IGREJA ADVENTISTA DO SÉTIMO DIA (ASD)
ADAPTADO DO ARTIGO POR TIMOTHY OLIVER
ORGANIZAÇÃO ESTRUTURAL:
Sediada em Washington, D.C., a capital dos Estados Unidos, e organizada como
uma democracia representativa. Escalões de base elegem representantes para
escalões mais altos. As determinações, administração de políticas, e o controle
doutrinal são impostos pelos altos escalões.
A liderança
administrativa é composta da Presidência e do Comitê Executivo da Conferência
Geral, sob as quais estão as outras unidades administrativas: a Associação
Geral, que é formada pelas Uniões; estas são formadas pelas Associações e
Missões, as quais são formadas por Igrejas e Congregações. Várias
universidades, faculdades e escolas, bem como vários hospitais, são também
mantidos pela organização
TERMOS
CARACTERÍSTICOS: “Juízo investigativo”, “Espírito
de Profecia”, “Igreja Remanescente”.

William
(Guilherme) Miller (1782–1849), um pregador itinerante Batista de New England,
que fundou o Movimento do Advento na América, previu que o mundo acabaria em 22
de março de 1843 com o retorno de Cristo. Seus seguidores condenaram todas as
igrejas daquela época como sendo apóstatas, “Babilônia”, e incentivaram todos
os cristãos a saírem delas. Muitos o fizeram, e um movimento “adventista”
nasceu e cresceu rapidamente. [1]
Não ocorrendo o
retorno de Cristo na data prevista, apontaram para a data de 22 de outubro de
1844. Jesus novamente não veio. Após esse “grande desapontamento”, um outro
grupo, o “pequeno rebanho” insistiu que a data da sua previsão original tinha
sido correta. Eles decidiram que o evento que ocorreu em 1844 foi na verdade a
entrada de Cristo no Santo dos Santos do Santuário Celestial, onde ele
supostamente deu inicio ao “juízo investigativo”. Este juízo revela aos seres
celestiais quem dentre os mortos será digno de ter parte na primeira
ressurreição, e quem, dentre os vivos, está preparado para a trasladação ao
reino eterno. Essa doutrina foi endossada e ensinada por Ellen G. White. [2]
De 1844 a 1851 o
grupo ensinou a doutrina da “porta fechada”, baseada na parábola das dez
virgens. [3] Qualquer pessoa que não tivesse a mensagem adventista quando Jesus
entrou no santo dos santos ficaria de fora permanentemente, como ocorreu com as
cinco virgens néscias. Separadas do Noivo, elas não podiam assim se tornarem
membros dos Adventistas, nem terem nenhuma esperança de vida eterna. Ellen
White aprovou e ensinou essa doutrina, e sua primeira visão foi responsável em
grande parte pela aceitação da doutrina por parte dos Adventistas. [4]
Em 1846 o grupo
tinha adotado a doutrina dos Batistas do Sétimo Dia, que ensinavam que todos os
cristãos tinham de observar o sábado, o sétimo dia da semana. Uma versão
elaborada dessa doutrina, combinada com a doutrina do juízo investigativo, se
tornaram a marca característica dos Adventistas do Sétimo Dia.
Em 1850 James
White (1821–1881) e Ellen G. White (1827–1915) começaram a publicar a revista
The Review & Herald, disseminando suas doutrinas adventistas e sabatistas.
Isso contribuiu para que muitos “Milleritas” (seguidores de William Miller) se
organizassem num corpo distinto que adotou o nome de Igreja Adventista do
Sétimo Dia em 1860, incorporado formalmente em 1863 com aproximadamente 3.500
membros em 125 congregações [5]. Ellen White nunca ostentou oficialmente o
titulo de líder da igreja, mas foi uma das fundadoras e assumidamente uma líder
espiritual.Ela propositadamente recusou o titulo de “profetisa”, e se
auto-denominou “mensageira”.

Historicamente,
evangélicos têm tido dificuldade em definir e categorizar os ASD. Muitas de
suas doutrinas são biblicamente ortodoxas. Muitos de seus membros são cristãos
genuínos, alguns até mesmo em posições influentes na organização. Em vários
pontos de sua história, e principalmente na Convenção Geral de 1888, a igreja
ASD foi influenciada pelo evangelho bíblico. Isso se intensificou na década de
70. [9] Infelizmente, isso provocou uma polarização. Os administradores da
igreja de maneira geral se firmaram nas posições não-ortodoxas da igreja ASD
tradicional, enquanto que alguns pastores, e até mesmos congregações inteiras,
foram convidadas a se retirarem da igreja. [10] As publicações oficiais da
igreja ASD continuam a defender lendas sobre Ellen White, e alega que não houve
diferença entra o nível de inspiração que ela recebeu e que os autores bíblicos
receberam. [11] Na Conferência Geral de junho de 2000, foi votado que a
organização afirmaria e defenderia mais energeticamente a idéia do “Espírito de
Profecia através do ministério de Ellen White”. [12] A igreja ASD também ensina
outras doutrinas que são claramente irreconciliáveis com o evangelho bíblico
(veja em “Doutrina” a seguir). Enquanto isso continuar, evangélicos devem
persistir em questionar o status da igreja ASD no cristianismo, e mais ainda,
sua alegação de ser a única “igreja remanescente” de Deus. Hoje existem também
vários cismas do adventismo, incluindo a Igreja Adventista da Promessa
(estabelecido em Moçambique em 2000) e a Igreja Adventista do 7º Dia Movimento
de Reforma.
DOUTRINAS
Os ensinamentos
da igreja ASD mais claramente contrários ao evangelho bíblico são sua
insistência de que o batismo é um requisito necessário à salvação, sua doutrina
sobre a observância do sábado como sendo necessário para a identificação de
crentes verdadeiros, e sua doutrina sobre o “juízo investigativo”.
BATISMO:
“(...) Nesta comissão Jesus deixou claro que Ele desejava fossem batizados
todos aqueles que quisessem tornar-se parte de Sua Igreja, de Seu reino
espiritual. ..., elas deveriam ser batizadas.” “No batismo, o crente ingressa
na paixão experimentada por nosso Salvador”. “(...) o batismo assinala também o
ingresso da pessoa no reino espiritual de Cristo (...) ele une o novo crente a
Cristo (...) Através do batismo, o Senhor acrescenta novos discípulos ao corpo
de crentes (...) Assim eles se tornam membros da família de Deus”. [13]
O SÁBADO:
“(...) a divina instituição do sabática deve ser restaurada (...) a difusão
dessa mensagem causará um conflito que envolverá o mundo inteiro. O fator
central será a obediência à lei de Deus e a observância do sábado (...) Aqueles
que a rejeitarem acabarão recebendo a marca da besta”. [14]
Em uma de suas
obras mais reverenciadas, Ellen White escreve que a observância do sábado seria
a “linha de distinção” no “teste final” que separará o povo de Deus nos últimos
dias, que recebera “o selo de Deus” e é salvo, daqueles que “recebem a marca da
besta”. [15]
Descrevendo uma
visão supostamente de Deus, Ellen White escreve: “Vi que o santo sábado é e
será o muro de separação entre o verdadeiro Israel de Deus e os incrédulos”.
[16] Ela também escreveu sobre alguns Adventistas que não estavam compreendendo
que “a observância do Sábado é de importância suficiente para constituir uma
linha entre o povo de Deus e os incrédulos”. [17]
O JUÍZO
INVESTIGATIVO: “Em 1844 ...Ele [Cristo] iniciou a
segunda e última etapa de Seu ministério expiatório. É uma obra de juízo
investigativo, a qual faz parte da eliminação final do pecado, (...) Também
torna manifesto quem, dentre os vivos, permanecem em Cristo, guardando os
mandamentos de Deus e a fé em Jesus, estando, portanto, nEle preparado para a
trasladação ao Seu reino eterno. Este julgamento vindica a justiça de Deus ao
salvar os que crêem em Jesus. Declara que os que permanecem leais a Deus
receberão o reino”. [18]
“(...) nosso Sumo
Sacerdote entra no lugar santíssimo [em 1844] (...) realizar a obra do juízo
investigação e fazer expiação por todos os que se verificaram com o direito aos
benefícios da mesma (...) a obra de cada homem é revista perante Deus e é
registrada pela sua fidelidade ou infidelidade (...) a lei de Deus é a norma
pelo qual o caráter e vida dos homens serão aferidos no juízo (...) Ao
abrirem-se os livros de registro no juízo, é passada em revista perante Deus a
vida de todos os que creram em Jesus (...) Aceitam-se nomes, e rejeitam-se
nomes (...) tornando-se eles participantes da justiça de Cristo, e
verificando-se estar o seu caractere em harmonia com a lei de Deus, seus
pecados serão riscados e eles próprios havidos por dignos da vida eterna (...)
