SANDRO GOMES DE OLIVEIRA. Diretor do Centro de Educação Teológica e Evangelística Shekinah.

domingo, 30 de março de 2014

O ADVENTISMO E AS SUA HERESIAS





IGREJA ADVENTISTA DO SÉTIMO DIA (ASD)
ADAPTADO DO ARTIGO POR TIMOTHY OLIVER

ORGANIZAÇÃO ESTRUTURAL: Sediada em Washington, D.C., a capital dos Estados Unidos, e organizada como uma democracia representativa. Escalões de base elegem representantes para escalões mais altos. As determinações, administração de políticas, e o controle doutrinal são impostos pelos altos escalões.

A liderança administrativa é composta da Presidência e do Comitê Executivo da Conferência Geral, sob as quais estão as outras unidades administrativas: a Associação Geral, que é formada pelas Uniões; estas são formadas pelas Associações e Missões, as quais são formadas por Igrejas e Congregações. Várias universidades, faculdades e escolas, bem como vários hospitais, são também mantidos pela organização

TERMOS CARACTERÍSTICOS: “Juízo investigativo”, “Espírito de Profecia”, “Igreja Remanescente”.

BD21306_ HISTÓRIA

William (Guilherme) Miller (1782–1849), um pregador itinerante Batista de New England, que fundou o Movimento do Advento na América, previu que o mundo acabaria em 22 de março de 1843 com o retorno de Cristo. Seus seguidores condenaram todas as igrejas daquela época como sendo apóstatas, “Babilônia”, e incentivaram todos os cristãos a saírem delas. Muitos o fizeram, e um movimento “adventista” nasceu e cresceu rapidamente. [1]

Não ocorrendo o retorno de Cristo na data prevista, apontaram para a data de 22 de outubro de 1844. Jesus novamente não veio. Após esse “grande desapontamento”, um outro grupo, o “pequeno rebanho” insistiu que a data da sua previsão original tinha sido correta. Eles decidiram que o evento que ocorreu em 1844 foi na verdade a entrada de Cristo no Santo dos Santos do Santuário Celestial, onde ele supostamente deu inicio ao “juízo investigativo”. Este juízo revela aos seres celestiais quem dentre os mortos será digno de ter parte na primeira ressurreição, e quem, dentre os vivos, está preparado para a trasladação ao reino eterno. Essa doutrina foi endossada e ensinada por Ellen G. White. [2]

De 1844 a 1851 o grupo ensinou a doutrina da “porta fechada”, baseada na parábola das dez virgens. [3] Qualquer pessoa que não tivesse a mensagem adventista quando Jesus entrou no santo dos santos ficaria de fora permanentemente, como ocorreu com as cinco virgens néscias. Separadas do Noivo, elas não podiam assim se tornarem membros dos Adventistas, nem terem nenhuma esperança de vida eterna. Ellen White aprovou e ensinou essa doutrina, e sua primeira visão foi responsável em grande parte pela aceitação da doutrina por parte dos Adventistas. [4]

Em 1846 o grupo tinha adotado a doutrina dos Batistas do Sétimo Dia, que ensinavam que todos os cristãos tinham de observar o sábado, o sétimo dia da semana. Uma versão elaborada dessa doutrina, combinada com a doutrina do juízo investigativo, se tornaram a marca característica dos Adventistas do Sétimo Dia.

Em 1850 James White (1821–1881) e Ellen G. White (1827–1915) começaram a publicar a revista The Review & Herald, disseminando suas doutrinas adventistas e sabatistas. Isso contribuiu para que muitos “Milleritas” (seguidores de William Miller) se organizassem num corpo distinto que adotou o nome de Igreja Adventista do Sétimo Dia em 1860, incorporado formalmente em 1863 com aproximadamente 3.500 membros em 125 congregações [5]. Ellen White nunca ostentou oficialmente o titulo de líder da igreja, mas foi uma das fundadoras e assumidamente uma líder espiritual.Ela propositadamente recusou o titulo de “profetisa”, e se auto-denominou “mensageira”.

[6] Ela, porém, alegou ter o “Espírito de Profecia”, e que suas mensagens vinham diretamente de Deus para a direção e instrução da igreja. Com seu conhecimento e consentimento, outros a chamaram de profetisa, e até mesmo de o próprio “Espírito de Profecia”. [7] Tendo apenas uma educação de nível primário, Ellen White alegou por anos que não sabia ler, e que sua prosa literária era inspirada por Deus. Foi-se descoberto, porém, que ela não só sabia ler, como também plagiava outros autores em quase todas as suas obras. Esses fatos foram documentados e indiscutivelmente provados em vários livros. [8]

Historicamente, evangélicos têm tido dificuldade em definir e categorizar os ASD. Muitas de suas doutrinas são biblicamente ortodoxas. Muitos de seus membros são cristãos genuínos, alguns até mesmo em posições influentes na organização. Em vários pontos de sua história, e principalmente na Convenção Geral de 1888, a igreja ASD foi influenciada pelo evangelho bíblico. Isso se intensificou na década de 70. [9] Infelizmente, isso provocou uma polarização. Os administradores da igreja de maneira geral se firmaram nas posições não-ortodoxas da igreja ASD tradicional, enquanto que alguns pastores, e até mesmos congregações inteiras, foram convidadas a se retirarem da igreja. [10] As publicações oficiais da igreja ASD continuam a defender lendas sobre Ellen White, e alega que não houve diferença entra o nível de inspiração que ela recebeu e que os autores bíblicos receberam. [11] Na Conferência Geral de junho de 2000, foi votado que a organização afirmaria e defenderia mais energeticamente a idéia do “Espírito de Profecia através do ministério de Ellen White”. [12] A igreja ASD também ensina outras doutrinas que são claramente irreconciliáveis com o evangelho bíblico (veja em “Doutrina” a seguir). Enquanto isso continuar, evangélicos devem persistir em questionar o status da igreja ASD no cristianismo, e mais ainda, sua alegação de ser a única “igreja remanescente” de Deus. Hoje existem também vários cismas do adventismo, incluindo a Igreja Adventista da Promessa (estabelecido em Moçambique em 2000) e a Igreja Adventista do 7º Dia Movimento de Reforma.

BD21306_ DOUTRINAS


Os ensinamentos da igreja ASD mais claramente contrários ao evangelho bíblico são sua insistência de que o batismo é um requisito necessário à salvação, sua doutrina sobre a observância do sábado como sendo necessário para a identificação de crentes verdadeiros, e sua doutrina sobre o “juízo investigativo”.

BATISMO: “(...) Nesta comissão Jesus deixou claro que Ele desejava fossem batizados todos aqueles que quisessem tornar-se parte de Sua Igreja, de Seu reino espiritual. ..., elas deveriam ser batizadas.” “No batismo, o crente ingressa na paixão experimentada por nosso Salvador”. “(...) o batismo assinala também o ingresso da pessoa no reino espiritual de Cristo (...) ele une o novo crente a Cristo (...) Através do batismo, o Senhor acrescenta novos discípulos ao corpo de crentes (...) Assim eles se tornam membros da família de Deus”. [13]

O SÁBADO: “(...) a divina instituição do sabática deve ser restaurada (...) a difusão dessa mensagem causará um conflito que envolverá o mundo inteiro. O fator central será a obediência à lei de Deus e a observância do sábado (...) Aqueles que a rejeitarem acabarão recebendo a marca da besta”. [14]

Em uma de suas obras mais reverenciadas, Ellen White escreve que a observância do sábado seria a “linha de distinção” no “teste final” que separará o povo de Deus nos últimos dias, que recebera “o selo de Deus” e é salvo, daqueles que “recebem a marca da besta”. [15]

Descrevendo uma visão supostamente de Deus, Ellen White escreve: “Vi que o santo sábado é e será o muro de separação entre o verdadeiro Israel de Deus e os incrédulos”. [16] Ela também escreveu sobre alguns Adventistas que não estavam compreendendo que “a observância do Sábado é de importância suficiente para constituir uma linha entre o povo de Deus e os incrédulos”. [17]

O JUÍZO INVESTIGATIVO: “Em 1844 ...Ele [Cristo] iniciou a segunda e última etapa de Seu ministério expiatório. É uma obra de juízo investigativo, a qual faz parte da eliminação final do pecado, (...) Também torna manifesto quem, dentre os vivos, permanecem em Cristo, guardando os mandamentos de Deus e a fé em Jesus, estando, portanto, nEle preparado para a trasladação ao Seu reino eterno. Este julgamento vindica a justiça de Deus ao salvar os que crêem em Jesus. Declara que os que permanecem leais a Deus receberão o reino”. [18]

