judeu, pois só é judeu quem nasce de uma mulher judia”.
   “Israelense”, naturalmente, é aquele que nasce em Israel. É um adjetivo pátrio. “Israelita” é um adjetivo com conteúdo religioso, enquanto “judeu” é adjetivo com referência a um povo” (ALVES, Roberto, 2000,  p.146). 
FONTE: OLIVEIRA, Sandro Gomes de. Israel um povo singular em busca da paz. 1ª edição - Rio de Janeiro: Edição do autor, 2019.
E-mail: cetesh@hotmail.com / prsandrogomes@gmail.com



3 comentários:

  1. Oh Glória ! Shallon Adonai ! Shallon Alechim ! Shabbat Shalom ! Quem ler, sabe mais ! Quem não ler, mal fala, mal ouve e mal ver ! Maravilha de Deus heim ! Eita Glória !

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  2. Oh Glória ! Shallon Adonai ! Shallon Alechim ! Shabbat Shalom ! Quem ler, sabe mais ! Quem não ler, mal fala, mal ouve e mal ver ! Maravilha de Deus heim ! Eita Glória !

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