Jesus não lhes justifica os pecados, mas apresenta o seu arrependimento e fé,
e, reclamando o perdão para eles, ergue as mãos feridas perante o Pai e os
santos anjos, (...) Pecados que não houve arrependimento e que não foram
abandonados, não serão perdoados nem apagados dos livros de registro, mas ali
permanecerão para testificar contra o pecador (...) [Cristo] guardou os
mandamentos de seu Pai, e nele não houve pecado (...) esta é a condição na qual
aqueles de permanecerão na hora da tribulação devem ser encontrados”. [19]

Todo individuo
tem uma alma para ganhar ou perder. Cada um tem um caso pendente perante Deus
(..) todos que hão recebido iluminação nessas questões devem dar testemunho das
grandes verdades que Deus lhes tem entregue. O santuário nos céus é o centro da
obra de Cristo a seu favor (...) é de urgente importância que todos examinem
cuidadosamente essas questões (..) a intercessão de Cristo pelo homem no
santuário celeste é essencial ao plano de salvação tanto quanto sua morte na
cruz. Na sua morte ele começou a obra que ele completa depois de sua
ressurreição e ascensão. [20]
“SONO DA
ALMA”: Segundo a doutrina adventista, os mostos
vão para a sepultura, onde dormirão, inconscientes, aguardando a ressurreição.
Assim sendo, nenhum justo (tanto do Antigo quanto do Novo Testamento) jamais
foi para o céu. Os justos ressuscitarão quando Jesus voltar. Os injustos que
morreram não estão num lugar de sofrimento eterno, sendo que “inferno”
significa simplesmente a “sepultura”; eles ressuscitarão no fim do Milênio,
para então serem destruídos, i.e., aniquilados. [21]
Outras doutrinas
características incluem o vegetarianismo e outras questões de “saúde”; a
doutrina do “sono da alma” (na verdade uma doutrina da não-existência da alma
depois da morte, exceto na memória de Deus); e a doutrina da aniquilação dos
ímpios (e não sua punição eterna, consciente).

BATISMO:
Rm 3:21–26, 28; 4:4–6; 23–24; 5:1; Gl 2:16; 3:26; 5:1–6; Ef 2:4–10; Cl 1:13–14;
2:13–14. Essas passagens deixam claro que a salvação é inteiramente pela graça
de Deus, apreendida somente pela fé, e não por obras. O batismo é mencionado em
associação com essas passagens, mas o Novo Testamento usa a palavra batismo de
diversas maneiras. “Um só batismo” mencionado em Ef 4:4–5 como sendo essencial
claramente se refere ao batismo do Espírito, recebido quando uma pessoa é
convertida e incorporada como membro do corpo de Cristo. Quando uma passagem
menciona o batismo como sendo essencial à salvação, ela se refere ao batismo do
Espírito que recebemos quando somos regenerados e convertidos – ou seja, quando
o Espírito passa a habitar em nós. Do contrário, isso contraria o claro
ensinamento bíblico de que não somos salvos por nenhuma obra, e somente pela
graça através da fé.
O SÁBADO:
As citações de Ellen White acima são bem claras: a observância do Sábado (e não
a fé somente em Cristo para o perdão dos pecados e a vida eterna) é a linha de
divisão entre os salvos e os perdidos no fim dos tempos. Isso é obviamente
oposto a doutrina bíblica da salvação, de acordo com as passagens bíblicas
citadas acima. Veja também Rm 14:5–6; Cl 2:16–17. O sábado do Antigo Testamento
nunca foi mais do que a mera sombra das coisas que haviam de vir. Portanto, a
realidade no Novo Testamento sobre o repouso sabático de Deus, da maneira como
Paulo e o autor de Hebreus deixam claro, é o próprio Jesus o repouso no qual o
crente entra em Cristo (Hb 4:1–10).
O JUÍZO
INVESTIGATIVO: o conceito do juízo investigativo
é antiético ao evangelho. Jesus não esperou até 1844 para entrar no Santo dos
Santos no céu (Hb 1:3; 6:19–20; 8:1; 9:6–12, 24; 12:2). Nem está ele ainda
fazendo expiação no céu (Hb 9:25–26; 10:11–14). O juízo investigativo
supostamente “vindica a justiça de Deus ao salvar aqueles que crêem em Jesus”,
ao mostrar que eles foram “leais”, “penitentes” e “fiéis” guardadores dos
mandamentos. Isso é um erro grave. A justiça de Deus ao salvar pecadores é
completamente satisfeita e vindicada pela morte de Cristo na cruz (Rm 3:24–26).
Até mesmo quando
falam da salvação pelos méritos de Jesus, os escritores adventistas normalmente
se referem à justiça comunicada, e raramente ao conceito bíblico da justiça
imputada. O uso da expressão “justiça de Cristo” associada com a insistência
que a perfeição de caráter do crente é pré-requisito para a salvação nada mais
é do que uma doutrina que leva à justificação pelas obras, o que as Escrituras
dizem ser impossível (Rm 11:6). As palavras de Ellen White deixam claro que em
sua visão, ninguém pode ser perdoado antes que todos os pecados forem
erradicados de sua vida, e seu caráter seja aperfeiçoado. Essa heresia é
encontrada em muitas outras seitas, inclusive o mormonismo. Ela é contraria à
doutrina bíblica da salvação somente pela graça, através unicamente da fé.
Como se isso não
fosse suficiente, a doutrina adventista também ensina que para que se exercite
a fé necessária à salvação, é preciso que se creia que 1844 foi a data de
entrada de Jesus no Santo dos Santos. Isso é claramente errôneo, porque é
impossível que depois de Jesus ter declarado na cruz “está consumado!” (i.e.,
completo, quitado), ele tenha tido de esperar mais 1800 anos por um outro
evento – tão essencial quanto sua morte e ressurreição – que completasse a
salvação, no qual quem quiser ser salvo tenha que crer. Isso nada mais é do que
um “outro evangelho” (Gl 1:6–9).
“SONO DA
ALMA”: As doutrinas do sono da aniquilação da
alma são claramente aberrantes e contrárias ao ensinamento bíblico. As
escrituras ensinam que o inferno é um lugar de escuridão e de tormento, no qual
os ímpios sofrerão conscientemente por toda a eternidade (Mt 3:12; 18:8, 9;
22:13; 25:28–30, 41, 46; Mc 9:43–48; Lc 16:23–28; Ap 14:10–11, etc.). Os
justos, na medida que fisicamente morrem, passam diretamente e conscientemente
à vida eterna na presença do Senhor (Fl 1:23; Ap 6:9-11).
OUTRAS
DOUTRINAS: Algumas doutrinas adventistas sobre a
“saúde” são até úteis, e não contradizem as Escrituras – exceto pelo fato da
não observância dessas doutrinas ascéticas (Gl 2:11-16) ter, segundo suas
crenças, conseqüências espirituais, o que não é bíblico (Cl 2:20-23).
Notas
sobre este artigo:
[1] J. Gordon
Melton, Encyclopedia of American Religions, 2:21–22.
[2] Ib., p. 680.
[3] “Por algum
tempo depois da decepção de 1844, mantive, juntamente com o corpo do advento,
que a porta da graça estava para sempre fechada para o mundo”. Mensagens Escolhidas 1:63.
[4] Robert D. Brinsmead, Judged by the Gospel: A
Review of Adventism, pp. 130–33.
[5] Encyclopedia
of American Religions, 2:681.
[6] Damsteegt,
P.G., et. al., Nisto Cremos: 27 Ensinos Bíblicos dos Adventistas do Sétimo Dia,
pp. 301, 302.
[7] Maurice Barnett, Ellen G. White & Inspiration,
pp. 5–17.
[8] e.g., Walter Rea, The White Lie; e Judged by the
Gospel, pp. 361–83.
[9] Geoffrey J.
Paxton, O Abalo do Adventismo.
[10] Kenneth Samples, “From Controversy to Crisis,”
Christian Research Journal, Vol. 11, No. 1, pp. 9–14.
[11] Review & Herald, 4 de outubro de 1928, p. 11;
“Source of Final Appeal,” Adventist Review, 3 de junho de 1971, pp. 4–6; G. A.