“(...) nosso Sumo Sacerdote entra no lugar santíssimo [em 1844] (...) realizar a obra do juízo investigação e fazer expiação por todos os que se verificaram com o direito aos benefícios da mesma (...) a obra de cada homem é revista perante Deus e é registrada pela sua fidelidade ou infidelidade (...) a lei de Deus é a norma pelo qual o caráter e vida dos homens serão aferidos no juízo (...) Ao abrirem-se os livros de registro no juízo, é passada em revista perante Deus a vida de todos os que creram em Jesus (...) Aceitam-se nomes, e rejeitam-se nomes (...) tornando-se eles participantes da justiça de Cristo, e verificando-se estar o seu caractere em harmonia com a lei de Deus, seus pecados serão riscados e eles próprios havidos por dignos da vida eterna (...) Jesus não lhes justifica os pecados, mas apresenta o seu arrependimento e fé, e, reclamando o perdão para eles, ergue as mãos feridas perante o Pai e os santos anjos, (...) Pecados que não houve arrependimento e que não foram abandonados, não serão perdoados nem apagados dos livros de registro, mas ali permanecerão para testificar contra o pecador (...) [Cristo] guardou os mandamentos de seu Pai, e nele não houve pecado (...) esta é a condição na qual aqueles de permanecerão na hora da tribulação devem ser encontrados”. [19]

 De acordo com Ellen White, uma pessoa para ser salva deve crer nessa doutrina. “Aqueles que desejam partilhar da mediação dos benefícios do Salvador não podem permitir que nada interfira com o sua obrigação de aperfeiçoar a santidade no temor de Deus (...) a questão do santuário e do juízo investigativo deve ser claramente entendida pelo povo de Deus. Todos tem de ter o conhecimento da posição [no Santo dos Santos] e obra [juízo investigativo] de seu Sumo Sacerdote. Do contrário, será impossível que exercitem a fé que agora é essencial para que ocupem a posição que Deus tem para eles.  
   
Todo individuo tem uma alma para ganhar ou perder. Cada um tem um caso pendente perante Deus (..) todos que hão recebido iluminação nessas questões devem dar testemunho das grandes verdades que Deus lhes tem entregue. O santuário nos céus é o centro da obra de Cristo a seu favor (...) é de urgente importância que todos examinem cuidadosamente essas questões (..) a intercessão de Cristo pelo homem no santuário celeste é essencial ao plano de salvação tanto quanto sua morte na cruz. Na sua morte ele começou a obra que ele completa depois de sua ressurreição e ascensão. [20]
“SONO DA ALMA”: Segundo a doutrina adventista, os mostos vão para a sepultura, onde dormirão, inconscientes, aguardando a ressurreição. Assim sendo, nenhum justo (tanto do Antigo quanto do Novo Testamento) jamais foi para o céu. Os justos ressuscitarão quando Jesus voltar. Os injustos que morreram não estão num lugar de sofrimento eterno, sendo que “inferno” significa simplesmente a “sepultura”; eles ressuscitarão no fim do Milênio, para então serem destruídos, i.e., aniquilados. [21]

Outras doutrinas características incluem o vegetarianismo e outras questões de “saúde”; a doutrina do “sono da alma” (na verdade uma doutrina da não-existência da alma depois da morte, exceto na memória de Deus); e a doutrina da aniquilação dos ímpios (e não sua punição eterna, consciente).

BD21306_ ALGUMAS RESPOSTAS BÍBLICAS

BATISMO: Rm 3:21–26, 28; 4:4–6; 23–24; 5:1; Gl 2:16; 3:26; 5:1–6; Ef 2:4–10; Cl 1:13–14; 2:13–14. Essas passagens deixam claro que a salvação é inteiramente pela graça de Deus, apreendida somente pela fé, e não por obras. O batismo é mencionado em associação com essas passagens, mas o Novo Testamento usa a palavra batismo de diversas maneiras. “Um só batismo” mencionado em Ef 4:4–5 como sendo essencial claramente se refere ao batismo do Espírito, recebido quando uma pessoa é convertida e incorporada como membro do corpo de Cristo. Quando uma passagem menciona o batismo como sendo essencial à salvação, ela se refere ao batismo do Espírito que recebemos quando somos regenerados e convertidos – ou seja, quando o Espírito passa a habitar em nós. Do contrário, isso contraria o claro ensinamento bíblico de que não somos salvos por nenhuma obra, e somente pela graça através da fé.

O SÁBADO: As citações de Ellen White acima são bem claras: a observância do Sábado (e não a fé somente em Cristo para o perdão dos pecados e a vida eterna) é a linha de divisão entre os salvos e os perdidos no fim dos tempos. Isso é obviamente oposto a doutrina bíblica da salvação, de acordo com as passagens bíblicas citadas acima. Veja também Rm 14:5–6; Cl 2:16–17. O sábado do Antigo Testamento nunca foi mais do que a mera sombra das coisas que haviam de vir. Portanto, a realidade no Novo Testamento sobre o repouso sabático de Deus, da maneira como Paulo e o autor de Hebreus deixam claro, é o próprio Jesus o repouso no qual o crente entra em Cristo (Hb 4:1–10).

O JUÍZO INVESTIGATIVO: o conceito do juízo investigativo é antiético ao evangelho. Jesus não esperou até 1844 para entrar no Santo dos Santos no céu (Hb 1:3; 6:19–20; 8:1; 9:6–12, 24; 12:2). Nem está ele ainda fazendo expiação no céu (Hb 9:25–26; 10:11–14). O juízo investigativo supostamente “vindica a justiça de Deus ao salvar aqueles que crêem em Jesus”, ao mostrar que eles foram “leais”, “penitentes” e “fiéis” guardadores dos mandamentos. Isso é um erro grave. A justiça de Deus ao salvar pecadores é completamente satisfeita e vindicada pela morte de Cristo na cruz (Rm 3:24–26).

Até mesmo quando falam da salvação pelos méritos de Jesus, os escritores adventistas normalmente se referem à justiça comunicada, e raramente ao conceito bíblico da justiça imputada. O uso da expressão “justiça de Cristo” associada com a insistência que a perfeição de caráter do crente é pré-requisito para a salvação nada mais é do que uma doutrina que leva à justificação pelas obras, o que as Escrituras dizem ser impossível (Rm 11:6). As palavras de Ellen White deixam claro que em sua visão, ninguém pode ser perdoado antes que todos os pecados forem erradicados de sua vida, e seu caráter seja aperfeiçoado. Essa heresia é encontrada em muitas outras seitas, inclusive o mormonismo. Ela é contraria à doutrina bíblica da salvação somente pela graça, através unicamente da fé.

Como se isso não fosse suficiente, a doutrina adventista também ensina que para que se exercite a fé necessária à salvação, é preciso que se creia que 1844 foi a data de entrada de Jesus no Santo dos Santos. Isso é claramente errôneo, porque é impossível que depois de Jesus ter declarado na cruz “está consumado!” (i.e., completo, quitado), ele tenha tido de esperar mais 1800 anos por um outro evento – tão essencial quanto sua morte e ressurreição – que completasse a salvação, no qual quem quiser ser salvo tenha que crer. Isso nada mais é do que um “outro evangelho” (Gl 1:6–9).

“SONO DA ALMA”: As doutrinas do sono da aniquilação da alma são claramente aberrantes e contrárias ao ensinamento bíblico. As escrituras ensinam que o inferno é um lugar de escuridão e de tormento, no qual os ímpios sofrerão conscientemente por toda a eternidade (Mt 3:12; 18:8, 9; 22:13; 25:28–30, 41, 46; Mc 9:43–48; Lc 16:23–28; Ap 14:10–11, etc.). Os justos, na medida que fisicamente morrem, passam diretamente e conscientemente à vida eterna na presença do Senhor (Fl 1:23; Ap 6:9-11).

OUTRAS DOUTRINAS: Algumas doutrinas adventistas sobre a “saúde” são até úteis, e não contradizem as Escrituras – exceto pelo fato da não observância dessas doutrinas ascéticas (Gl 2:11-16) ter, segundo suas crenças, conseqüências espirituais, o que não é bíblico (Cl 2:20-23).