Irwin, Mark of the Beast, p. 1; “The Inspiration and Authority of the Ellen G.
White Writings,” Adventist Review, 15 July 1982, p. 3; Ministry, outubro de
1981, p. 8; ver também Judged by the Gospel, pp. 125–30.
[12] Adventist Today [online: julho de 2000]
[13] Nisto
Cremos, pp. 251, 255, 258, 259.
[14] Ib., pp.
349, 350.
[15] O Grande
Conflito, p. 611.
[16] Primeiros
Escritos, p. 33; ênfase nossa.
[17] Ib., p. 85.
[18] Nisto
Cremos, p. 407; ênfase nossa.
[19] O Grande
Conflito, pp. 484 a 489, ênfase nossa.
[20] Ib., pp.
488–89; ênfase nossa.
[21] v. George A.
Mather e Larry A. Nichols, Dicionário de Religiões, Crenças e Ocultismo, p.
193.
Traduzido e
adaptado com a permissao de Watchman Fellowship, Inc.
Tradução e
adaptação: Marcelo Parga de Souza
Copiado do site:
www.agirbrasil.com

Há algumas
décadas atrás esta pergunta seria sem sentido no meio evangélico, e a resposta
seria um uníssono, SIM. Entretanto, de
alguns anos para cá a coisa tem mudado e tornado polêmica a questão da
identidade cristã da Igreja Adventista do Sétimo Dia (IASD). Nisto as opiniões
se dividem, para alguns líderes evangélicos, esta igreja não passa de uma
denominação comum com pontos doutrinários excêntricos, infelicitada por alguns
erros do passado, mas sem se enquadrar na classe sectária, para outros porém, as
diferenças existem, mas são poucas e não são fortes o bastante a ponto de nos
separar. Para esses, essa religião é autenticamente cristã; ainda outros (a
maioria) se colocam na defensiva, acreditando que o movimento adventista não
passa de uma igreja pseudocristã com doutrinas heterodoxas e, portanto precisa
ser evitada pelos evangélicos.
Percebe-se
que hoje em dia as opiniões são mais notadamente variadas do que, digamos, 30
anos atrás. Esta questão tem gerado acirrados debates no meio evangélico. O pivô
de tudo isso é a maciça campanha que vem sendo empreendida pelos adventistas já
há alguns anos com o intuito de limpar sua imagem negativa herdada do passado e
se aproximar dos evangélicos. O ecumenismo
pregado por eles tem dado certo, pois muitos têm se aproximado dos
adventistas não mais com olhos preconceituosos mas como irmãos que apesar de
terem suas diferenças doutrinárias e litúrgicas podem, não obstante, ter
normalmente comunhão uns com os outros. A rede de comunicação “ADSAT” e a rádio
“Novo Tempo”, tem conseguido prodígios nesta área. Não é raro ouvirmos evangélicos das mais variadas
denominações participarem de programas adventistas e serem tratados como
irmãos. Há até aqueles que pedem cursos bíblicos por correspondência para
estudarem em seus lares. O programa “A Voz da Profecia” e “Está Escrito”,
juntamente com as pregações de Alejandro Bullon, faz enorme sucesso hoje em dia
entre os evangélicos, sem falar é claro, dos conjuntos musicais como o “Prisma”
e do quarteto “Arautos do Rei”, que tem circulado livremente nos lares de
nossos irmãos e até mesmo em livrarias evangélicas. Também a liderança da IASD,
tem promovido estudos para pastores evangélicos com objetivo de “esclarecerem”
sua fé e desfazer a animosidade que existe entre ambos; ano passado no Nordeste
foi realizado um Congresso pela liderança adventista com a participação de 154
pastores evangélicos. (1)
Ultimamente esta
preocupação (da imagem do adventismo) tem sido exposta por diversos líderes
adventistas, como por exemplo, Rubens S. Lessa, redator-chefe da “Revista
Adventista” que no editorial da edição de 12/99
sob o título, “A Cara da Igreja Adventista”, tenta passar ao leitor a
imagem de uma igreja cristã, evangélica até. Diz ele: “Alguns nos tacham de
judeus; outros de fanáticos, retrógrados e fora de época. E HÁ OS QUE NOS
CONSIDERAM APENAS UMA SEITA.” (ênfase nossa). Essa preocupação também foi
repetida nas edições de 03/2001 e
04/2001, nas entrevistas com os Drs. Sidney Storch Dutra, reitor da
Universidade de Santo Amaro e George R. Knight, escritor e teólogo adventista.
Muitos no entanto
acham que esta é a conclusão mais plausível a que podemos chegar dentro de um
contexto comparativo entre adventistas e evangélicos. Diz certo pastor batista:
“Não existe base para supormos que esta igreja possa posar como evangélica,
outrossim não medimos palavras em dizer que tranqüilamente podemos enquadrar o
movimento Adventista do Sétimo Dia no rol das seitas pseudocristãs”.

Há adventistas e
até evangélicos que ficariam chocados com a afirmação acima. E muitos talvez
estejam a indagar: Porque vincular o nome da IASD há um título tão depreciativo
como este? Não possuem eles ótimos serviços sociais, como hospitais, escolas,
grupos filantrópicos como os “Desbravadores” e tantos mais? Não crêem na
Trindade e na Bíblia como fazem os demais cristãos evangélicos? Certamente que
sim, podemos elogiar os adventistas por tudo isso, e não lhes tiramos os
méritos e valores. Contudo, a questão é muito mais profunda e séria do que se
pensa, colocando-se em outro patamar, ou seja, o teológico-doutrinário. Não
podemos aferir um movimento religioso por sua “filantropia religiosa”, ou por
sua tênue camada doutrinária, enquanto a maior parte da crença de tais
movimentos, choca-se gravemente contra as verdades fundamentais do Cristianismo
histórico-ortodoxo que se encontram na Bíblia. Caso não fosse assim, poderíamos
também aceitar o Catolicismo Romano, o
Espiritismo Kardecista e tantos outros que sobrepujam a IASD. A questão é que
hoje em dia está muito em voga o relativismo e o ecumenismo que trazem como estandarte,
a pregação do amor. Os defensores de tal ideologia costumam dizer que: “Não
importa as diferenças se o que nos une mesmo é o amor e a comunhão”, “a
doutrina não é tão importante assim”, dizem eles. Embora isso pareça inócuo e
atrativo, um amor não estruturado nas verdades das escrituras sagradas é apenas
um produto da natureza humana...(2)
(Mary Schultze). Afinal de contas
a verdade cristã integral não pode ser sacrificada por coisas tão secundárias
como essas!
LOBOS
EM PELE DE OVELHA
A pergunta que
forçosamente surge em nossas mentes é: O que pretende a Igreja Adventista com
esse ecumenismo todo? Apenas comunhão com outras igrejas? Limpar a imagem do
movimento que por anos foi taxado pejorativamente de seita? Ou existe algo mais
por de trás de tudo isso? Apesar de toda esta “abertura” promovida pela IASD
com o intuito de transparecer comunhão entre os dois grupos, os verdadeiros
objetivos, entretanto continua sendo o proselitismo desleal por parte dos
adventistas. Não pense o leitor que estamos sendo radicais e equivocados em
nossa analise, pois os fatos falam por si. É a velha história da tartaruga e do
escorpião – a natureza! O modus operandi e o modus vivendi da IASD, o
que chamo de natureza da igreja, não lhe permite persi mudanças significativas
rumo a uma igreja tipicamente evangélica. Há alguns fatores a priori que
contribuem para isso. Vejamos:
1. A
IASD CONSIDERA-SE SINGULAR: Pondere na
declaração a seguir: “Sim, eu creio no
futuro brilhante deste movimento porque não somos uma simples igreja entre
as demais, porque somos o remanescente de Deus neste tempo do fim” (Revista
Adventista Março/2001, pág. 10 - grifo nosso). “...sem terem compreendido a
natureza profética do movimento adventista, muitos desses membros vêem a Igreja
Adventista apenas como mais uma denominação evangélica, que se distingue
vagamente das demais denominações por ainda crer no sábado...” (Revista
Adventista Junho/2001, pág. 15)
Sim,
eles acreditam que são a única igreja verdadeira de Cristo, como costumam dizer
, são: “os remanescentes”. O certificado de batismo dos adventistas vem com
onze (outros ainda com 13) perguntas na parte de trás para que o candidato ao
batismo possa responder antes de adentrar as águas batismais. Das onze
perguntas a última é formulada da seguinte maneira: “Crê que a Igreja
Adventista do Sétimo Dia constitue a Igreja remanescente, e deseja ser aceito
por ela para fazer parte de seus membros?”. Uma nota no começo do cartão diz:
“As seguintes perguntas devem ser respondidas, afirmativamente, diante
da Igreja, pelos candidatos ao batismo”(grifo nosso). Em outras palavras, quem
não confessar que eles são os “remanescentes” não pode ser batizado!
2. A
IASD ACREDITA SER PORTADORA EXCLUSIVA DA MENSAGEM APOCALÍPCA:
Sob a pergunta: “O senhor considera que somente a
Igreja Adventista do Sétimo Dia irá cumprir Mateus 24:14, ou outras
denominações também ajudarão a cumprir essa missão?”. O senhor Kinight já
citado, responde que sim, mas argumenta que, “Apocalipse 14, que é uma mensagem
distintivamente adventista.”
Em
uma outra entrevista, o mais novo diretor-geral da Casa Publicadora Brasileira,
órgão da IASD, incentiva euforicamente dizendo: “...a grande e maravilhosa
mensagem dos três anjos deve ser levada avante, agora como nunca antes. O mundo
deve receber a luz da verdade por meio do ministério evangelizador da palavra,
contida em nossos livros e periódicos...Façamos o mundo ver que aqui estão ‘os
que guardam os mandamentos de Deus e a fé em Jesus’ (Apoc. 14:12).” (Revista
Adventista, Fevereiro/2001 pág. 6)
Tudo
isto contribui para que o orgulho denominacional cresça ainda mais afastando
este movimento dos demais grupos evangélicos.
3. ORGULHO
DENOMINACIONAL: Discursando
sobre a história do povo adventista o teólogo adventista Alberto R. Timm
declara: “As novas gerações de conversos entravam para a igreja com tal
convicção da verdade que dificilmente abandonavam a fé. Os adventistas eram
respeitados e até temidos pelos demais evangélicos, devido ao seu profundo
conhecimento bíblico. Os próprios adventistas chegavam mesmo a se vangloriar
de que uma das evidências de possuírem a verdade era o fato de que seus
membros, se alguns deles deixassem a igreja, não se uniam a nenhuma outra
denominação.” (Revista Adventista Junho/2001, pág. 15 - grifo nosso)
Esta
declaração reflete a concepção que os adventistas por anos a fio possuíam (e
possuem) sobre sua identidade exclusiva como “o povo de Deus”. Não é raro encontrarmos este orgulho em
diálogos com membros dessa igreja. Consideram-se superiores aos demais
evangélicos, pois acham que lá encontraram “toda a verdade”. Isto está
estampado no rosto de seus líderes, norteia suas publicações e por fim já está
acimentado nas mentes dos membros, de que só eles detem a verdade completa da
mensagem divina. Tanto é, que quando alguém se converte ao adventismo, não se
diz que a pessoa aceitou a Cristo, ou recebeu a mensagem do evangelho, mas que abraçou
a mensagem adventista, recebeu a mensagem adventista e outras
expressões semelhantes, insinuando com isso que a mensagem que pregam é
diferente da que é pregada pelas demais denominações evangélicas. Temo que os
adventistas estejam se enquadrando em II Cor. 11:4 e Gálatas 1:6,8.
4. PROSELITISMO
DESONESTO: Depois de
entendermos a cosmovisão adventista fica
fácil de percebermos que o
proselitismo feito por eles entre os evangélicos, é apenas uma conseqüência dos
postulados teológicos expostos e defendidos por tais. Os princípios desse
movimento os impelem à prática do proselitismo, pois acreditam piamente que
todas as demais denominações estão erradas, se não declaradamente, pelo menos é
o que fica subtendido. Por mais que os líderes dessa igreja protestem, e em
nome de um pseudoecumenismo neguem o que foi exposto aqui, contudo os fatos são
testemunhas irrefutáveis, e contra fatos não existem argumentos! Vejamos então como se portam nossos “irmãos”
adventistas para com as demais igrejas evangélicas das quais desejam tanto se
aproximarem. Não é raro lermos em seus periódicos manchetes acompanhadas de alto teor entusiástico como
as que seguem:
TÍTULOS EM MANCHETES
“BATIZADO EX-PENTECOSTAL”
“Joel Ferreira da Silva, que durante dez anos foi pastor
da Igreja O Brasil para Cristo.” (Revista Adventista - Agosto de 1996)
EX-PENTECOSTAIS SÃO BATIZADOS
“Como resultado de um trabalho sistemático, realizado.., onze pessoas da
Igreja Assembléia de Deus em Várzea Grande foram batizadas...” (ibdem)
Na “Revista Adventista” de Abril/2001 na pág. 24, sob o
título, “Voz da Profecia batiza novos conversos no Acre”, relata a
história de um pastor batista que apesar de já ser convertido a Cristo
encontrou “nova luz através dos cultos adventistas” e foi rebatizado.
Outra reportagem diz: “Uma igreja batista, com pastor
e membros, está estudando a Bíblia, de acordo com a mensagem adventista,
e já dedica o dia de sábado exclusivamente à comunhão com Deus. Como resultado
desse reavivamento, a previsão é de que cerca de 100 pessoas sejam batizadas
até o fim do ano”. (Revista Adventista -
Maio/2001, pág. 32 – grifo nosso)

Parece que o ditado de Maquiavel é o lema preferido da
IASD, pois usam de meios desonestos para
conseguirem aliciar membros e
líderes de igrejas evangélicas que por falta de conhecimento de suas doutrinas
e uma boa dose de ingenuidade, são presas fáceis desses falsos irmãos. (Gálatas
2:4)
Vários são os meios usados pelos quais os adventistas
trabalham para alcançarem seus objetivos nada éticos. Eis alguns deles:
· SEMINÁRIOS PARA PASTORES. Uma das táticas
que está dando certa são os seminários criados para pastores evangélicos em
todo o Brasil. Cartas são enviadas para diversas denominações evangélicas
convidando seus pastores para uma palestra de estudo bíblico (É a mesma tática
usada pela seita do reverendo Moon) Tais eventos, se constituem, sem sobra de
dúvidas, em verdadeiras arapucas. Como a maioria dos pastores evangélicos não
possuem formação teológica adequada, são entorpecidos com os malabarismos
teológicos que por sua vez vem empacotados com uma linda fraseologia ecumênica mas que na verdade são
astutamente elaborados para conseguirem, sob a máscara de “esclarecimento de
pontos doutrinários distintivos para uma melhor compreensão da fé adventista” ,
arrebanhar novos conversos. Veja para que fim se destina a “Revista Ministério”!
Este periódico adventista, de março de l997, inda que a sua publicação é
feita com o propósito de dar informes sobre o “Seminário para Pastores
Evangélicos”. Com isso procura “constituir uma ponte para aproximação do
ministério evangélico, mostrando-lhe o que crê e prega a Igreja Adventista”. Essa
revista “é o principal elo dessa ligação, devendo ser enviada àqueles
pastores cujos endereços forem conseguidos”. Prossegue a revista: “...
pelo que revelam as profecias, a intolerância para com a nossa igreja...não
será totalmente erradicada nos meios protestantes, o plano tem dado certo. Em
muitos lugares aquela idéia de que os adventistas são uma seita legalista vai
sendo banida, e até batismos de pastores de outras denominações já foram
efetuados”. (o grifo é nosso) Perceberam
o entusiasmo dos adventistas nesse desejo de se aproximarem dos evangélicos?
Leia novamente: “...e até batismos de
pastores de outras denominações já foram efetuados”.
· ESCOLAS. Outro exemplo de
crassa ignorância por parte do povo evangélico é o fato de que muitos deles,
matriculam seus filhos em colégios adventistas pensando que isto é de pouca
importância. Mas o que eles não sabem é que além de causar confusão na mente da
criança que cresce dividida entre os ensinos da escola dominical e os de tais
colégios, os pais também, além das crianças, são candidatos em potencial para o
rebatismo, como mostra esse artigo logo abaixo:
“O casal Sandra e Eurico...eram pentecostais e aceitaram
o adventismo, após a leitura do livro O Terceiro Milênio, recebido da Escola
Adventista de Joinville, SC, onde os filhos estudam. A escola desenvolveu
vários projetos educativos e evangelísticos ao longo do ano”. E prossegue, “Como resultado, já foram batizadas 11
pessoas” (Revista Adventista Dezembro/99, pág. 22) É para isso que servem
as escolas adventistas!