Notas sobre este artigo:

[1] J. Gordon Melton, Encyclopedia of American Religions, 2:21–22.
[2] Ib., p. 680.
[3] “Por algum tempo depois da decepção de 1844, mantive, juntamente com o corpo do advento, que a porta da graça estava para sempre fechada para o mundo”. Mensagens Escolhidas 1:63.
[4] Robert D. Brinsmead, Judged by the Gospel: A Review of Adventism, pp. 130–33.
[5] Encyclopedia of American Religions, 2:681.
[6] Damsteegt, P.G., et. al., Nisto Cremos: 27 Ensinos Bíblicos dos Adventistas do Sétimo Dia, pp. 301, 302.
[7] Maurice Barnett, Ellen G. White & Inspiration, pp. 5–17.
[8] e.g., Walter Rea, The White Lie; e Judged by the Gospel, pp. 361–83.
[9] Geoffrey J. Paxton, O Abalo do Adventismo.
[10] Kenneth Samples, “From Controversy to Crisis,” Christian Research Journal, Vol. 11, No. 1, pp. 9–14.
[11] Review & Herald, 4 de outubro de 1928, p. 11; “Source of Final Appeal,” Adventist Review, 3 de junho de 1971, pp. 4–6; G. A. Irwin, Mark of the Beast, p. 1; “The Inspiration and Authority of the Ellen G. White Writings,” Adventist Review, 15 July 1982, p. 3; Ministry, outubro de 1981, p. 8; ver também Judged by the Gospel, pp. 125–30.
[12] Adventist Today [online: julho de 2000]
[13] Nisto Cremos, pp. 251, 255, 258, 259.
[14] Ib., pp. 349, 350.
[15] O Grande Conflito, p. 611.
[16] Primeiros Escritos, p. 33; ênfase nossa.
[17] Ib., p. 85.
[18] Nisto Cremos, p. 407; ênfase nossa.
[19] O Grande Conflito, pp. 484 a 489, ênfase nossa.
[20] Ib., pp. 488–89; ênfase nossa.
[21] v. George A. Mather e Larry A. Nichols, Dicionário de Religiões, Crenças e Ocultismo, p. 193.

Traduzido e adaptado com a permissao de Watchman Fellowship, Inc.
Tradução e adaptação: Marcelo Parga de Souza
Copiado do site: www.agirbrasil.com

BD21306_ A IGREJA ADVENTISTA DO SÉTIMO DIA É UMA SEITA?

Há algumas décadas atrás esta pergunta seria sem sentido no meio evangélico, e a resposta seria um uníssono, SIM.  Entretanto, de alguns anos para cá a coisa tem mudado e tornado polêmica a questão da identidade cristã da Igreja Adventista do Sétimo Dia (IASD). Nisto as opiniões se dividem, para alguns líderes evangélicos, esta igreja não passa de uma denominação comum com pontos doutrinários excêntricos, infelicitada por alguns erros do passado, mas sem se enquadrar na classe sectária, para outros porém, as diferenças existem, mas são poucas e não são fortes o bastante a ponto de nos separar. Para esses, essa religião é autenticamente cristã; ainda outros (a maioria) se colocam na defensiva, acreditando que o movimento adventista não passa de uma igreja pseudocristã com doutrinas heterodoxas e, portanto precisa ser evitada pelos evangélicos.

Percebe-se que hoje em dia as opiniões são mais notadamente variadas do que, digamos, 30 anos atrás. Esta questão tem gerado acirrados debates no meio evangélico. O pivô de tudo isso é a maciça campanha que vem sendo empreendida pelos adventistas já há alguns anos com o intuito de limpar sua imagem negativa herdada do passado e se aproximar dos evangélicos. O ecumenismo  pregado por eles tem dado certo, pois muitos têm se aproximado dos adventistas não mais com olhos preconceituosos mas como irmãos que apesar de terem suas diferenças doutrinárias e litúrgicas podem, não obstante, ter normalmente comunhão uns com os outros. A rede de comunicação “ADSAT” e a rádio “Novo Tempo”, tem conseguido prodígios nesta área. Não é  raro ouvirmos evangélicos das mais variadas denominações participarem de programas adventistas e serem tratados como irmãos. Há até aqueles que pedem cursos bíblicos por correspondência para estudarem em seus lares. O programa “A Voz da Profecia” e “Está Escrito”, juntamente com as pregações de Alejandro Bullon, faz enorme sucesso hoje em dia entre os evangélicos, sem falar é claro, dos conjuntos musicais como o “Prisma” e do quarteto “Arautos do Rei”, que tem circulado livremente nos lares de nossos irmãos e até mesmo em livrarias evangélicas. Também a liderança da IASD, tem promovido estudos para pastores evangélicos com objetivo de “esclarecerem” sua fé e desfazer a animosidade que existe entre ambos; ano passado no Nordeste foi realizado um Congresso pela liderança adventista com a participação de 154 pastores evangélicos. (1)

Ultimamente esta preocupação (da imagem do adventismo) tem sido exposta por diversos líderes adventistas, como por exemplo, Rubens S. Lessa, redator-chefe da “Revista Adventista” que no editorial da edição de 12/99  sob o título, “A Cara da Igreja Adventista”, tenta passar ao leitor a imagem de uma igreja cristã, evangélica até. Diz ele: “Alguns nos tacham de judeus; outros de fanáticos, retrógrados e fora de época. E HÁ OS QUE NOS CONSIDERAM APENAS UMA SEITA.” (ênfase nossa). Essa preocupação também foi repetida nas edições de 03/2001 e  04/2001, nas entrevistas com os Drs. Sidney Storch Dutra, reitor da Universidade de Santo Amaro e George R. Knight, escritor e teólogo adventista.

Muitos no entanto acham que esta é a conclusão mais plausível a que podemos chegar dentro de um contexto comparativo entre adventistas e evangélicos. Diz certo pastor batista: “Não existe base para supormos que esta igreja possa posar como evangélica, outrossim não medimos palavras em dizer que tranqüilamente podemos enquadrar o movimento Adventista do Sétimo Dia no rol das seitas pseudocristãs”.

BD21306_ PORQUE OS ADVENTISTAS?

Há adventistas e até evangélicos que ficariam chocados com a afirmação acima. E muitos talvez estejam a indagar: Porque vincular o nome da IASD há um título tão depreciativo como este? Não possuem eles ótimos serviços sociais, como hospitais, escolas, grupos filantrópicos como os “Desbravadores” e tantos mais? Não crêem na Trindade e na Bíblia como fazem os demais cristãos evangélicos? Certamente que sim, podemos elogiar os adventistas por tudo isso, e não lhes tiramos os méritos e valores. Contudo, a questão é muito mais profunda e séria do que se pensa, colocando-se em outro patamar, ou seja, o teológico-doutrinário. Não podemos aferir um movimento religioso por sua “filantropia religiosa”, ou por sua tênue camada doutrinária, enquanto a maior parte da crença de tais movimentos, choca-se gravemente contra as verdades fundamentais do Cristianismo histórico-ortodoxo que se encontram na Bíblia. Caso não fosse assim, poderíamos também  aceitar o Catolicismo Romano, o Espiritismo Kardecista e tantos outros que sobrepujam a IASD. A questão é que hoje em dia está muito em voga o relativismo e o ecumenismo que trazem como estandarte, a pregação do amor. Os defensores de tal ideologia costumam dizer que: “Não importa as diferenças se o que nos une mesmo é o amor e a comunhão”, “a doutrina não é tão importante assim”, dizem eles. Embora isso pareça inócuo e atrativo, um amor não estruturado nas verdades das escrituras sagradas é apenas um produto da natureza humana...(2)  (Mary Schultze).  Afinal de contas a verdade cristã integral não pode ser sacrificada por coisas tão secundárias como essas!  