· LITERATURA. Outra grande arma dos adventistas são suas literaturas. O
diretor do Ministério de Publicações da Divisão Sul-Americana, declara que: “...a
literatura é um poderoso instrumento de pregação e que a Igreja deve cada vez
mais se envolver nessa obra.” (Revista Adventista Julho/2001, pág. 11) E sabe por que isso? Simplesmente porque os
seus colportores-evangelistas, como são chamados, conseguem adentrar livremente
em nossas igrejas e lares e vender seus livros sem nenhum empecilho. A
abordagem começa de maneira sutil, com livros interessantes de conteúdo até
inofensivo, capaz de despertar o interesse da pessoa na área da saúde como é o
caso da revista, “Vida e Saúde” e de livros como: “Recursos Para Uma Vida
Natural” e “Os Campeões são Vegetarianos”,
outros na área da alimentação também são apresentados . Tudo isso à
primeira vista é muito bom, acontece porém, que após ganhar a confiança da
pessoa, esta fica à mercê das inúmeras heresias empurradas posteriormente pelos
colportores. Tais literaturas são apenas “iscas” para abrir caminho às inúmeras
heresias doutrinárias que vão ser aceitas e digeridas na próxima visita
culminando no rebatismo. A “Revista Adventista” de Maio/2001 na pág. 7 trás os
dados do ano 2000 sobre a “influência” da obra de publicações realizada pela
IASD. O último dado é: “Batismo pela influência da
literatura.............56.792”, e citam como apoio sua profetisa, Ellen G.
White: “ O mundo deve receber a luz da verdade por meio do ministério
evangelizador da Palavra em nossos livros e periódicos.”-Testemunhos
Seletos, vol.3,pág.311.
Não está na hora de nossos líderes e pastores zelarem
mais pelo rebanho do Senhor? Não deveria de haver uma triagem em nossas
editoras e livrarias? Sabemos que até editoras evangélicas andam de mãos dadas
com os adventistas como é o caso da consagrada “Editora Betânia”, que
infelizmente acabou lançando um livro do pastor adventista Alejandro Bullon. O
mesmo que em seu livro “O Terceiro Milênio” taxa os que guardam o domingo como
dia do Senhor de estar selado pela Besta do Apocalipse. Cuidado com a
literatura adventista povo de Deus!

Geralmente quando são pressionados a provar que não são
uma seita, os adventistas apelam para o fato de que o conhecidíssimo Walter
Martin, que foi fundador do “Christian Research
Institute” o I.C.P dos EUA, doutor em teologia e autor do Best Sellers ,
“O Império das Seitas”, deu razões para
não incluir a IASD em sua obra. Este tipo de argumento foi citado pelo pastor
adventista Marcos de Benedicto na antiga revista “Vinde” de Setembro/97 na
página 82 e mais recentemente numa matéria (Revista Adventista Abril/2001, pág.
10) que teve como objetivo refutar a reportagem da revista “Eclésia” que
analisou as diferenças entre Adventistas X Evangélicos. Mas será que pelo fato
desse teólogo não citar a IASD em seu livro é prova cabal dela não ser uma
seita ? Claro que não! Também é verdade que ele não citou a Igreja Católica.
Pergunto: Será que os adventistas concordariam que a Igreja Católica não é uma
seita, pura e simplesmente por este fato? Demais disso temos uma declaração de
Martin que se constitue em grande embaraço para os apologistas adventistas.
Ora, todos sabemos que a maior expoente e difundidora da doutrina do “sono da
alma” é sem dúvida a IASD. Mas veja como Martin denomina tais movimentos que
defende tal doutrina. Diz ele: “Semelhantemente
a outras SEITAS que ensinam que, após a morte do corpo, a alma
entra numa espécie de sono, as Testemunhas de Jeová...” (O Império das Seitas
Vol. I pág. 90 ed. Betânia) (destaque nosso).

O fato é que na época (1956), o Dr. Martin juntamente com
Donald Grey Barnhouse, entrevistaram vários líderes adventistas em sua
Associação Geral localizado em Takoma Park, Maryland, sobre as principais
doutrinas distintivas que a IASD professava. O resultado desta pesquisa
resultou em um livro de 720 páginas que foi revisado por 250 líderes do
adventistas chamado “Seventh-Day Adventists Answer Questions on Doctrine, an
Explanation of Certain Major Aspects of SeventhDay Adventist Belief
(Adventistas do Sétimo Dia Respondem a Perguntas sobre Doutrina, uma Explicação
de Certos Aspectos Principais da Crença Adventista do Sétimo Dia) - Review and
Herald Publishing Association, Washington, D.C., 1957”.
No célebre livro “O Caos das Seitas” de autoria de J. K.
Van Baalen traz a seguinte explicação:
“A refutação, porém, não se fêz esperar e veio decisivamente à medida
que, um após outro, os defensores evangélicos da fé rejeitaram os artigos
tanto de Barnhouse como de Martin na revista Eterníty e sustentaram que o ASD:
1) jamais denunciou sua pseudo-profetisa Ellen G.
White;
2)
jamais se retratou de alguma de suas doutrinas falsas, nem
3) jamais renunciou sua exclusão perene do Reino
— quer agora ou finalmente — de
todos quantos deixam de aceitar seus dogmas. Uma lista parcial de escritores durante
o referido tempo de confusão consta do nosso Christianity Versus the Cults (O
Cristianismo vs. as Seitas), págs. 100-102.”
Mesmo assim “Houve, contudo, sérias controvérsias no seio
da IASD devido ao livro, dando origem a dois movimentos: o tradicional e o
evangélico. O primeiro recusava-se a abrir mão das posições acima, pois
aceitá-las comprometeria a exclusividade da IASD como o remanescente, a única e
verdadeira igreja de Cristo. O segundo advoga os conceitos expressos no Questions on doutrine. Estes não queriam
deixar a IASD, apenas queriam uma reforma nas questões teológicas nada
ortodoxas. Muitos desses, porém, por pressões internas, deixaram a IASD. Diante
de tudo que foi dito acima, conclui-se que o adventismo com o qual o Dr. Martin
dialogou e aceitou como cristão não é mais o mesmo que presenciamos aqui no
Brasil.”. ( Dicionário de Religiões, Crenças e Ocultismo, edi. Vida – pág. 194)

E o próprio Lessa
nos dá a razão quando diz: “Às vezes, pensamos que a imagem que as pessoas
pintam ao nosso respeito tem que ver apenas com as diferenças doutrinárias ou
nossa filosofia de vida, como sábado, questão anímica, alimentação, aparência
pessoal, etc. Logicamente, essas coisas definem boa parte de nossa fisionomia. Não
podemos negar as cores e facetas de nossas doutrinas distintivas” (destaque nosso)
Preste atenção na
palavra “distintiva” usada por ele, e é justamente essa diferença doutrinária
que abre um enorme abismo e separam ainda mais,
evangélicos e adventistas. Eis algumas delas:
O Sábado:
“Santificar o Sábado ao Senhor importa em salvação eterna”. (Livro:
Testemunhos Seletos, vol. III pág.22, EGW ed1956).
Assim
quando os Adventistas teimam que a guarda do Sábado é indispensável para nossa
salvação, não é porque estejam estribados na verdade Bíblica, mas sim nas
alucinações da Sra. E.G. White. Essa cidadã declara que a guarda do Sábado
constitui o selo entre Deus e o seu povo nos dias atuais: “Que é, pois, a mudança do Sábado, senão o sinal da autoridade da
igreja de Roma – “a marca da besta”; “O selo da lei de Deus se encontra no
quarto mandamento... Os discípulos de Jesus são chamados a restabelecê-lo,
exaltando o Sábado...”(Livro: O Grande Conflito, Ed. condensada, 1992, pag.
267 e 269)”.
Diante do
exposto, fica claro que não é assim como alguns pastores afoitamente declaram
que, entre nós e os Adventistas, só o que nos separa é a guarda do Sábado, como
se fosse questão secundária. Para nós sim, é questão secundária (Rm. 14:5-6).
Para os AD não: é questão de salvação ou perdição.
O Sono da Alma :
Afirmam que, depois da morte, somos reduzidos ao silêncio. Que
morte é morte mesmo, incluindo a própria alma. Ao morrer, o homem deixa
realmente de existir.
Isso é uma inverdade, pois declarou o
Senhor Jesus: “Eu sou o Deus de Abraão, o Deus de Isaque, e o Deus de
Jacó? Ora, ele não é Deus de mortos, mas de vivos” (Mt.22:32).