 

         BD21306_ LOBOS EM PELE DE OVELHA


A pergunta que forçosamente surge em nossas mentes é: O que pretende a Igreja Adventista com esse ecumenismo todo? Apenas comunhão com outras igrejas? Limpar a imagem do movimento que por anos foi taxado pejorativamente de seita? Ou existe algo mais por de trás de tudo isso? Apesar de toda esta “abertura” promovida pela IASD com o intuito de transparecer comunhão entre os dois grupos, os verdadeiros objetivos, entretanto continua sendo o proselitismo desleal por parte dos adventistas. Não pense o leitor que estamos sendo radicais e equivocados em nossa analise, pois os fatos falam por si. É a velha história da tartaruga e do escorpião – a natureza! O modus operandi e o modus vivendi da IASD, o que chamo de natureza da igreja, não lhe permite persi mudanças significativas rumo a uma igreja tipicamente evangélica. Há alguns fatores a priori que contribuem para isso. Vejamos:
 
1.      A IASD CONSIDERA-SE SINGULAR: Pondere na declaração a seguir:  “Sim, eu creio no futuro brilhante deste movimento porque não somos uma simples igreja entre as demais, porque somos o remanescente de Deus neste tempo do fim” (Revista Adventista Março/2001, pág. 10 - grifo nosso). “...sem terem compreendido a natureza profética do movimento adventista, muitos desses membros vêem a Igreja Adventista apenas como mais uma denominação evangélica, que se distingue vagamente das demais denominações por ainda crer no sábado...” (Revista Adventista Junho/2001, pág. 15)

Sim, eles acreditam que são a única igreja verdadeira de Cristo, como costumam dizer , são: “os remanescentes”. O certificado de batismo dos adventistas vem com onze (outros ainda com 13) perguntas na parte de trás para que o candidato ao batismo possa responder antes de adentrar as águas batismais. Das onze perguntas a última é formulada da seguinte maneira: “Crê que a Igreja Adventista do Sétimo Dia constitue a Igreja remanescente, e deseja ser aceito por ela para fazer parte de seus membros?”. Uma nota no começo do cartão diz: “As seguintes perguntas devem ser respondidas, afirmativamente, diante da Igreja, pelos candidatos ao batismo”(grifo nosso). Em outras palavras, quem não confessar que eles são os “remanescentes” não pode ser batizado!

2.      A IASD ACREDITA SER PORTADORA EXCLUSIVA DA MENSAGEM APOCALÍPCA: Sob a pergunta: “O senhor considera que somente a Igreja Adventista do Sétimo Dia irá cumprir Mateus 24:14, ou outras denominações também ajudarão a cumprir essa missão?”. O senhor Kinight já citado, responde que sim, mas argumenta que, “Apocalipse 14, que é uma mensagem distintivamente adventista.”

Em uma outra entrevista, o mais novo diretor-geral da Casa Publicadora Brasileira, órgão da IASD, incentiva euforicamente dizendo: “...a grande e maravilhosa mensagem dos três anjos deve ser levada avante, agora como nunca antes. O mundo deve receber a luz da verdade por meio do ministério evangelizador da palavra, contida em nossos livros e periódicos...Façamos o mundo ver que aqui estão ‘os que guardam os mandamentos de Deus e a fé em Jesus’ (Apoc. 14:12).” (Revista Adventista, Fevereiro/2001 pág. 6)

Tudo isto contribui para que o orgulho denominacional cresça ainda mais afastando este movimento dos demais grupos evangélicos.

3.      ORGULHO DENOMINACIONAL: Discursando sobre a história do povo adventista o teólogo adventista Alberto R. Timm declara: “As novas gerações de conversos entravam para a igreja com tal convicção da verdade que dificilmente abandonavam a fé. Os adventistas eram respeitados e até temidos pelos demais evangélicos, devido ao seu profundo conhecimento bíblico. Os próprios adventistas chegavam mesmo a se vangloriar de que uma das evidências de possuírem a verdade era o fato de que seus membros, se alguns deles deixassem a igreja, não se uniam a nenhuma outra denominação.” (Revista Adventista Junho/2001, pág. 15 - grifo nosso)

Esta declaração reflete a concepção que os adventistas por anos a fio possuíam (e possuem) sobre sua identidade exclusiva como “o povo de Deus”.  Não é raro encontrarmos este orgulho em diálogos com membros dessa igreja. Consideram-se superiores aos demais evangélicos, pois acham que lá encontraram “toda a verdade”. Isto está estampado no rosto de seus líderes, norteia suas publicações e por fim já está acimentado nas mentes dos membros, de que só eles detem a verdade completa da mensagem divina. Tanto é, que quando alguém se converte ao adventismo, não se diz que a pessoa aceitou a Cristo, ou recebeu a mensagem do evangelho, mas que abraçou a mensagem adventista, recebeu a mensagem adventista e outras expressões semelhantes, insinuando com isso que a mensagem que pregam é diferente da que é pregada pelas demais denominações evangélicas. Temo que os adventistas estejam se enquadrando em II Cor. 11:4 e Gálatas 1:6,8.

4.      PROSELITISMO DESONESTO: Depois de entendermos a cosmovisão adventista fica  fácil de  percebermos que o proselitismo feito por eles entre os evangélicos, é apenas uma conseqüência dos postulados teológicos expostos e defendidos por tais. Os princípios desse movimento os impelem à prática do proselitismo, pois acreditam piamente que todas as demais denominações estão erradas, se não declaradamente, pelo menos é o que fica subtendido. Por mais que os líderes dessa igreja protestem, e em nome de um pseudoecumenismo neguem o que foi exposto aqui, contudo os fatos são testemunhas irrefutáveis, e contra fatos não existem argumentos!  Vejamos então como se portam nossos “irmãos” adventistas para com as demais igrejas evangélicas das quais desejam tanto se aproximarem. Não é raro lermos em seus periódicos manchetes  acompanhadas de alto teor entusiástico como as que seguem:

 

BD21306_ TÍTULOS EM MANCHETES


“BATIZADO EX-PENTECOSTAL”
Joel Ferreira da Silva, que durante dez anos foi pastor da Igreja O Brasil para Cristo.” (Revista Adventista - Agosto de 1996)

 

EX-PENTECOSTAIS SÃO BATIZADOS

“Como resultado de um trabalho sistemático, realizado.., onze pessoas da Igreja Assembléia de Deus em Várzea Grande foram batizadas...” (ibdem)

Na “Revista Adventista” de Abril/2001 na pág. 24, sob o título, “Voz da Profecia batiza novos conversos no Acre”, relata a história de um pastor batista que apesar de já ser convertido a Cristo encontrou “nova luz através dos cultos adventistas” e foi rebatizado.

Outra reportagem diz: “Uma igreja batista, com pastor e membros, está estudando a Bíblia, de acordo com a mensagem adventista, e já dedica o dia de sábado exclusivamente à comunhão com Deus. Como resultado desse reavivamento, a previsão é de que cerca de 100 pessoas sejam batizadas até o fim do ano”. (Revista Adventista -  Maio/2001, pág. 32 – grifo nosso) 

   BD21306_ OS FINS JUSTIFICAM OS MEIOS?

Parece que o ditado de Maquiavel é o lema preferido da IASD, pois usam de meios desonestos para  conseguirem aliciar  membros e líderes de igrejas evangélicas que por falta de conhecimento de suas doutrinas e uma boa dose de ingenuidade, são presas fáceis desses falsos irmãos. (Gálatas 2:4)

Vários são os meios usados pelos quais os adventistas trabalham para alcançarem seus objetivos nada éticos. Eis alguns deles:

·        SEMINÁRIOS PARA PASTORES.  Uma das táticas que está dando certa são os seminários criados para pastores evangélicos em todo o Brasil. Cartas são enviadas para diversas denominações evangélicas convidando seus pastores para uma palestra de estudo bíblico (É a mesma tática usada pela seita do reverendo Moon) Tais eventos, se constituem, sem sobra de dúvidas, em verdadeiras arapucas. Como a maioria dos pastores evangélicos não possuem formação teológica adequada, são entorpecidos com os malabarismos teológicos que por sua vez vem empacotados com uma linda  fraseologia ecumênica mas que na verdade são astutamente elaborados para conseguirem, sob a máscara de “esclarecimento de pontos doutrinários distintivos para uma melhor compreensão da fé adventista” , arrebanhar novos conversos. Veja para que fim se destina a  “Revista Ministério”!

Este periódico adventista, de março de l997, inda que a sua publicação é feita com o propósito de dar informes sobre o “Seminário para Pastores Evangélicos”. Com isso procura “constituir uma ponte para aproximação do ministério evangélico, mostrando-lhe o que crê e prega a Igreja Adventista”. Essa revista “é o principal elo dessa ligação, devendo ser enviada àqueles pastores cujos endereços forem conseguidos”. Prossegue a revista: “... pelo que revelam as profecias, a intolerância para com a nossa igreja...não será totalmente erradicada nos meios protestantes, o plano tem dado certo. Em muitos lugares aquela idéia de que os adventistas são uma seita legalista vai sendo banida, e até batismos de pastores de outras denominações já foram efetuados”. (o grifo é nosso) Perceberam o entusiasmo dos adventistas nesse desejo de se aproximarem dos evangélicos? Leia novamente:  “...e até batismos de pastores de outras denominações já foram efetuados”.

·        ESCOLAS. Outro exemplo de crassa ignorância por parte do povo evangélico é o fato de que muitos deles, matriculam seus filhos em colégios adventistas pensando que isto é de pouca importância. Mas o que eles não sabem é que além de causar confusão na mente da criança que cresce dividida entre os ensinos da escola dominical e os de tais colégios, os pais também, além das crianças, são candidatos em potencial para o rebatismo, como mostra esse artigo logo abaixo:   
“O casal Sandra e Eurico...eram pentecostais e aceitaram o adventismo, após a leitura do livro O Terceiro Milênio, recebido da Escola Adventista de Joinville, SC, onde os filhos estudam. A escola desenvolveu vários projetos educativos e evangelísticos ao longo do ano”. E prossegue, “Como resultado, já foram batizadas 11 pessoas” (Revista Adventista Dezembro/99, pág. 22) É para isso que servem as escolas adventistas!

·        LITERATURAOutra grande arma dos adventistas são suas literaturas. O diretor do Ministério de Publicações da Divisão Sul-Americana, declara que: “...a literatura é um poderoso instrumento de pregação e que a Igreja deve cada vez mais se envolver nessa obra.” (Revista Adventista Julho/2001, pág. 11)  E sabe por que isso? Simplesmente porque os seus colportores-evangelistas, como são chamados, conseguem adentrar livremente em nossas igrejas e lares e vender seus livros sem nenhum empecilho. A abordagem começa de maneira sutil, com livros interessantes de conteúdo até inofensivo, capaz de despertar o interesse da pessoa na área da saúde como é o caso da revista, “Vida e Saúde” e de livros como: “Recursos Para Uma Vida Natural” e “Os Campeões são Vegetarianos”,  outros na área da alimentação também são apresentados . Tudo isso à primeira vista é muito bom, acontece porém, que após ganhar a confiança da pessoa, esta fica à mercê das inúmeras heresias empurradas posteriormente pelos colportores. Tais literaturas são apenas “iscas” para abrir caminho às inúmeras heresias doutrinárias que vão ser aceitas e digeridas na próxima visita culminando no rebatismo. A “Revista Adventista” de Maio/2001 na pág. 7 trás os dados do ano 2000 sobre a “influência” da obra de publicações realizada pela IASD. O último dado é: “Batismo pela influência da literatura.............56.792”, e citam como apoio sua profetisa, Ellen G. White: “ O mundo deve receber a luz da verdade por meio do ministério evangelizador da Palavra em nossos livros e periódicos.”-Testemunhos Seletos, vol.3,pág.311.

Não está na hora de nossos líderes e pastores zelarem mais pelo rebanho do Senhor? Não deveria de haver uma triagem em nossas editoras e livrarias? Sabemos que até editoras evangélicas andam de mãos dadas com os adventistas como é o caso da consagrada “Editora Betânia”, que infelizmente acabou lançando um livro do pastor adventista Alejandro Bullon. O mesmo que em seu livro “O Terceiro Milênio” taxa os que guardam o domingo como dia do Senhor de estar selado pela Besta do Apocalipse. Cuidado com a literatura adventista povo de Deus!

   BD21306_ MEIAS VERDADES - O ÁLIBI ADVENTISTA

Geralmente quando são pressionados a provar que não são uma seita, os adventistas apelam para o fato de que o conhecidíssimo Walter Martin, que foi fundador do “Christian Research  Institute” o I.C.P dos EUA, doutor em teologia e autor do Best Sellers , “O Império das Seitas”,  deu razões para não incluir a IASD em sua obra. Este tipo de argumento foi citado pelo pastor adventista Marcos de Benedicto na antiga revista “Vinde” de Setembro/97 na página 82 e mais recentemente numa matéria (Revista Adventista Abril/2001, pág. 10) que teve como objetivo refutar a reportagem da revista “Eclésia” que analisou as diferenças entre Adventistas X Evangélicos. Mas será que pelo fato desse teólogo não citar a IASD em seu livro é prova cabal dela não ser uma seita ? Claro que não! Também é verdade que ele não citou a Igreja Católica. Pergunto: Será que os adventistas concordariam que a Igreja Católica não é uma seita, pura e simplesmente por este fato? Demais disso temos uma declaração de Martin que se constitue em grande embaraço para os apologistas adventistas. Ora, todos sabemos que a maior expoente e difundidora da doutrina do “sono da alma” é sem dúvida a IASD. Mas veja como Martin denomina tais movimentos que defende tal doutrina. Diz ele: “Semelhantemente  a outras SEITAS que ensinam que, após a morte do corpo, a alma entra numa espécie de sono, as Testemunhas de Jeová...” (O Império das Seitas Vol. I pág. 90 ed. Betânia) (destaque nosso).

   BD21306_ A VERDADE DOS FATOS

O fato é que na época (1956), o Dr. Martin juntamente com Donald Grey Barnhouse, entrevistaram vários líderes adventistas em sua Associação Geral localizado em Takoma Park, Maryland, sobre as principais doutrinas distintivas que a IASD professava. O resultado desta pesquisa resultou em um livro de 720 páginas que foi revisado por 250 líderes do adventistas chamado “Seventh-Day Adventists Answer Questions on Doc­trine, an Explanation of Certain Major Aspects of Seventh­Day Adventist Belief (Adventistas do Sétimo Dia Respon­dem a Perguntas sobre Doutrina, uma Explicação de Certos Aspectos Principais da Crença Adventista do Sétimo Dia) - Review and Herald Publishing Association, Washington, D.C., 1957”. 

No célebre livro “O Caos das Seitas” de autoria de J. K. Van Baalen traz a seguinte explicação:  “A refutação, porém, não se fêz esperar e veio decisivamente à medida que, um após outro, os defensores evangéli­cos da fé rejeitaram os artigos tanto de Barnhouse como de Martin na revista Eterníty e sustentaram que o ASD:

      1) jamais denunciou sua pseudo-profetisa Ellen G. White;
      2)  jamais se retratou de alguma de suas doutrinas falsas, nem
      3)  jamais renunciou sua exclusão perene do Reino —       quer agora ou finalmente — de todos quantos deixam de aceitar seus dogmas. Uma lista parcial de escritores du­rante o referido tempo de confusão consta do nosso Chris­tianity Versus the Cults (O Cristianismo vs. as Seitas), págs. 100-102.”
 
Mesmo assim “Houve, contudo, sérias controvérsias no seio da IASD devido ao livro, dando origem a dois movimentos: o tradicional e o evangélico. O primeiro recusava-se a abrir mão das posições acima, pois aceitá-las comprometeria a exclusividade da IASD como o remanescente, a única e verdadeira igreja de Cristo. O segundo advoga os conceitos expressos  no Questions on doutrine. Estes não queriam deixar a IASD, apenas queriam uma reforma nas questões teológicas nada ortodoxas. Muitos desses, porém, por pressões internas, deixaram a IASD. Diante de tudo que foi dito acima, conclui-se que o adventismo com o qual o Dr. Martin dialogou e aceitou como cristão não é mais o mesmo que presenciamos aqui no Brasil.”. ( Dicionário de Religiões, Crenças e Ocultismo, edi. Vida – pág. 194)

     BD21306_ AS HERESIAS ADVENTISTAS

E o próprio Lessa nos dá a razão quando diz: “Às vezes, pensamos que a imagem que as pessoas pintam ao nosso respeito tem que ver apenas com as diferenças doutrinárias ou nossa filosofia de vida, como sábado, questão anímica, alimentação, aparência pessoal, etc. Logicamente, essas coisas definem boa parte de nossa fisionomia. Não podemos negar as cores e facetas de nossas doutrinas distintivas”  (destaque nosso)
Preste atenção na palavra “distintiva” usada por ele, e é justamente essa diferença doutrinária que abre um enorme abismo e separam ainda mais,  evangélicos e adventistas. Eis algumas delas:

O Sábado:
“Santificar o Sábado ao Senhor importa em salvação eterna”. (Livro: Testemunhos Seletos, vol. III pág.22, EGW ed1956).
         Assim quando os Adventistas teimam que a guarda do Sábado é indispensável para nossa salvação, não é porque estejam estribados na verdade Bíblica, mas sim nas alucinações da Sra. E.G. White. Essa cidadã declara que a guarda do Sábado constitui o selo entre Deus e o seu povo nos dias atuais: “Que é, pois, a mudança do Sábado, senão o sinal da autoridade da igreja de Roma – “a marca da besta”; “O selo da lei de Deus se encontra no quarto mandamento... Os discípulos de Jesus são chamados a restabelecê-lo, exaltando o Sábado...”(Livro: O Grande Conflito, Ed. condensada, 1992, pag. 267 e 269)”.
         Diante do exposto, fica claro que não é assim como alguns pastores afoitamente declaram que, entre nós e os Adventistas, só o que nos separa é a guarda do Sábado, como se fosse questão secundária. Para nós sim, é questão secundária (Rm. 14:5-6). Para os AD não: é questão de salvação ou perdição.