Lc.23.43 - hoje
estarás comigo no Paraíso
Dessa forma, analisando as palavras de Jesus, é impossível admitir, com
base nessa passagem, que o malfeitor arrependido está deitado em sono
inconsciente. Ambos morreram naquele dia, Jesus desceu às partes mais baixas da
terra (Ef 4.8-10) e pregou aos espíritos em prisão (1 Pe 3.18-20), enquanto o
malfeitor arrependido foi ao Paraíso. O mesmo lugar para onde Jesus foi e levou
cativo o cativeiro (Ef 4.8). A vírgula depois da palavra hoje é um antigo
artifício usado por todos os hereges da antiguidade que procuraram negar a
sobrevivência da alma, para advogar a crença do sono da alma. Na verdade essa
passagem ensina que a teoria do sono da alma é uma teoria falsa, essa passagem
ensina que a salvação é pela fé, o grande baluarte da doutrina de Paulo (Rm 1.17;
Ef 2.8-9; Tt 3.5). A promessa de Jesus foi que naquele mesmo dia o malfeitor
arrependido estaria com Ele na glória. Do contrário, a palavra hoje ali seria
mais do que supérflua. Sem contar que de quebra a teoria do Juízo Investigativo
fica desqualificada com a verdade deste texto.(BA)
A Expiação de
Cristo:
Aqui se encontra um dos erros mais grosseiro da doutrina adventista.
Tentando corrigir o erro de Miller, que afirmava que Jesus voltaria em 1844 -
sobre o Templo em Jerusalém, o Sr. Hiram Edson e a Sra. E. G. White inventaram
o engodo de que Cristo voltou mesmo em 1844, não para a terra, como pensava
Miller, mas para algum outro lugar próximo a terra, e esse lugar não poderiam
ser outro senão o “santuário celeste”. Chegaram a essa conclusão por não haver
templo ou santuário no suposto dia marcado para a volta de Cristo (“O
Conflito dos Séculos” p.247,248,249, 1935). Ora, segundo eles, quando
Cristo entrou no santuário celeste, a porta foi fechada. Cristo está fazendo um
“juízo investigativo”, examinando tudo e mostrando ao Pai Celestial aqueles que
têm os méritos de gozar dos benefícios da expiação. Os demais, se não aceitarem
nas doutrinas da Igreja Adventista, não têm chance de se salvar, pois a verdade
está com eles. Dessa maneira de pensar deduzimos que, segundo eles, a expiação
não foi realizada na cruz do calvário, e sim está sendo feita no “santuário”.
Não durante a paixão de Cristo, mas em 1844. Não pela graça salvadora, mas
pelas obras da carne (Ef.2:8,9). Não pela aceitação de Cristo, mas das
doutrinas e do comprometimento das normas da Igreja Adventista, pois para eles,
Cristo tem apenas o título de “Salvador”. Devemos nos unir a Ele, unir a nossa
fraqueza à sua força, nossa ignorância à sua sabedoria. Então, como vemos e
sentimos, Cristo é o nosso cooperador, e, motivados pelo seu exemplo, devemos
fazer boas obras em prol da nossa salvação, e isso começa na observância
fiel da guarda do Sábado. Veja o que é Admitido pela Igreja Adventista: “Nós
discordamos da opinião que a expiação foi efetuada na cruz, conforme geralmente
se admite” (Heresiologia – EETAD,
Pág.122).
A Purificação do
Santuário:
Jesus Cristo hoje
está fazendo o "Juízo Investigativo" que consiste na purificação do
santuário. EG White inventou a idéia de que no Velho Testamento os pecados do
povo eram transferidos durante o ano todo para dentro do santuário e o
sacerdote, no dia da expiação (que ocorria uma vez por ano), entrava diante da
arca da aliança, pegava os pecados do povo e colocava sobre o bode emissário
(Lv.16) e que à partir de 1844 Cristo estaria fazendo a mesma coisa,
investigando quem deverá ser salvo ou não, assim terminando o que ele começou
na Cruz. Ou seja: Com esse raciocínio os adventistas declaram que Jesus não
terminou a obra na Cruz. Vejam: "Uma
das verdades mais solenes, e não obstante mais gloriosas, reveladas na
Escritura Sagrada, é a da segunda vinda de Cristo, para
completar a grande obra da redenção"..."A
intercessão de Cristo no santuário celestial, em prol do homem, é tão essencial
ao plano da redenção, como o foi Sua morte sobre a cruz. Pela
Sua morte iniciou essa obra, para cuja terminação ascendeu ao Céu, depois de
ressurgir"... " nos conduz através do ministério final do Salvador, ao tempo em
que se completará a grande obra para salvação do homem"... "O
anúncio: “Vinda é a hora do Seu juízo” – aponta para a obra finalizadora do
ministério de Cristo para a salvação dos homens"..."A intercessão de
Cristo no santuário celestial, em prol do homem, é tão essencial ao plano da
redenção, como o foi Sua morte sobre a cruz. Pela Sua morte iniciou essa obra,
para cuja terminação ascendeu ao Céu, depois de ressurgir"... (Grande
Conflito, pg. 299; 489; 428; 435; 489).
O Ano de 1844:
O fundador desta controvertida seita, Pr. W.Miller (que na verdade era
leigo), afirmou que Jesus voltaria em 1843. Quando isto fracassou, seus
seguidores anunciaram que um ligeiro erro tinha ocorrido e então fixou o tempo
do fim para outubro de 1844. As pessoas venderam casas e móveis, e ficaram
aguardando o fim, ansiosas. No dia previsto, o povo reuniu-se no topo dos
telhados e das montanhas, aguardando o evento. Contudo, o passar do tempo
provou que Miller estava errado. Cristo não veio no dia indicado e nem virá em
qualquer outro dia marcado, pois a Palavra de Deus é claríssima: “Quanto, porém, ao dia e à hora, ninguém
sabe, nem os anjos no céu nem o Filho, senão o Pai” (Mc.13:32; At.1:2).
Miller se arrependeu por esse erro, mas os seus adeptos continuaram e o
resultado dessa inconseqüência é a Igreja Adventista do Sétimo Dia e suas
variantes. Como podemos crer que esta obra é de Deus vendo como ela começou? A
Bíblia diz que Deus não é de confusão (ICor.14:33) e como aceitar que Ele
esteja nesse meio tão confuso?
Depois do fracasso da suposta volta de Cristo, declarou o Pr. Miller:
“Sobre o passado de minha visa pública, eu francamente reconheço meu
desapontamento... Nós esperávamos a vinda pessoal de Cristo para aquela época,
e, agora, argumentar que não estávamos enganados, é desonesto. Nós nunca
deveríamos ficar envergonhados por confessar nossos erros. Não tenho confiança
em nenhuma das novas teorias que surgiram fora do movimento, especialmente de
que Cristo veio como Noivo, de que a porta da graça se fechou, de que a sétima
trombeta soou então, ou de que houve o cumprimento da profecia em algum
sentido”. (História da Mensagem do Advento, p. 410, 412).
O Remanescente:
“... Nesta época, quando somos mandados chamar
a atenção para os mandamentos de Deus e a fé de Jesus, vemos a mesma inimizade
que se manifestava nos dias de Cristo. Acerca do povo remanescente de
Deus, está escrito: E o dragão irou-se contra a mulher, e foi fazer guerra ao
resto de sua semente, os que guardam os mandamentos de Deus, e têm o testemunho
de Jesus Cristo - Apoc. 12:17” (O Desejado de Todas as Nações – P. 42; EGW). “O
texto fala do remanescente da descendência da mulher. Admitindo-se que a mulher
constitui um símbolo da Igreja, sua descendência seria os membros individuais
que compõem a Igreja em qualquer tempo; e o “restante” da sua descendência
seria a última geração de cristãos, nu os que estiverem vivendo na Terra por
ocasião da segunda vinda de Cristo. O texto também declara que essas pessoas
“guardam os mandamentos de Deus e têm o testemunho de Jesus”; e no capítulo 19,
verso 10, é explicado que “o testemunho de Jesus é o espírito de profecia”,
o qual constitui, entre os dons, aquele que tem sido denominado “o dom de
profecia” (I Cor. 12:9 e 10)” (Patriarcas e Profetas; P.32; EGW)
Os adventistas
são extremamente exclusivistas e se acham a única e a remanescente Igreja de
Cristo na Terra. Entretanto, a Igreja de Cristo não é composta pela denominação
"x" ou "y", mas pelo povo do Senhor que estão arrolados nos
céus.