O Sono da Alma :
Afirmam que, depois da morte, somos reduzidos ao silêncio. Que morte é morte mesmo, incluindo a própria alma. Ao morrer, o homem deixa realmente de existir.
Isso é uma inverdade, pois declarou o Senhor Jesus: “Eu sou o Deus de Abraão, o Deus de Isaque, e o Deus de Jacó? Ora, ele não é Deus de mortos, mas de vivos” (Mt.22:32).

Lc.23.43 - hoje estarás comigo no Paraíso

    Dessa forma, analisando as palavras de Jesus, é impossível admitir, com base nessa passagem, que o malfeitor arrependido está deitado em sono inconsciente. Ambos morreram naquele dia, Jesus desceu às partes mais baixas da terra (Ef 4.8-10) e pregou aos espíritos em prisão (1 Pe 3.18-20), enquanto o malfeitor arrependido foi ao Paraíso. O mesmo lugar para onde Jesus foi e levou cativo o cativeiro (Ef 4.8). A vírgula depois da palavra hoje é um antigo artifício usado por todos os hereges da antiguidade que procuraram negar a sobrevivência da alma, para advogar a crença do sono da alma. Na verdade essa passagem ensina que a teoria do sono da alma é uma teoria falsa, essa passagem ensina que a salvação é pela fé, o grande baluarte da doutrina de Paulo (Rm 1.17; Ef 2.8-9; Tt 3.5). A promessa de Jesus foi que naquele mesmo dia o malfeitor arrependido estaria com Ele na glória. Do contrário, a palavra hoje ali seria mais do que supérflua. Sem contar que de quebra a teoria do Juízo Investigativo fica desqualificada com a verdade deste texto.(BA)

A Expiação de Cristo:
         Aqui se encontra um dos erros mais grosseiro da doutrina adventista. Tentando corrigir o erro de Miller, que afirmava que Jesus voltaria em 1844 - sobre o Templo em Jerusalém, o Sr. Hiram Edson e a Sra. E. G. White inventaram o engodo de que Cristo voltou mesmo em 1844, não para a terra, como pensava Miller, mas para algum outro lugar próximo a terra, e esse lugar não poderiam ser outro senão o “santuário celeste”. Chegaram a essa conclusão por não haver templo ou santuário no suposto dia marcado para a volta de Cristo (“O Conflito dos Séculos” p.247,248,249, 1935). Ora, segundo eles, quando Cristo entrou no santuário celeste, a porta foi fechada. Cristo está fazendo um “juízo investigativo”, examinando tudo e mostrando ao Pai Celestial aqueles que têm os méritos de gozar dos benefícios da expiação. Os demais, se não aceitarem nas doutrinas da Igreja Adventista, não têm chance de se salvar, pois a verdade está com eles. Dessa maneira de pensar deduzimos que, segundo eles, a expiação não foi realizada na cruz do calvário, e sim está sendo feita no “santuário”. Não durante a paixão de Cristo, mas em 1844. Não pela graça salvadora, mas pelas obras da carne (Ef.2:8,9). Não pela aceitação de Cristo, mas das doutrinas e do comprometimento das normas da Igreja Adventista, pois para eles, Cristo tem apenas o título de “Salvador”. Devemos nos unir a Ele, unir a nossa fraqueza à sua força, nossa ignorância à sua sabedoria. Então, como vemos e sentimos, Cristo é o nosso cooperador, e, motivados pelo seu exemplo, devemos fazer boas obras em prol da nossa salvação, e isso começa na observância fiel da guarda do Sábado. Veja o que é Admitido pela Igreja Adventista: “Nós discordamos da opinião que a expiação foi efetuada na cruz, conforme geralmente se admite” (Heresiologia – EETAD, Pág.122).

A Purificação do Santuário:
Jesus Cristo hoje está fazendo o "Juízo Investigativo" que consiste na purificação do santuário. EG White inventou a idéia de que no Velho Testamento os pecados do povo eram transferidos durante o ano todo para dentro do santuário e o sacerdote, no dia da expiação (que ocorria uma vez por ano), entrava diante da arca da aliança, pegava os pecados do povo e colocava sobre o bode emissário (Lv.16) e que à partir de 1844 Cristo estaria fazendo a mesma coisa, investigando quem deverá ser salvo ou não, assim terminando o que ele começou na Cruz. Ou seja: Com esse raciocínio os adventistas declaram que Jesus não terminou a obra na Cruz. Vejam: "Uma das verdades mais solenes, e não obstante mais gloriosas, reveladas na Escritura Sagrada, é a da segunda vinda de Cristo, para completar a grande obra da redenção"..."A intercessão de Cristo no santuário celestial, em prol do homem, é tão essencial ao plano da redenção, como o foi Sua morte sobre a cruz. Pela Sua morte iniciou essa obra, para cuja terminação ascendeu ao Céu, depois de ressurgir"... " nos conduz através do ministério final do Salvador, ao tempo em que se completará a grande obra para salvação do homem"... "O anúncio: “Vinda é a hora do Seu juízo” – aponta para a obra finalizadora do ministério de Cristo para a salvação dos homens"..."A intercessão de Cristo no santuário celestial, em prol do homem, é tão essencial ao plano da redenção, como o foi Sua morte sobre a cruz. Pela Sua morte iniciou essa obra, para cuja terminação ascendeu ao Céu, depois de ressurgir"... (Grande Conflito, pg. 299; 489; 428; 435; 489).

O Ano de 1844:
         O fundador desta controvertida seita, Pr. W.Miller (que na verdade era leigo), afirmou que Jesus voltaria em 1843. Quando isto fracassou, seus seguidores anunciaram que um ligeiro erro tinha ocorrido e então fixou o tempo do fim para outubro de 1844. As pessoas venderam casas e móveis, e ficaram aguardando o fim, ansiosas. No dia previsto, o povo reuniu-se no topo dos telhados e das montanhas, aguardando o evento. Contudo, o passar do tempo provou que Miller estava errado. Cristo não veio no dia indicado e nem virá em qualquer outro dia marcado, pois a Palavra de Deus é claríssima: “Quanto, porém, ao dia e à hora, ninguém sabe, nem os anjos no céu nem o Filho, senão o Pai” (Mc.13:32; At.1:2). Miller se arrependeu por esse erro, mas os seus adeptos continuaram e o resultado dessa inconseqüência é a Igreja Adventista do Sétimo Dia e suas variantes. Como podemos crer que esta obra é de Deus vendo como ela começou? A Bíblia diz que Deus não é de confusão (ICor.14:33) e como aceitar que Ele esteja nesse meio tão confuso?
         Depois do fracasso da suposta volta de Cristo, declarou o Pr. Miller: “Sobre o passado de minha visa pública, eu francamente reconheço meu desapontamento... Nós esperávamos a vinda pessoal de Cristo para aquela época, e, agora, argumentar que não estávamos enganados, é desonesto. Nós nunca deveríamos ficar envergonhados por confessar nossos erros. Não tenho confiança em nenhuma das novas teorias que surgiram fora do movimento, especialmente de que Cristo veio como Noivo, de que a porta da graça se fechou, de que a sétima trombeta soou então, ou de que houve o cumprimento da profecia em algum sentido”. (História da Mensagem do Advento, p. 410, 412).

O Remanescente:
 “... Nesta época, quando somos mandados chamar a atenção para os mandamentos de Deus e a fé de Jesus, vemos a mesma inimizade que se manifestava nos dias de Cristo. Acerca do povo remanescente de Deus, está escrito: E o dragão irou-se contra a mulher, e foi fazer guerra ao resto de sua semente, os que guardam os mandamentos de Deus, e têm o testemunho de Jesus Cristo - Apoc. 12:17” (O Desejado de Todas as Nações – P. 42; EGW). “O texto fala do remanescente da descendência da mulher. Admitindo-se que a mulher constitui um símbolo da Igreja, sua descendência seria os membros individuais que compõem a Igreja em qualquer tempo; e o “restante” da sua descendência seria a última geração de cristãos, nu os que estiverem vivendo na Terra por ocasião da segunda vinda de Cristo. O texto também declara que essas pessoas “guardam os mandamentos de Deus e têm o testemunho de Jesus”; e no capítulo 19, verso 10, é explicado que “o testemunho de Jesus é o espírito de profecia”, o qual constitui, entre os dons, aquele que tem sido denominado “o dom de profecia” (I Cor. 12:9 e 10)” (Patriarcas e Profetas; P.32; EGW)

Os adventistas são extremamente exclusivistas e se acham a única e a remanescente Igreja de Cristo na Terra. Entretanto, a Igreja de Cristo não é composta pela denominação "x" ou "y", mas pelo povo do Senhor que estão arrolados nos céus.