“Mas,
a todos quantos o receberam, aos que crêem no seu nome, deu-lhes o poder de
se tornarem filhos de Deus” (Jo.1:12)
“Mas
tendes chegado ao Monte Sião, e à cidade do Deus vivo, à Jerusalém celestial, a
miríades de anjos; à universal assembléia e igreja dos primogênitos
inscritos nos céus, e a Deus, o juiz de todos, e aos espíritos dos justos
aperfeiçoados” (Hb.12:22-23)
“e
sujeitou todas as coisas debaixo dos seus pés, e para ser cabeça sobre todas as
coisas o deu à Igreja, que é o seu corpo, o complemento daquele que cumpre
tudo em todas as coisas” (Ef.1:22). Hb.3:6, Itm.3:15
“...,
saibas como se deve proceder na casa de Deus, a qual é a igreja do Deus vivo,
coluna e esteio da verdade” (I Tm.3:15).
“mas
Cristo o é como Filho sobre a casa de Deus; a qual casa somos nós,
se tão-somente conservarmos firmes até o fim a nossa confiança e a glória da
esperança” (Hb.3:6)
A compreensão dos textos acima é simples.
Você aceita a Jesus Cristo como seu Salvador e se torna filho de Deus. Quando
você se torna filho se transforma em casa de Deus, em morado do Espírito Santo
(ICor.3:16) e sendo “casa de Deus” você é automaticamente a Igreja de Jesus
Cristo na Terra. Essa Igreja representa o corpo do Senhor movendo-se na terra e
fazendo a obra do Pai. É lógico que quando Jesus voltar para buscar a sua
Igreja (Jo.14:1-3, I Ts.4:13-18), Ele não vai levar uma parte do seu corpo e
deixar a outra, mas como disse Paulo; “estaremos com Ele” (Fil.1:23).
Naquele
dia será uma grande festa entre o noivo e a sua “Igreja noiva” (II Cor.11:2,
Ef.5:23-27).O Apóstolo Paulo escreveu a maior parte das epístolas do N.T. e
nunca fez separação entre o povo que servia a Deus, mas sempre chamava todos os
servos de Deus de Igreja de Jesus e mostrava a certeza de um dia estarmos com o
Senhor, por isso seja fiel e esteja
pronto para o toque trombeta. Aleluia!!! (leia: Rm.16:16, I Cor.1:2, I
Cor.16:19, II Cor.1:1, Gl.1:2, Cl.4:15, I Ts.1:1, II Ts.1:1, I Tm.3:5, I
Tm.5:16, Fl.1:2).
O Espírito de
Profecia (Ellen G. White):
A posição que
essa escritora goza no meio adventista é impar. Somente ela possui o “Espírito
da Profecia”. Não só os adventistas reconhecem sua autoridade religiosa
inquestionável, mas a própria escritora declara de si mesma: “Nos tempos antigos, Deus falou aos homens
pela boca de seus profetas e apóstolos. Nestes dias Ele lhes fala por meio do
testemunho do Seu Espírito. Não houve ainda um tempo em que mais seriamente
falassem a Seu povo a respeito da sua vontade...” (Testemunhos Seletos – Vol.II,
pág.276). (Ou seja, a autora se coloca acima dos próprios apóstolos de Cristo
quando declara que no seu tempo, o tempo em que ela tinha as suas “revelações”,
Deus falava mais seriamente).
O Bode Emissário:
No dia da expiação o sumo sacerdote, havendo tomado uma oferta da
congregação entrava no lugar santíssimo com o sangue desta oferta e o aspergia
sobre o propiciatório, diretamente sobre a lei, para satisfazer às suas
reivindicações. Então, em caráter de mediador, tomava sobre si os pecados e os
retirava do santuário. Colocando as mãos sobre a cabeça do bode emissário,
confessava todo esses pecados, transferindo-os assim, figuradamente, de si para
o bode. Este os levava então, e eram considerados como para sempre separados do
povo. (O Grande Conflito, p. 420, 24ª edição - 1980). Verificou-se também que,
ao passo que a oferta pelo pecado apontava para Cristo como um sacrifício, e o
sumo sacerdote representava a Cristo como mediador, o bode emissário
tipificava Satanás, autor do pecado, sobre quem os pecados dos verdadeiros
penitentes serão finalmente colocados. ... Quando Cristo, pelo mérito de seu
próprio sangue, remover do santuário celestial os pecados de seu povo, ao
encerrar-se o seu ministério, Ele os colocará sobre Satanás, que, na
execução do juízo, deverá arrostar a pena final. (Idem, p. 421).
Na verdade, admitir que Cristo tomará nossos pecados do santuário
celestial no final do Juízo Investigativo e os lançará sobre Satanás, implica
que seu sacrifício na cruz para remover nossos pecados não foi eficaz. Se
Cristo vai lançar nossos pecados sobre Satanás, por que sofreu por eles na
cruz? Se, por outro lado, Jesus levou nossos pecados na cruz, como na verdade o
fez, por que Satanás deve sofrer por ele?
O
texto referido e citado pelos Adventistas para tal afirmativa herética é Lv.
16:8, que diz: “E Arão lançará sortes sobre os dois bodes: uma sorte
pelo Senhor, e a outra sorte pelo bode emissário”. Vejam a explicação do
texto pelo Dr. Mecnair, autor da Bíblia Explicada: “A verdade é que os dois
bodes são uma oferta pelo pecado (vrs. 5) e, evidentemente, uma dupla
representação de Cristo, e o ponto principal é que os pecados pelos quais o
primeiro morre são levados embora pelo segundo. Tudo isso é bastante simples, e
não precisa de idéias esquisitas, que somente obscurece o sentido. Assim o bode
não é de modo algum enviado a Satanás”
O Inferno:
Agora o príncipe das trevas, operando por meio de seus
agentes (os pastores que pregam sobre a existência do inferno), representa
a Deus como um tirano vingativo, declarando que Ele mergulha no inferno todos
os que não Lhe agradam, e faz com que sempre sintam a Sua ira; e que, enquanto
sofrem angústia indizível, e se contorcem nas chamas eternas, Seu Criador para
eles olha com satisfação.Assim o príncipe dos demônios reveste com seus
próprios atributos ao Criador e Benfeitor da humanidade. A crueldade é
satânica. Deus é amor” (O Grande Conflito; p.534 – EGW - parênteses nosso).
O
ensino de Jesus foi claro sobre o inferno: Mt 13.41-42, 49-50; 22.13; 24.50-51;
25.30, 41, 46; 26.24; Mc 9.45, 47-48; Lc 12.4-5; 13.27-28. A palavra aionios,
que aparece na Bíblia, designa: a eternidade de Deus (Ap 4.9; Rm 16.26); a
felicidade do povo de Deus (Mt 25.46; Jo 10.28); a glória eterna (2 Tm 2.10; 2
Co 4.17; Hb 9.15; 2 Co 5.14, 18) e futura punição dos ímpios (Mt 25.46; 2 Ts
1.9).
Jesus é o Arcanjo Miguel :
EG White
afirma em seu livro - Os Patriarcas; pág. 366, que Jesus é o Arcanjo Migue:
"Ainda mais: Cristo é chamado o Verbo de Deus. João 1:1-3. É assim chamado
porque Deus deu Suas revelações ao homem em todos os tempos por meio de Cristo.
Foi o Seu Espírito que inspirou os profetas. I Ped. 1:10 e 11. Ele lhes foi
revelado como o Anjo de Jeová, o Capitão do exército do Senhor, o Arcanjo
Miguel. Foi Cristo que falou a Seu povo por intermédio dos profetas".
A Bíblia apresenta muitas diferenças entre Jesus e Miguel:
·
Jesus é criador ( Jô 1.3 ) , Miguel é
criatura ( Cl 1.16 )
·
Jesus é Adorado por Miguel ( Hb 1.6 ),
Miguel não pode ser adorado ( Ap. 22.8-9 )
·
Jesus é o Senhor dos Senhores ( Ap. 17.14);
Miguel é príncipe( Dn 10.13)
·
Jesus é Rei dos Reis; Miguel é príncipe dos
Judeus (Dn 12.1).
Há, portanto, clara distinção entre Jesus e Miguel. Jesus é o
Filho de Deus, e Miguel é anjo: Porque, a qual dos anjos disse jamais: Tu és
meu Filho, Hoje te gerei? E outra vez: Eu lhe serei por Pai e Ele me será por
Filho? E outra vez, quando introduz no mundo o primogênito, diz: E todos os
anjos de Deus o adorem ( Hb 1.5-6 ); Portanto fica claro aqui a superioridade
de Jesus, e a falta de conhecimento destes que se dizem “estudadores” da
Bíblia.