“Mas, a todos quantos o receberam, aos que crêem no seu nome, deu-lhes o poder de se tornarem filhos de Deus” (Jo.1:12)

“Mas tendes chegado ao Monte Sião, e à cidade do Deus vivo, à Jerusalém celestial, a miríades de anjos; à universal assembléia e igreja dos primogênitos inscritos nos céus, e a Deus, o juiz de todos, e aos espíritos dos justos aperfeiçoados” (Hb.12:22-23)

“e sujeitou todas as coisas debaixo dos seus pés, e para ser cabeça sobre todas as coisas o deu à Igreja, que é o seu corpo, o complemento daquele que cumpre tudo em todas as coisas” (Ef.1:22). Hb.3:6, Itm.3:15

“..., saibas como se deve proceder na casa de Deus, a qual é a igreja do Deus vivo, coluna e esteio da verdade” (I Tm.3:15).

“mas Cristo o é como Filho sobre a casa de Deus; a qual casa somos nós, se tão-somente conservarmos firmes até o fim a nossa confiança e a glória da esperança” (Hb.3:6)

         A compreensão dos textos acima é simples. Você aceita a Jesus Cristo como seu Salvador e se torna filho de Deus. Quando você se torna filho se transforma em casa de Deus, em morado do Espírito Santo (ICor.3:16) e sendo “casa de Deus” você é automaticamente a Igreja de Jesus Cristo na Terra. Essa Igreja representa o corpo do Senhor movendo-se na terra e fazendo a obra do Pai. É lógico que quando Jesus voltar para buscar a sua Igreja (Jo.14:1-3, I Ts.4:13-18), Ele não vai levar uma parte do seu corpo e deixar a outra, mas como disse Paulo; “estaremos com Ele” (Fil.1:23).

Naquele dia será uma grande festa entre o noivo e a sua “Igreja noiva” (II Cor.11:2, Ef.5:23-27).O Apóstolo Paulo escreveu a maior parte das epístolas do N.T. e nunca fez separação entre o povo que servia a Deus, mas sempre chamava todos os servos de Deus de Igreja de Jesus e mostrava a certeza de um dia estarmos com o Senhor, por isso seja fiel e esteja pronto para o toque trombeta. Aleluia!!! (leia: Rm.16:16, I Cor.1:2, I Cor.16:19, II Cor.1:1, Gl.1:2, Cl.4:15, I Ts.1:1, II Ts.1:1, I Tm.3:5, I Tm.5:16, Fl.1:2).

O Espírito de Profecia (Ellen G. White):
         A posição que essa escritora goza no meio adventista é impar. Somente ela possui o “Espírito da Profecia”. Não só os adventistas reconhecem sua autoridade religiosa inquestionável, mas a própria escritora declara de si mesma: “Nos tempos antigos, Deus falou aos homens pela boca de seus profetas e apóstolos. Nestes dias Ele lhes fala por meio do testemunho do Seu Espírito. Não houve ainda um tempo em que mais seriamente falassem a Seu povo a respeito da sua vontade...” (Testemunhos Seletos – Vol.II, pág.276). (Ou seja, a autora se coloca acima dos próprios apóstolos de Cristo quando declara que no seu tempo, o tempo em que ela tinha as suas “revelações”, Deus falava mais seriamente).

O Bode Emissário:
No dia da expiação o sumo sacerdote, havendo tomado uma oferta da congregação entrava no lugar santíssimo com o sangue desta oferta e o aspergia sobre o propiciatório, diretamente sobre a lei, para satisfazer às suas reivindicações. Então, em caráter de mediador, tomava sobre si os pecados e os retirava do santuário. Colocando as mãos sobre a cabeça do bode emissário, confessava todo esses pecados, transferindo-os assim, figuradamente, de si para o bode. Este os levava então, e eram considerados como para sempre separados do povo. (O Grande Conflito, p. 420, 24ª edição - 1980). Verificou-se também que, ao passo que a oferta pelo pecado apontava para Cristo como um sacrifício, e o sumo sacerdote representava a Cristo como mediador, o bode emissário tipificava Satanás, autor do pecado, sobre quem os pecados dos verdadeiros penitentes serão finalmente colocados. ... Quando Cristo, pelo mérito de seu próprio sangue, remover do santuário celestial os pecados de seu povo, ao encerrar-se o seu ministério, Ele os colocará sobre Satanás, que, na execução do juízo, deverá arrostar a pena final. (Idem, p. 421).

Na verdade, admitir que Cristo tomará nossos pecados do santuário celestial no final do Juízo Investigativo e os lançará sobre Satanás, implica que seu sacrifício na cruz para remover nossos pecados não foi eficaz. Se Cristo vai lançar nossos pecados sobre Satanás, por que sofreu por eles na cruz? Se, por outro lado, Jesus levou nossos pecados na cruz, como na verdade o fez, por que Satanás deve sofrer por ele?

O texto referido e citado pelos Adventistas para tal afirmativa herética é Lv. 16:8, que diz: E Arão lançará sortes sobre os dois bodes: uma sorte pelo Senhor, e a outra sorte pelo bode emissário”. Vejam a explicação do texto pelo Dr. Mecnair, autor da Bíblia Explicada: “A verdade é que os dois bodes são uma oferta pelo pecado (vrs. 5) e, evidentemente, uma dupla representação de Cristo, e o ponto principal é que os pecados pelos quais o primeiro morre são levados embora pelo segundo. Tudo isso é bastante simples, e não precisa de idéias esquisitas, que somente obscurece o sentido. Assim o bode não é de modo algum enviado a Satanás”

O Inferno:
Agora o príncipe das trevas, operando por meio de seus agentes (os pastores que pregam sobre a existência do inferno), representa a Deus como um tirano vingativo, declarando que Ele mergulha no inferno todos os que não Lhe agradam, e faz com que sempre sintam a Sua ira; e que, enquanto sofrem angústia indizível, e se contorcem nas chamas eternas, Seu Criador para eles olha com satisfação.Assim o príncipe dos demônios reveste com seus próprios atributos ao Criador e Benfeitor da humanidade. A crueldade é satânica. Deus é amor” (O Grande Conflito; p.534 – EGW - parênteses nosso).

O ensino de Jesus foi claro sobre o inferno: Mt 13.41-42, 49-50; 22.13; 24.50-51; 25.30, 41, 46; 26.24; Mc 9.45, 47-48; Lc 12.4-5; 13.27-28. A palavra aionios, que aparece na Bíblia, designa: a eternidade de Deus (Ap 4.9; Rm 16.26); a felicidade do povo de Deus (Mt 25.46; Jo 10.28); a glória eterna (2 Tm 2.10; 2 Co 4.17; Hb 9.15; 2 Co 5.14, 18) e futura punição dos ímpios (Mt 25.46; 2 Ts 1.9).

Jesus é o Arcanjo Miguel :
EG White afirma em seu livro - Os Patriarcas; pág. 366, que Jesus é o Arcanjo Migue: "Ainda mais: Cristo é chamado o Verbo de Deus. João 1:1-3. É assim chamado porque Deus deu Suas revelações ao homem em todos os tempos por meio de Cristo. Foi o Seu Espírito que inspirou os profetas. I Ped. 1:10 e 11. Ele lhes foi revelado como o Anjo de Jeová, o Capitão do exército do Senhor, o Arcanjo Miguel. Foi Cristo que falou a Seu povo por intermédio dos profetas".

A Bíblia apresenta muitas diferenças entre Jesus e Miguel:
·        Jesus é criador ( Jô 1.3 ) , Miguel é criatura ( Cl 1.16 )
·        Jesus é Adorado por Miguel ( Hb 1.6 ), Miguel não pode ser adorado ( Ap. 22.8-9 )
·        Jesus é o Senhor dos Senhores ( Ap. 17.14); Miguel é príncipe( Dn 10.13)
·        Jesus é Rei dos Reis; Miguel é príncipe dos Judeus (Dn 12.1).

Há, portanto, clara distinção entre Jesus e Miguel. Jesus é o Filho de Deus, e Miguel é anjo: Porque, a qual dos anjos disse jamais: Tu és meu Filho, Hoje te gerei? E outra vez: Eu lhe serei por Pai e Ele me será por Filho? E outra vez, quando introduz no mundo o primogênito, diz: E todos os anjos de Deus o adorem ( Hb 1.5-6 ); Portanto fica claro aqui a superioridade de Jesus, e a falta de conhecimento destes que se dizem “estudadores” da Bíblia.

A Natureza Pecaminosa de Jesus:
O Adventismo declara que: Em sua humanidade, Cristo participou de nossa natureza pecaminosa, caída (....) De sua parte humana, Cristo herdou exatamente o que herda todo o filho de Adão – uma natureza pecaminosa (Estudos Bíblicos. CPB. P. 140/41).

Jesus foi concebido pelo Espírito Santo no ventre de Maria (Lc 1.30), diferenciando-se de todos os homens que nasceram em pecado (Sl 51.5). O texto em questão declara que Jesus era santo, inocente, imaculado e separado dos pecadores. Uma pergunta que resta: como admitir que a deidade absoluta pudesse habitar no corpo humano corrompido? (Cl 2.9). Esse Cristo de natureza pecaminosa é outro Jesus (2 Co 11.4).

Dieta alimentar:
“... Muitos alegam... que a carne é essencial; mas é devido a ser o alimento desta espécie estimulante, a deixar o sangue febril e os nervos excitados, que assim se lhes sente a falta. Alguns acham tão difícil deixar de comer carne, como é o ébrio o abandonar a bebida... (livro: A Ciência do Bom Viver, p.268,271)” (idem, p.21). Mais uma vez a indução, agora de que a carne é “estimulante, deixa o sangue febril e os nervos excitados”. Parece-nos que a Sra. EGW quer insinuar que comer carne é ficar propenso ao pecado, mas ironicamente e sem querer fazer algum argumento contra a benção que são os vegetais, o pecado entrou no mundo e uma fruta foi usada para fazer a sedução que colocaria Eva em “xeque mate”; “Então, vendo a mulher que aquela árvore era boa para se comer, e agradável aos olhos, e árvore desejável para dar entendimento, tomou do seu fruto, comeu, e deu a seu marido, e ele também comeu(Gn.3:6). Ou seja, o pecado entrou no mundo e nesta trama diabólica um fruto foi usado e o sacrifício de um animal (carne), que tipificava a morte de Cristo, foi a redenção de Eva e Adão. Outro caso foi o de Jacó (usurpador) que seduziu seu irmão com uma sopa de lentilha e o enganou (Gn. 25:34). É claro, o Diabo pode lançar mão de muitas coisas para seduzir e enganar a humanidade, mas daí afirmar que comer carne é pecado ou que é requisito para entrar na pátria celestial é extrapolar com a exegese e mutilar a hermenêutica. Que Deus nos guarda de sermos enredados por tamanhos engodos.

BD21306_ OS ADVENTISTAS DO SÉTIMO DIA SÃO CRISTÃOS ?

A Igreja Adventista do Sétimo Dia tem estado sobre o palco do mundo (desde 1844) por mais de 100 anos. Ela tem conquistado muitas pessoas e construído muitos templos e outras organizações que têm a todos impressionado. Mas, sob o brilho de suas realizações repousa uma história diabólica e herética de fraudes que cortam como uma faca afiada a veia jugular do Cristianismo.

OU O EVANGELHO DE CRISTO É UM DOM GRATUITO OU ENTÃO É NADA. Se alguém crê que realmente ele é um presente, então nada existe a ser feito, exceto crer em Jesus Cristo. "Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho Unigênito para que todo aquele que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna" (Jo. 3:16). Esta mensagem tem confortado a alma de muitas gerações, mas os adventistas não têm proclamado este texto do Evangelho porque os escritos de Ellen White, a fundadora e profetisa dos adventistas, contradizem a mensagem do Evangelho.

DECLARAÇÕES DA SRA. WHITE Aqui estão alguns exemplos das mensagens de Ellen White que procuram anular completamente o Evangelho de Cristo:

Já vi que não é fácil ser cristão. E muito fácil apenas professar o nome de cristão, mas é uma coisa maravilhosa viver a vida cristã. Todos serão julgados de acordo com as suas palavras e ações e não de acordo com a sua profissão de fé. (Testemunhos I pág. 454) Suas palavras e atos o julgarão no último dia. Por eles você será justificado ou condenado. (Testemunhos 11 pág. 315)
Todo membro do corpo deveria sentir que a salvação de sua alma depende dos seus próprios esforços. (Ibid. pág. l21)

Ele (Jesus) tornou possível aperfeiçoar o caráter cristão através do seu nome e pelo seu próprio valor, dando-nos como exemplo a sua própria vida, ensinando-nos a conseguir tal aperfeiçoamento. (Testemunhos III pág. 365)

O homem deve agir com o seu próprio poder, auxiliado pelo poder divino de Cristo a resistir e a conquistar a perfeição. Resumindo, o homem deve se esforçar como Cristo se esforçou... Isto não poderia ser o caso, se Cristo sozinho já fez tudo. O homem deve também fazer a sua parte. Deve ser um vencedor pela sua própria força e pela que Cristo lhe dá. Ele deve ser um co-trabalhador com Cristo no labor da conquista. (Testemunhos IV pag. 32-33).

Tais declarações representam a essência do Adventismo, assim como toda a doutrina dos adventistas gira em torno do axioma de Ellen White, isto é, que o homem deve aperfeiçoar-se a si mesmo para obter a salvação. O fato é que o Adventismo se levantará ou cairá em função de sua crença na inquestionável teologia de Ellen White. E os volumes de livros e material escritos por ela explicam detalhadamente como o homem deve proceder para se tornar perfeito. A doutrina do Sábado somente apresenta regras de Ellen White sobre o que fazer ou não fazer, esperando-se que sejam obedecidas. Os adventistas irão negar este fato, mas apenas leia-se a respeito do teste do Sábado (Grande Conflito. pág. 605).

Então se poderá entender que a salvação para os adventistas vem essencialmente das obras. Todas as demais doutrinas, como a dos alimentos, são também feitas em testes de trabalho orientados pela membrezia.

BD21306_ ONDE ESTÁ O MEDIADOR?

Um outro fator da rejeição adventista ao verdadeiro Evangelho é a crença anti-bíblica e herética de que no final dos tempos o homem deverá ter atingido a perfeição porque Cristo cessará sua mediação por nós ante o trono de Deus. A Bíblia diz: "E eis que estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos". Porém o Adventismo tem projetado o seu próprio cenário preparado por Ellen White, no qual não está incluída a Pessoa de Jesus Cristo.

Aqueles que estiverem vivendo na terra quando a intercessão de Cristo findar no Santuário Celestial, levantar-se-âo diante do Deus Santo sem um Mediador. Suas vestes devem estar imaculadas, seu caráter purificado pelo sangue da aspersão. Através da graça de Deus e de seus próprios esforços devem os homens ser conquistadores da batalha contra o mal. (Ibid pag.l25)

Nesses dias terríveis o justo deverá comparecer diante de um Deus Santo sem um intercessor. (Ibid pag. 614)

Estas declarações contradizem o fundamento da fé cristã de que Cristo é a nossa única esperança de salvação. Que significado teria a morte e ressurreição de Cristo para nós se, no momento final, estivermos de pé diante de Deus sem a sua mediação? Não podemos nos aperfeiçoar a nós mesmos, e a idéia de que nossa vida será uma longa batalha em busca da perfeição "por nossos próprios e diligentes esforços" e, ainda, termos de comparecer diante de Deus no Dia do Julgamento sem um Mediador, são evidências suficientes de que o Adventismo não é uma religião cristã. Os adventistas estão tentando a perfeição o tempo todo, mesmo sabendo que ninguém pode se tornar perfeito. Sua angústia é por demais aparente, mas a Igreja Adventista não pode se afastar da sua profetisa Ellen White, já que os seus escritos são o fundamento de suas crenças. Sua doutrina não pode oferecer uma esperança real.

Nossa oração é que sem demora a Igreja Adventista do Sétimo Dia desperte e compreenda que Jesus Cristo é o único fundamento da igreja. Somente então os adventistas poderão perceber que o puro Evangelho de Jesus Cristo é verdadeiramente um presente de Deus para todos os homens.

Obs. : as citações são dos originais em inglês traduzidos por Mary Schultze.
Carole e Wallace Saltter ex-adventistas
  
Matéria elaborada pelos apologistas:
-          Presb. Paulo Cristiano
-          Pr. João Flávio Martinez