A Natureza Pecaminosa de Jesus:
O Adventismo declara que: Em sua humanidade, Cristo
participou de nossa natureza pecaminosa, caída (....) De sua parte humana,
Cristo herdou exatamente o que herda todo o filho de Adão – uma natureza
pecaminosa (Estudos Bíblicos. CPB. P. 140/41).
Jesus foi concebido
pelo Espírito Santo no ventre de Maria (Lc 1.30), diferenciando-se de todos os
homens que nasceram em pecado (Sl 51.5). O texto em questão declara que Jesus
era santo, inocente, imaculado e separado dos pecadores. Uma pergunta que
resta: como admitir que a deidade absoluta pudesse habitar no corpo humano
corrompido? (Cl 2.9). Esse Cristo de natureza pecaminosa é outro Jesus (2 Co
11.4).
Dieta alimentar:
“... Muitos alegam... que a carne é essencial; mas é devido a
ser o alimento desta espécie estimulante, a deixar o sangue febril e os
nervos excitados, que assim se lhes sente a falta. Alguns acham tão difícil
deixar de comer carne, como é o ébrio o abandonar a bebida... (livro: A Ciência
do Bom Viver, p.268,271)” (idem, p.21). Mais uma vez a indução, agora de
que a carne é “estimulante, deixa o sangue febril e os nervos excitados”.
Parece-nos que a Sra. EGW quer insinuar que comer carne é ficar propenso ao
pecado, mas ironicamente e sem querer fazer algum argumento contra a benção que
são os vegetais, o pecado entrou no mundo e uma fruta foi usada para fazer a
sedução que colocaria Eva em “xeque mate”; “Então, vendo a mulher
que aquela árvore era boa para se comer, e agradável aos olhos, e árvore
desejável para dar entendimento, tomou do seu fruto, comeu, e deu a seu
marido, e ele também comeu”(Gn.3:6). Ou seja, o pecado entrou no
mundo e nesta trama diabólica um fruto foi usado e o sacrifício de um
animal (carne), que tipificava a morte de Cristo, foi a redenção de Eva e Adão.
Outro caso foi o de Jacó (usurpador) que seduziu seu irmão com uma sopa de lentilha
e o enganou (Gn. 25:34). É claro, o Diabo pode lançar mão de muitas coisas para
seduzir e enganar a humanidade, mas daí afirmar que comer carne é pecado ou que
é requisito para entrar na pátria celestial é extrapolar com a exegese e
mutilar a hermenêutica. Que Deus nos guarda de sermos enredados por tamanhos
engodos.

A Igreja Adventista do Sétimo Dia tem estado sobre o palco do
mundo (desde 1844) por mais de 100 anos. Ela tem conquistado muitas pessoas e
construído muitos templos e outras organizações que têm a todos impressionado.
Mas, sob o brilho de suas realizações repousa uma história diabólica e herética
de fraudes que cortam como uma faca afiada a veia jugular do Cristianismo.
OU O EVANGELHO DE CRISTO É UM DOM GRATUITO OU ENTÃO É NADA.
Se alguém crê que realmente ele é um
presente, então nada existe a ser feito, exceto crer em Jesus Cristo.
"Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho Unigênito
para que todo aquele que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna"
(Jo. 3:16). Esta mensagem tem confortado a alma de muitas gerações, mas os
adventistas não têm proclamado este texto do Evangelho porque os escritos de
Ellen White, a fundadora e profetisa dos adventistas, contradizem a mensagem do
Evangelho.
DECLARAÇÕES DA SRA. WHITE
Aqui estão alguns exemplos das mensagens de
Ellen White que procuram anular completamente o Evangelho de Cristo:
Já vi que não é fácil ser cristão. E muito fácil apenas
professar o nome de cristão, mas é uma coisa maravilhosa viver a vida cristã.
Todos serão julgados de acordo com as suas palavras e ações e não de acordo com
a sua profissão de fé. (Testemunhos I pág. 454) Suas palavras e atos o julgarão
no último dia. Por eles você será justificado ou condenado. (Testemunhos 11
pág. 315)
Todo membro do corpo deveria sentir que a salvação de sua alma
depende dos seus próprios esforços. (Ibid. pág. l21)
Ele (Jesus) tornou possível aperfeiçoar o caráter cristão
através do seu nome e pelo seu próprio valor, dando-nos como exemplo a sua
própria vida, ensinando-nos a conseguir tal aperfeiçoamento. (Testemunhos III
pág. 365)
O homem deve agir com o seu próprio poder, auxiliado pelo poder
divino de Cristo a resistir e a conquistar a perfeição. Resumindo, o homem deve
se esforçar como Cristo se esforçou... Isto não poderia ser o caso, se Cristo
sozinho já fez tudo. O homem deve também fazer a sua parte. Deve ser um
vencedor pela sua própria força e pela que Cristo lhe dá. Ele deve ser um
co-trabalhador com Cristo no labor da conquista. (Testemunhos IV pag. 32-33).
Tais declarações representam a essência do Adventismo, assim
como toda a doutrina dos adventistas gira em torno do axioma de Ellen White,
isto é, que o homem deve aperfeiçoar-se a si mesmo para obter a salvação. O
fato é que o Adventismo se levantará ou cairá em função de sua crença na
inquestionável teologia de Ellen White. E os volumes de livros e material
escritos por ela explicam detalhadamente como o homem deve proceder para se
tornar perfeito. A doutrina do Sábado somente apresenta regras de Ellen White
sobre o que fazer ou não fazer, esperando-se que sejam obedecidas. Os
adventistas irão negar este fato, mas apenas leia-se a respeito do teste do
Sábado (Grande Conflito. pág. 605).
Então se poderá entender que a salvação para os adventistas vem
essencialmente das obras. Todas as demais doutrinas, como a dos alimentos, são
também feitas em testes de trabalho orientados pela membrezia.

Um outro fator da rejeição adventista ao verdadeiro Evangelho é
a crença anti-bíblica e herética de que no final dos tempos o homem deverá ter
atingido a perfeição porque Cristo cessará sua mediação por nós ante o trono de
Deus. A Bíblia diz: "E eis que estou convosco todos os dias, até a consumação
dos séculos". Porém o Adventismo tem projetado o seu próprio cenário
preparado por Ellen White, no qual não está incluída a Pessoa de Jesus Cristo.
Aqueles que estiverem vivendo na terra quando a intercessão de
Cristo findar no Santuário Celestial, levantar-se-âo diante do Deus Santo sem
um Mediador. Suas vestes devem estar imaculadas, seu caráter purificado pelo
sangue da aspersão. Através da graça de Deus e de seus próprios esforços devem
os homens ser conquistadores da batalha contra o mal. (Ibid pag.l25)
Nesses dias terríveis o justo deverá comparecer diante de um
Deus Santo sem um intercessor. (Ibid pag. 614)
Estas declarações contradizem o fundamento da fé cristã de que
Cristo é a nossa única esperança de salvação. Que significado teria a morte e
ressurreição de Cristo para nós se, no momento final, estivermos de pé diante
de Deus sem a sua mediação? Não podemos nos aperfeiçoar a nós mesmos, e a idéia
de que nossa vida será uma longa batalha em busca da perfeição "por nossos
próprios e diligentes esforços" e, ainda, termos de comparecer diante de
Deus no Dia do Julgamento sem um Mediador, são evidências suficientes de que o
Adventismo não é uma religião cristã. Os adventistas estão tentando a perfeição
o tempo todo, mesmo sabendo que ninguém pode se tornar perfeito. Sua angústia é
por demais aparente, mas a Igreja Adventista não pode se afastar da sua
profetisa Ellen White, já que os seus escritos são o fundamento de suas
crenças. Sua doutrina não pode oferecer uma esperança real.
Nossa oração é que sem demora a Igreja Adventista do Sétimo Dia
desperte e compreenda que Jesus Cristo é o único fundamento da igreja. Somente
então os adventistas poderão perceber que o puro Evangelho de Jesus Cristo é
verdadeiramente um presente de Deus para todos os homens.
Obs. : as citações são dos originais em inglês traduzidos por
Mary Schultze.
Carole e Wallace Saltter ex-adventistas
Carole e Wallace Saltter ex-adventistas
Matéria elaborada
pelos apologistas:
-
Presb. Paulo Cristiano
-
Pr. João Flávio Martinez